O governo do presidente Michel Temer (PMDB) fez um movimento
inesperado e excluiu da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) as menções
à ideologia de gênero, o que gerou críticas da parte da militância
LGBT.
O Ministério da Educação (MEC) fez uma mudança significativa,
incluindo concepções de “gênero e sexualidade” no âmbito do ensino
religioso, permitindo que as discussões sobre o tema sejam feitas a
partir das tradições religiosas.
De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, a nova versão
do BNCC foi enviada pelo MEC ao Conselho Nacional de Educação (CNE) no
último dia 29 de novembro, e agora está sendo avaliado em caráter
conclusivo por parte dos integrantes do conselho.
Dentre as mudanças feitas no texto está a abordagem contra
“preconceitos de qualquer natureza”. Anteriormente, a BNCC incentivava
os professores a valorizar a diversidade “sem preconceitos de origem,
etnia, gênero, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa”, o
que trazia parcialidade na abordagem do assunto por enfatizar o termo
“diversidade”, usado como bandeira de grupos “progressistas”.
Essa versão do BNCC criada pela gestão Michel Temer é o resultado de
um debate entre o MEC e o CNE, que vem se estendendo ao longo dos
últimos meses. Em abril, os conselheiros haviam feito emendas ao texto, e
desde então, os especialistas do governo faziam ajustes entre o que era
sugerido e o que era cobrado por parte da população.
O papel da BNCC é o de delinear o que os professores devem abordar
junto aos alunos ao longo dos anos letivos na educação básica. Essa
mudança adotada pelo MEC refere-se, apenas, aos assuntos que são
tratados nas fases do ensino infantil e fundamental. Em relação ao
Ensino Médio, a discussão sobre a ideologia de gênero foi adiada pelo
governo.
Dessa forma, Temer atende às manifestações populares que acusam os
defensores da ideologia de gênero de promoverem a erotização infantil
nas escolas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário