Há dois anos, Wesley Safadão decidiu que ia se aposentar em 2020. Mas, segundo ele, um sinal divino o fez continuar a carreira.
Ao Blog do Leo Dias, o forrozeiro contou que em 2017 estava
desmotivado. “Chegou um momento que eu coloquei o pé na mesa e disse que
só cantaria mais dois anos, que pararia e me aposentadoria em 2020”,
revelou.
A decisão já havia sido anunciada para toda a equipe de Safadão.
“Saía de casa e não estava feliz. Estava cansado. Conversava com Deus e
pedia um sinal”, lembrou. Um dia, durante um culto, o cantor recebeu a
resposta que tanto procurava.
“No fim do culto eu falei a ele tudo que sentia, aquela angústia, e
ele me disse: ‘Quanto tempo você trabalha?’ Eu respondi que 18 anos. Ele
falou: ‘Você trabalha há 18 anos, está plantando há 15 e colhendo
somente há três anos e já quer desistir?’ Pastor me aconselhou e
desisti”, completou.
Atualmente, o cantor afirma estar mais feliz e não tem planos de se aposentar por enquanto.
Dia após dia, mais informações são divulgadas pela mídia
sobre a morte do pastor Anderson do Carmo. A repercussão aumenta. O caso
está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São
Gonçalo, no Estado do Rio de Janeiro, onde muitos envolvidos já
prestaram depoimento. Flordelis, viúva do pastor e deputada federal
(PSD-RJ), tem sido atacada por alguns filhos em relatos que pouco a
pouco vão sendo revelados para o público.
A trama traz um enredo de traição e mistério, um desafio para a
Polícia durante os 68 dias de investigações até esta sexta-feira (23).
Procurada pelo Pleno.News, Flordelis decidiu falar a
respeito dos últimos acontecimentos que envolvem seu nome como suspeita
de ser a “mentora do assassinato” e o que pensa sobre as acusações que
vem sofrendo.
A cada dia, mais depoimentos revelados vão criando pressão
sobre você, formando um cerco contra Flordelis. Você afirma que todas
estas falas são mentira. Em sua opinião, por que tantos filhos estão
comprometendo você?
Estes depoimentos já existiam. Apenas foram expostos agora para
a mídia. Mas já existiam. Não são tantos filhos que estão me
comprometendo. É que a proporção com que sai na mídia tem uma dimensão
muito maior. E dá a entender de que são muitos.
Você sempre foi ícone de família e de unidade com muitos
filhos. Como você acha que será sua família após a resolução deste
triste episódio? O que acha que poderá ser recuperado e o que será
perdido?
Continuo acreditando na instituição chamada família. Depois
deste triste episódio, minha família continuará de pé. No passado, o que
nos uniu, além do amor, foi o sofrimento. Fui chamada de sequestradora,
fui humilhada, fui perseguida e virei até fugitiva. Mas Deus me deu
vitória e não será diferente agora.
Meu marido morreu. E isso é um fato. Infelizmente, ele não voltará.
Mas tudo o que construímos juntos permanece e irá permanecer. Enquanto
eu viver, irá permanecer. A justiça será feita. Eu creio nisso.
O que você tem feito em sua rotina como deputada federal? Quais são os seus planos como parlamentar?
Como deputada federal, vou continuar lutando pelo que acredito.
Lutando pelos menos favorecidos para que seus direitos sejam, de fato,
respeitados. O Rio de Janeiro está um caos. Mas existem muitos deputados
federais eleitos pelo povo do Rio que estão lutando. E acredito que o
nosso estado tem jeito. E no que depender de mim, vou continuar lutando.
Você disse que vai mudar da casa onde mora. Objetivamente, o
que pretende fazer em termos de reorganização de moradia, cotidiano? E
como vai administrar a boa convivência no seu lar? Quero muito mudar de casa. Isso é um sonho. Quero muito mesmo.
Mas como vou administrar minha mudança, como vou administrar minha
família, isso só vou poder dizer depois porque não farei isso sozinha.
Vou fazer com todos os meus filhos juntos, ouvindo cada um deles.
Caso você seja intimada e presa, o que faria em prol de sua defesa e de seus filhos que estariam sozinhos? Eu não acredito na minha prisão. Porque sou inocente. Acredito no trabalho da Justiça
e do meu advogado que está sendo orientado por Deus e de todos os
advogados que estão trabalhando comigo neste caso. Acredito muito
naquilo que eu canto. E tem uma canção que lancei no ano passado que
diz: “Eu sei que está doendo, mas Deus está vendo. Deus vai levantar
você. Está luta não vai fazer você parar. Vai passar”.
