O governo federal vai anunciar
um aumento de impostos nesta quinta-feira (20), apurou o G1 na noite desta quarta-feira. Mais cedo, em
entrevista à jornalista Miriam Leitão, o ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, disse que está analisando se há necessidade de elevar impostos para
fechar as contas públicas. "Se for necessário, aumentaremos", afirmou
o ministro.
A entrevista de Meirelles vai
ao ar no programa de entrevistas da jornalista Miriam Leitão na GloboNews,
nesta quarta-feira, às 21h30.
Segundo apurou o G1, o imposto que aumentará é o PIS-Cofins
incidente sobre todos os combustíveis (gasolina, etanol e diesel). A equipe
econômica chegou a cogitar elevar o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras),
mas desistiu. A contenção de gastos públicos será mantida.
Meirelles disse que a equipe
econômica poderá anunciar o aumento durante a divulgação do relatório fiscal
bimestral.
Henrique Meirelles, em entrevista à
jornalista Miriam Leitão, da GloboNews (Foto: GloboNews)
"Vamos estar analisando
ao decorrer do dia de hoje os cálculos para podermos amanhã, no relatório
fiscal bimestral, já definir se é necessário definir um aumento de impostos ou
não", disse Meirelles.
Questionado qual seria o
imposto a ser elevado, se necessário, Meirelles falou que o PIS e Cofins sobre
combustíveis seriam os maiores candidatos. "O PIS Cofins é o candidato
mais provável. Ele sobre o combustível tem uma vantagem que pode ser feito por
decreto e começa a vigorar imediatamente", afirmou.
Entre as possibilidades de
aumento de impostos, o governo avaliou o aumento da Cide, uma contribuição
sobre o combustível. O PIS e Cofins são impostos cobrados sobre a folha de
pagamento, sobre o faturamento das empresas e sobre a importação de bens e
serviços.
Crise fiscal
O governo está com
dificuldade de fechar as contas públicas. O mercado financeiro já prevê
um rombo de R$ 145 bilhões neste ano, acima da
meta fiscal fixada para 2017, de um déficit de R$ 139 bilhões.
A arrecadação do governo com
impostos e tributos neste ano tem ficado abaixo da esperada devido à demorada
na retomada do crescimento econômico. Nos primeiros seis meses deste ano, a
arrecadação teve um aumento real de apenas 0,77%. O resultado, porém,
só foi positivo devido ao aumento das receitas com royalties do petróleo.
O governo anunciou um corte de R$ 42 bilhões no orçamento para
tentar ajustar as contas públicas. O enxugamento, no entanto, afetou serviços
públicos, como a emissão de passaportes.
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