“Cristo é paciente conosco. Ele vê toda essa bagunça na igreja e ele
continua a nos transformar na bela noiva que, como igreja, ele quer que
sejamos.” – Carolyn McCulley
Como podemos entender o delicado equilíbrio entre a influência cultural,
a perspectiva histórica e a autoridade bíblica quando se trata de nosso
papel como mulheres no lar, no trabalho, na igreja e na cultura? De que
forma as três ondas do feminismo impediram a visão de Deus para as
mulheres? E, finalmente, como podemos entender para onde ir a partir
daqui? Em meio à confusão radical de nossa cultura acerca da
feminilidade, Carolyn ensina a verdade radical do plano sábio e gracioso
de Deus para as mulheres.
Transcrição:
Carolyn McCulley: Eu creio que essa resposta exige
muitas nuances para entender a cultura específica das igrejas com que
você esta falando e as experiencias das pessoas nessas igrejas. Mas eu
creio que, de maneira ampla, podemos analisar de suas perspectivas.
Uma é que, mesmo igrejas que são biblicamente fiéis, ao que a
estrutura da liderança deve ser, ao que a eclesiologia deve ser, as
vezes são surdas para a voz das mulheres e não praticam a irmandade de
Cristo, que significa que somos irmãos e irmãs e precisamos uns dos
outros para sermos capazes de representar a plenitude de Cristo quando
testemunhamos do evangelho. Então, isso requer uma graciosa paciência
por parte das mulheres que, as vezes, veem erros e fraquezas para que se
lembrem que nós somos importantes, nossos dons de Cristo são
necessários para edificar o corpo, são necessários para testemunhar para
a comunidade que nos cerca.
Tendo dito isso, o outro lado é que pode haver determinados momentos
em que nós nos esquecemos, como culturas, tanto nos Estados Unidos
quanto no Brasil, que o pastoreio e a liderança são dons que servem para
equipar o corpo para as obras de Cristo, para as obras do ministério,
para exercer todos os dons que ele dá.
Então, o que às vezes fazemos é criar uma plataforma profissional e é
um pouco estranho falar sobre isso sendo uma autora e alguém que fala
em conferências. às vezes, essa cultura cria uma plataforma de
celebridades cristãs que diz, “você tem valor”, como se os outros que
estão ouvindo não tivessem. Isso é tão diferente da perspectiva do reino
onde Cristo quer que sirvamos. Ele quer que sirvamos os pequeninos. Ele
quer que sirvamos em secreto. E ele quer que lembremos dos que foram
esquecidos.
Então, pode haver uma tensão em que nós profissionalizamos os dons
que temos para falar em plataformas e esquecemos dos outros dons que o
resto do corpo também precisa. Em cada caso, eu diria para as jovens
mulheres que sejam pacientes. Cristo é paciente conosco. Ele vê toda
essa bagunça na igreja e ele continua a nos transformar na bela noiva
que, como igreja, ele quer que sejamos.
Há momentos em que você pensa: “eu quero aquilo” e eu consigo olhar
para as Escrituras e ver barreiras e sentir que talvez há mais sendo
dito sobre restrições do que sobre liberdade. Bem, faça algumas
perguntas graciosas e pacientes: “Como eu posso crescer nesta igreja?”
“Como eu posso usar os meus dons?”. Lembre-se que o nosso foco não é
somente quem está na plataforma. Isso pode ser útil para encontrar esse
equilíbrio. Esta é uma questão muito sutil e muito ampla. Depende da
experiência de igreja que a pessoa tem. Mas eu diria para lembrar que
Cristo é paciente com seu povo aqui e nós podemos ser uns com os outros
também.
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