Após participar na noite desta segunda-feira de evento em homenagem ao Dia do Professor, Haddad
minimizou a diferença. “Temos o desafio de tirar nove pontos dele e
passar para nós. É uma tarefa difícil, mas é muito mais difícil aguentar
quatro anos de governo dele.” Já Bolsonaro não se manifestou sobre os
resultados até a conclusão desta edição.
O candidato do PSL lidera em todas as regiões do País, com exceção do Nordeste, mostra o Ibope.
No Sul, no Sudeste e no Norte/Centro-Oeste, ele teria, respectivamente,
69%, 67%, e 64% dos votos válidos se a eleição fosse hoje. Já o
eleitorado nordestino daria a Haddad 63%, contra 37% para o adversário.
De acordo com a pesquisa, o presidenciável do PSL tem apoio muito
mais concentrado entre os evangélicos (74%), brancos (68%) e de renda e
escolaridade mais altas. Já no segmento católico, a disputa entre os
dois candidatos é mais acirrada: 53% para Bolsonaro e 47% para Haddad.
Esse placar se repete no eleitorado que se declara negro ou pardo.
O candidato do PSL lidera entre as mulheres, por 54% a 46%, mas a vantagem dele em relação a Haddad entre os homens é muito maior: 64% a 36%.
Petista lidera na faixa de renda até um salário mínimo
Na faixa de renda de até um salário mínimo, o candidato do PT lidera
por 58% a 42%. Mas, em todas as demais, quem está à frente é seu
adversário do PSL. A vantagem máxima de Bolsonaro aparece entre quem
ganha mais de cinco salários mínimos: 72% a 28%.
Na segmentação do eleitorado por escolaridade, Haddad vence entre
quem estudou até a quarta série do ensino fundamental, por 56% a 44%, e
fica próximo de Bolsonaro na faixa da quinta à oitava série. Acima
disso, o candidato do PSL lidera com folga, com o apoio de cerca de dois
terços do eleitorado.
Rejeição de Haddad é maior: 47%
O Ibope mediu também o potencial de voto de cada um
dos concorrentes. Após citar o nome dos candidatos, os entrevistadores
perguntaram aos eleitores se votariam em cada um com certeza, se
poderiam votar ou se não votariam de jeito nenhum.
Bolsonaro é o que tem mais simpatizantes convictos: 41% votariam
nele com certeza, e 35% não votariam de jeito nenhum. Haddad é o que tem
a maior rejeição: 47% não o escolheriam em nenhuma hipótese; outros 28%
manifestaram certeza na escolha.
O Ibope também perguntou em que momento da campanha os
entrevistados definiram seu voto. Quase um terço respondeu que foi “após
o último debate”, “nos últimos dias” ou “no dia da eleição”. Pouco mais
da metade afirmou que a escolha se deu no início da campanha.
O cruzamento das taxas de intenção de voto no segundo turno com o
voto declarado no primeiro turno indica que Haddad herdou quase 60% dos
eleitores de Ciro Gomes (PDT),
que no dia 7 recebeu pouco mais de 12% dos votos válidos. Apesar de
Ciro ter declarado “apoio crítico” ao candidato do PT no segundo turno,
25% de seus eleitores declaram agora apoio a Bolsonaro.
Já o eleitorado de Geraldo Alckmin (PSDB) se deslocou majoritariamente para o candidato do PSL O candidato do PSDB teve pouco menos de 5% dos votos no primeiro turno.
O Ibope ouviu um total de 2.506 eleitores nos dias 13 e 14 de
outubro. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para
menos, e o intervalo de confiança é de 95%. Isso significa que há uma
probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento
eleitoral, considerando a margem de erro.
O registro da pesquisa na Justiça Eleitoral foi feito sob o protocolo BR-01112/2018. Os contratantes foram o Estado e a TV Globo. Informações politica.estadao.com.br
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