O Ministério Público de Minas Gerais entrou na Justiça com ação
civil pública em que acusa o ex-governador e hoje senador Aécio Neves
(PSDB) de realizar 1.337 voos em aeronaves do estado sem comprovação de
interesse público no período em que ocupou o Palácio da Liberdade.
Segundo a Promotoria, o prejuízo causado aos cofres públicos por Aécio
foi de R$ 11,5 milhões. Na ação, o MP pede o ressarcimento do valor e
quer a indisponibilidade de bens do tucano.
Em despacho
publicado na sexta-feira, a juíza Claudia Costa Cruz Teixeira Fontes, da
5ª Vara da Fazenda Pública Estadual e Autarquias de Belo Horizonte,
afirma que o pedido de indisponibilidade de bens será analisado "após
manifestação do político e do Estado" na ação.
Eleito deputado
federal nas eleições de outubro, Aécio foi governador de Minas Gerais
por dois mandatos. De 2003 a 2006 e de 2007 a março de 2010.
A Promotoria contabilizou neste período voos sem a comprovação de
interesse público para cidades como Rio de Janeiro, onde o ex-governador
mantinha apartamento, e Claudio, cidade do centro-oeste de Minas onde a
família do tucano possui fazenda.
Segundo o MP foram 138 voos
para o Rio e 116 para Claudio. "Grande parte desses deslocamentos aéreos
foram realizados para transporte de passageiros não identificados no
momento dos voos."
Decreto
Para justificar os
voos, a assessoria do senador citou decreto assinado pelo próprio
tucano, quando governador, em 19 de maio de 2005, que prevê "para o
chefe Executivo estadual as mesmas normas previstas para o chefe do
Executivo federal!".
"O senador Aécio Neves considera
incompreensível a relação de voos questionados pelo Ministério Público,
que contém praticamente todos os voos realizados ao longo de oito anos",
diz a nota da assessoria. As informações são do jornal "O Estado de S.
Paulo".
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