O CASO O pastor Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada do dia
16 de junho, na garagem de casa, em Pendotiba, Niterói (RJ). O laudo
mostrou 30 perfurações pelo corpo, a maior parte nas costas, peito e
região da virilha. Anderson era casado há 25 anos com Flordelis, pastora
e deputada federal pelo Rio de Janeiro. Sempre ao lado da esposa, ele
atuava como secretário-geral do PSD no Estado.
Dois filhos da pastora estão presos preventivamente, Lucas dos
Santos, de 18 anos, e Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos. O mais
velho assumiu ter efetuado seis tiros. Lucas teria ajudado comprando a
arma, mas não estaria em casa no momento dos disparos. Os agentes ainda
estão investigando os pontos contraditórios.
Um terceiro filho teria afirmado, em depoimento, que não ouviu
discussão, barulho de carro ou moto em fuga. Que quando chegou na cena
do crime encontrou o irmão Flávio próximo ao pai, caído. Ele garantiu
ainda que o celular de Anderson, que está sumido, foi entregue a
Flordelis.
Ainda em depoimento, o filho disse que o pastor já recebeu uma
mensagem com ameaça de morte e uma das irmãs ofereceu R$ 10 mil a Lucas
para que cometesse o crime. Flordelis e três filhas já teriam colocado
remédios na comida de Anderson, por isso, sua saúde estava debilitada.
O pastor Anderson do Carmo de Souza dispensou o seu carro blindado para sair com a mulher, Flordelis
dos Santos, na madrugada em que foi assassinado, e pegou o veículo de
um de seus filhos, que não tinha a proteção. A atitude do pai causou
estranheza em Daniel dos Santos de Souza, filho que trocou de carro com o
pai.
Em depoimento à polícia, Daniel contou que havia saído com a namorada em
seu Honda Acord, que não é blindado. Por volta das 23h, recebeu uma
ligação de seu pai pedindo que ele voltasse para casa, em Pendotiba,
Niterói, e trocasse de carro com ele. Anderson disse ao filho que sairia
com Flordelis. Daniel voltou para a casa, por volta de meia noite, com o
intuito de fazer a troca. Ele pegou o carro blindado de seu pai, uma
Caravan, e deixou o seu veículo com o pastor.
Daniel afirmou à polícia que era comum o pai pedir para fazer a troca
de carros, mas isso sempre acontecia com planejamento e nunca naquele
horário. Em um de seus depoimentos à polícia, Flordelis afirmou que foi
um pedido de Anderson sair no carro de Daniel, que não era blindado.
Ao chegar ao Hospital Niterói D’Or para socorrer Anderson, Flávio dos
Santos Rodrgiues, filho biológico de Flordelis que está preso por
suspeita da morte do padrasto, frisou que a mãe sempre anda no veículo
blindado. “Não sei o que houve, cara. Ela saiu sem carro blindado. Não
sei se foi assalto”, afirmou ele no balcão de atendimento do hospital.
Em seu depoimento, Flordelis contou que na madrugada do dia 16 de
junho, ela o marido foram até a Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio.
Após comerem petiscos em um bar, eles pararam o carro num local ermo e
ficaram namorando. Em seguida, voltaram para casa, em Pendotiba. Eles
chegaram ao local por volta das 3h30.
Flordelis entrou em casa e subiu para o quarto de um dos filhos.
Anderson, segundo a deputada ficou na garagem. O pastor foi morto a
tiros logo em seguida, ao lado do carro do filho. Ele já estava fora do
veículo.
Logo após o crime, Flordelis afirmava que o marido havia sido vítima
de criminosos e chegou a afirmar que ele tinha morrido defendendo a
família. Em um de seus depoimentos, a deputada narrou ter percebido que
ela e o marido estavam sendo perseguidos por um motoqueiro. Mesmo após a
Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo afirmar não acreditar
na versão de que Anderson havia sido vítima de um latrocínio (roubo com
resultado morte), Flordelis continuou insistindo na versão.
No Hospital Niterói D’Or, Flávio chegou a falar para um dos médicos
que o padrasto havia sido vítima de um assalto. Flávio é réu pela morte
do pastor junto com o irmão Lucas Cézar dos Santos, filho adotivo de
Flordelis e Anderson.
O polêmico projeto de lei nº 3.369/2015, que tratava do “Estatuto das Famílias do Século XXI” foi retirado de pauta,
após inúmeras manifestações contrárias de parlamentares conservadores,
da Frente Parlamentar Evangélica e outras personalidades em defesa dos
valores da Família devido ao seu texto aberto que dava margem para
liberação doincesto.
“São reconhecidas como famílias todas as formas de união entre
duas ou mais pessoas que para este fim se constituam e que se baseiem no
amor, na socioafetividade, independentemente de consanguinidade,
gênero, orientação sexual, nacionalidade, credo ou raça, incluindo seus
filhos ou pessoas que assim sejam consideradas”, dizia trecho do PL.
“O projeto tem sido objeto, nas redes digitais, de interpretações
distorcidas. O processo legislativo, porém, existe justamente para que
os textos propostos passem pelo crivo do contraditório e sejam
amadurecidos. Nesse sentido, comunico que retirei o PL 3.369/2015 da
pauta, a pedido do relator, para aprimoramento de sua redação por meio
da elaboração de substitutivo”, diz a nota de esclarecimento.
O presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Deputado Silas Câmara
(Republicanos) parabenizou a atuação dos parlamentares da bancada após a
vitória e derrubada do projeto.
“Unidos conseguimos tirar de pauta na Comissão de Direitos Humanos da
Câmara a votação do Projeto de Lei 3369/2015 que institui o Estatuto da
Família do Século XXI. Somos a favor da Família tradicional Brasileira,
da moral e dos bons costumes”, disse em nota. JM
O governador do Acre, Gledson Cameli (PP), publicou nesta sexta-feira, 23, decreto determinando de estado de emergência "em razão do desastre classificado e codificado como incêndio florestal". O decreto aponta atribuições especiais à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, à Defesa Civil, às Polícias Civil e Militar e ao Corpo de Bombeiros. O ato também libera o governo a fazer compras relacionadas ao combate das chamas sem licitação pública.
A Polícia Militar foi orientada a atuar "de forma repressiva, segundo a legislação vigente" nos incêndios, enquanto o Instituto do Meio Ambiente do Acre (Imac) recebeu determinação de desenvolver campanhas de sensibilização da população "quanto ao uso do fogo como crime ambiental".
Todos os bombeiros disponíveis no Estado serão direcionados para as ações de enfrentamento às chamas. Os agentes públicos poderão entrar nas casas dos cidadãos acreanos sem ordem judicial para determinar a pronta evacuação dos imóveis em caso de risco. Além disso, propriedades privadas podem ser usadas pelos agentes públicos "em caso de iminente perigo público", com eventual indenização ao proprietário feita posteriormente.
No começo do mês, por causa das queimadas e do desmatamento, o governo do Amazonas já havia decretado estado de emergência para Manaus e municípios do sul do Estado .
O Acre criou uma sala de situação para monitorar os incêndios e coordenar as ações de enfrentamento ao fogo, em que os órgãos atuarão em conjunto para mapear focos de incêndio e determinar estratégias de combate. Os atos estabelecidos no decreto têm validade de 180 dias.
As queimadas clandestinas que ocorreram sem fiscalização do governo foram agravadas pela estiagem que atinge a região neste ano.
O decreto cita "risco de colapso no sistema de abastecimento" de água nos municípios de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Capixaba, Senador Guiomard, Rio Branco, Porto Acre, Acrelândia, Bujari, Sena Madureira, Manoel Urbano, Feijó, Tarauacá, e Cruzeiro do sul diante da seca que atinge o Estado, fator que contribui para o descontrole dos incêndios.
A falta de chuvas acarreta "considerável redução" dos níveis dos Rios Acre, Purus, Envira, Tarauacá e Juruá, que abastecem essas 15 cidades, segundo o texto assinado pelo governador. Estadão
Deus alcança às pessoas nos locais mais improváveis, e isso porque Ele
não faz acepção delas. Pelo contrário, o Senhor deseja que todos se
arrependam dos seus pecados e sejam salvos através de Jesus Cristo,
mesmo quando se trata de quem já cometeu vários crimes, como os detentos
da unidade penitenciária H.H. Coffield, nos Estados Unidos.
O pastor e escritor Robert Morris teve a oportunidade de testemunhar de
perto o agir de Deus, ao fazer uma pregação para 500 detentos, como
parte de uma campanha de evangelismo no campus da Gateway Church:
o Gateway Coffield.
