Em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo" no fim de semana, o
tucano disse que entre ele e o petista há "uma porta", e com Bolsonaro,
"um muro".
Questionado sobre o que precisaria para "abrir a porta", afirmou: "Já
devia estar. Depois que emperra, fica difícil. Você fica pensando, ‘meu
Deus, por que agora?’".
O ex-presidente acrescentou que, independente do vencedor da eleição,
“o Brasil vai precisar de coesão”. “Não dá para governar meio a meio,
você precisa ter algo em comum. Aí sim vamos ter que ter portas abertas
para poder conversar e avançar juntos."
Para FHC, a "sociedade mudou", e o peso dos partidos diminuiu na hora
do voto. "Acho que as pessoas estão tomando posição independente de
apoiar, deixar de apoiar, e é muito difícil tomar uma decisão nesse
momento. Cada um vai fazer o que achar melhor. Vai coincidir com o que
eu penso? Acho que não."
O tucano também foi questionado sobre a criação de uma "frente
democrática", mas disse mais uma vez que isso não representaria uma
mudança na eleição. "Você acha que as pessoas vão olhar para alguma
frente? O modo de você aprender agora é muito mais personalizado, cada
um está tomando suas decisões. Isso não quer dizer que eventualmente
você não possa criar, mas, por que agora?"
"O Brasil precisa de uma tremenda frente em favor do seu povo, essa
frente implica em liberdade e implica em democracia e respeito à
Constituição. Para isso eu vou estar sempre disposto a dar mãos juntos a
quem quiser evitar que o Brasil vá para o caminho do autoritarismo",
disse.
Questionado se pode estender a mão a Bolsonaro, disse: "Preciso saber o
que ele vai dizer, vai fazer. Como posso estender a mão se a mão está
no ar?"
Premiação
O ex-presidente recebeu nesta manhã o Prêmio Professor Emérito - Troféu
Guerreiro da Educação Ruy Mesquita, promovido pelo Centro de Integração
Empresa Escola (CIEE), em parceria com o jornal "O Estado de S.Paulo".
A primeira pessoa a ganhar esse prêmio, em 1997, foi Ruth Cardoso, falecida esposa de FHC.
Fonte: G1
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