Não é apenas contra a dependência química que milhões de pessoas
lutam todos os anos ao redor do planeta. Inúmeros vícios escravizam a
mente e o comportamento humano, entre eles o vício em filmes adultos. E nesse aspecto todas às pessoas estão sujeitas a esse mal, incluindo líderes cristãos já consagrados ao ministério pastoral.
Este é o caso do pastor Scott Crenshaw, um líder proeminente nos
Estados Unidos, já tendo conduzido megaigrejas e auxiliado outros
líderes na condução dos seus ministérios, como a Igreja Lakewood, de
Joel Osteen, em Houston.
Scott passou um bom tempo pastoreando a Igreja New River Fellowship,
em Birmingham, Texas (EUA), até ser afastado do cargo devido à
descoberta de que ele acessava conteúdos pornográficos em seu
computador, em 2016. O caso se tornou um escândalo nacional e arrasou
não apenas o líder cristão, mas também a sua família.
“A tecnologia foi minha queda, mas agora a tecnologia está ajudando no meu processo de restauração”, disse ele ao portal The Christian Post.
Após um ano e meio de tratamento contra sua dependência
e um processo de arrependimento, perdão e restauração de Deus, Scott
está retornando aos poucos ao seu ministério. Ele assumiu algumas
semanas atrás a Lake Country Church, em Fort Worth, também no Texas.
Mas isso não seria possível sem a ajuda de outro líder cristão, o Dr.
Ted Roberts. Scott disse que ele e sua esposa passaram por um
tratamento tendo reuniões online com grupos terapêuticos,
individualmente, onde ambos compartilhavam seus problemas e discutiam
maneiras de superação.
“Quando tudo isso aconteceu, eu tinha três pessoas que me ajudavam em
caso de emergência”, explicou Scott. “Eu machuquei minha esposa. Eu a
traí. Eu roubei do nosso casamento. Não é só eu que precisava de cura.
Ela precisava aprender a confiar em mim novamente e aprender a lidar com
as feridas que foram infligidas a ela”.
A esposa de Scott, no entanto, se manteve ao seu lado. Ela decidiu
ajudar o marido, pois sabia que o mal que lhe afligia se tratava de uma
dependência que precisava ser tratada emocional e espiritualmente.
“Quando entrei no consultório do Dr. Roberts, fiquei com vergonha. Eu
tinha tanta culpa. Foi tudo culpa minha. O mais bonito era que eu tinha
uma esposa que dizia: ‘Se é a sua dor, é a minha dor também'”, lembra
Scott.
Scott agora se aprofunda cada vez mais na luta contra a dependência
pornográfica, servindo de exemplo para outras pessoas. Ele achava que
estava só, mas percebeu que existe uma ampla rede de apoio quando se
decide superar o problema.
“Eu estou aprendendo sobre isso. Esse tempo todo eu pensei que eu era
o único, como ministro, lutando com isso. Foi libertador encontrar
estes homens cara-a-cara e conversando com eles e ouvindo suas histórias
também”, conclui o pastor.
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