“Nós amamos muito vocês e nossa visão quando começamos não era apenas
fazer cultos, mas era ter uma igreja aqui. A razão [disso] é porque
vocês têm dons e chamados de Deus que vocês precisam usar para o reino
de Dele”, afirmou o pastor aos detentos.
A Gateway Church iniciou
seu trabalho evangelístico no presídio em novembro do ano passado, e
desde então cerca de 1.000 detentos, dos 4.000 mil reclusos na
penitenciária, já aceitaram a Jesus Cristo como único e suficiente
Salvador. É um verdadeiro impacto social em poucos meses.
O pastor
Morris deixou claro na sua última pregação, realizada no dia 07 desse
mês, que “todos cometemos erros” e os detentos, uma vez arrependidos dos
seus pecados, podem encontrar o perdão de Deus e iniciar uma nova vida,
sem o peso da condenação espiritual.
“A Bíblia é bem clara sobre
isso. Todos pecaram. Todos ficaram longe da glória de Deus. Todos nós
cometemos erros e, no entanto, Deus, em Sua graça, usa todos nós”,
ressaltou o pastor. “Eu espero apenas mostrar a você que Deus não está
bravo com você. Deus realmente quer abençoá-lo, não importa o que o
mundo lhe diga sobre Deus”.
A mensagem do pastor Morris aos
detentos teve como objetivo mostrar que apesar dos graves crimes
cometidos pelos prisioneiros, Deus não faz acepção de pessoas, nem de
pecados, e que é por meio da Sua graça que o seu amor se manifesta, uma
vez que em Cristo tudo se faz novo e o passado fica para trás.
“Isso
é tão surpreendente porque a igreja e a religião fizeram Deus como um
cara mau. E em toda parte na Bíblia, a única razão pela qual [Deus]
aparece é [para] abençoar as pessoas. A razão pela qual Ele envia Jesus é
para abençoar você”, conclui o pastor, segundo o Christian Post.
O cantor e pastor Kleber Lucas falou sobre seu recente divórcio, os
planos para seu novo álbum, “M.O.S.A.I.C.O.” e se queixou de ignorância
no meio evangélico em uma recente entrevista.
Com 30 anos de carreira, sendo seis como pastor da Igreja
Batista Soul, Kleber Lucas disse que convive com arrependimentos e que
parte disso se reflete em seus casamentos que terminaram em divórcio.
“Eu
me arrependo e vivo me arrependendo de coisas. O que está mais evidente
e óbvio é que sou uma pessoa que está no terceiro divórcio. Estou
procurando ajuda pastoral e de terapeuta para uma releitura da minha
própria caminhada. Eu me arrependo, por exemplo, de ter me separado da
Mabeni, quando a Michelle e o Raphael eram novinhos e ele pediu pra ir
comigo. Eu tive que conviver com isso durante dez anos até o dia em que o
Raphael entrou por essas portas daqui de casa com a mala dele”,
desabafou.
“Também me arrependo de ter viajado enquanto meus
filhos estavam nas festinhas de escola e reunião de pais. E me arrependo
de não ter procurado ajuda quando vi meu casamento com a Mabeni
acabando. Hoje temos um bom relacionamento e, graças a Deus, que a
Mabeni teve muita misericórdia de mim e não voltou para Goiás. Eu não
suportaria viver longe dos meus filhos e, apesar de ter sido deixada,
ela foi muito corajosa de ficar aqui no Rio de Janeiro e estar aqui até
hoje. Apesar de estarmos separados, ela sabe que nunca vai ser esquecida
por mim”, acrescentou Kleber Lucas.
Apesar da ruptura no casamento citada pelo cantor e pastor, seu filho Raphael Lucas colaborou na música No Olho do Furacão,
que fará parte do repertório do novo disco de Kleber Lucas. Segundo
ele, a relação é estreita: “Eu me separei da Mabeni, mas nunca me
separei do Rapha nem da Michele. A gente sempre foi cúmplice na criação
dos filhos. Sempre fui uma voz paterna na vida deles mesmo à distância
nas viagens. Eu tenho a alegria de ter os meus dois filhos hoje morando
comigo”, contou.
“É muito bom perceber uma relação de amizade com
os meus filhos, mas eu sou pai, não sou o melhor amigo dos meus filhos.
Assim como a Mabeni é a mãe, eu sou um pai que tem uma voz forte na vida
deles, mas ao mesmo tempo tem esse lugar do pertencimento e do
acolhimento. Tê-los por perto é uma cura para a minha vida. Eu não
poderia ser mais grato a Deus por ter os meus dois filhos morando comigo
e ver as coisas acontecendo na vida deles. O Raphael está fazendo o
maior sucesso compondo para famosos, mas tem amigos milionários e tem
amigos que o pai é porteiro de prédio. Eu criei meus filhos para serem
humanos e não para serem filhos de cantor famoso. Criei para tratar todo
mundo bem”, afirmou o pastor.
Sobre o trabalho de aconselhamento
com pastores e terapia, Kleber Lucas disse que vem encontrando fraquezas
que havia ignorado antes: “Sou o protagonista da minha própria
história, então, não posso transferir a causa da minha fraqueza, dos
meus fracassos. Não vou colocar esse débito na conta de ninguém. Então,
eu vou descobrindo uma pessoa que não soube lidar bem, por exemplo, com
fragmentações de família, com um ambiente social de esquecimento, alguém
que sempre fez perguntas para respostas para as quais não teve”.
O
divórcio mais recente, de Danielle Favatto, é um caso ainda em aberto
em termos de sentimento para o pastor: “Ainda estou no processo de
repensar a vida e a trajetória. Desses três casamentos, duas decisões de
terminar foram minhas e, por isso, não dói só em quem é deixado, mas
também dói em quem deixa e vai embora. Fica uma lacuna na alma, um luto
que você tem que conviver, um sentimento de fracasso enorme e você tem
que dar conta da vida com essas lacunas”.
Kleber Lucas falou ainda
sobre sua relação com Deus, enfatizando que tudo se baseia na fé: “É
complexo pensar em Deus porque Ele é Pai, Filho e Espírito Santo e essa
experiência com o sagrado tem que ser desenvolvida pela fé. Ao longo
desses 33 anos de caminhada cristã, sempre penso que a minha caminhada
tem sido de ouvir Deus pela meditação na Palavra, pelas orações, pelo
sermão que é pregado, pelas circunstâncias que me ocorrem”.
Na entrevista ao portal Pleno News,
o pastor comentou sua relação de proximidade com sacerdotes de outras
religiões, principalmente de matriz africana: “Fui criado na favela com
uma mãe solteira, criando três filhos, morando de favor. Fui criado
sendo despejado de barraco em barraco feito de pau a pique com telhado
de zinco. Às vezes, batia a chuva e levava tudo. A gente morou em porões
de casas, na cozinha ou no quarto de pessoas e muitas delas eram da
Assembleia de Deus, de Igreja Católica, de igreja nenhuma e muitas eram
de terreiro de candomblé. As mães de santo se preocupavam em saber se os
filhos de Maria tinham comida em casa. Quando você está com fome na
favela e a comida chega, você não faz pergunta se ela chegou da igreja
evangélica ou do centro de candomblé. Você quer comer e come com
alegria. Fui muito abençoado por Deus através de mães e pais de santo,
de pastores evangélicos, de ateus, de agnósticos, de bêbados e até de
bandidos.
“Eu fui criado nesse ambiente plural e aprendi a
respeitar a opinião das pessoas. Conviver pacificamente é um princípio
democrático e aprendi isso, não na minha orientação do Mestrado pela
UFRJ, mas na favela onde você aprende a compartilhar espaços. Quero
conviver pacificamente com essas pessoas, inclusive as que pensam
diferente de mim. Esse é o meu lugar respeitoso de convivência pacífica.
Não estou falando de Salvação, mas de respeito. Eu quero respeitar o
sagrado do irmão porque quero que o meu sagrado seja respeitado”,
argumentou.
Em outra resposta, o pastor acusou setores da igreja
evangélica de conviver confortavelmente com a falta de conhecimento: “A
ignorância é um prato servido, muitas vezes, em escolas e nessa mídia
nociva que a gente tem. As informações são tendenciosas com um cunho
extremamente ideológico e polarizado pra sustentar um projeto, seja ele
religioso ou político. A informação está recheada dessa coisa de
sustentar uma ideia, então, a gente vai se alimentando disso. Nós
vivemos dias desafiadores porque, ao mesmo tempo em que todo mundo tem
esse lugar de fala nas redes sociais, as informações vão circulando da
forma mais esdrúxula possível e as pessoas vão engolindo sem fazer
perguntas. A gente vê uma nação toda se alimentando de esterco e isso é
complicado”, opinou.