Na primeira entrevista depois de sua posse, dada ao SBT, o presidente
Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que cogita a reforma da Previdência com
idade mínima de 62 anos para homens e 57 para mulheres, de maneira
gradativa.
De acordo com o presidente, seu governo irá aproveitar a reforma que
está na Câmara e começou com Michel Temer. Ele não desconsiderou, porém,
a possibilidade de algumas mudanças.
"A boa reforma é aquela que passa na Câmara e no Senado, e não a que está na minha cabeça ou da equipe econômica", afirmou.
Bolsonaro
disse que não quer fazer maldade com o povo, acrescentando que a idade
mínima de 65 anos é um pouco pesada para algumas profissões. Ele disse
que a idade poderá diminuir novamente no próximo governo, em 2023.
Ele afirmou que a previdência pública é a que mais pesa no orçamento
público. O presidente não negou a ideia proposta pelo ministro da
Economia, Paulo Guedes, de uma idade mínima maior para os servidores
públicos do que para os trabalhadores da iniciativa privada.
"Como regra, tirando o segurança, a maioria dos servidores não trabalha em risco", afirmou.
O presidente ainda defendeu o fim da Justiça do Trabalho.
“Qual país que tem [Justiça do Trabalho]? Já temos a Justiça normal”, afirmou.
De acordo com o presidente, o país tem mais ações trabalhistas que
todo o mundo. Ele voltou a dizer que há no Brasil um excesso de proteção
ao trabalhador. Também comparou a relação entre patrão e empregado ao
casamento: “É como um casal, se tem excesso de ciúmes não dá certo”.
O presidente afirmou que não irá acabar com o Consolidação de Leis
Trabalhistas (CLT), mas que, assim como foi feito com a reforma
trabalhista, irá atuar para flexibilizar os contratos de trabalho. Ele
disse que no país há “muitos direitos e pouco emprego”.
“Quando eu disse que era difícil ser patrão no Brasil, os sindicatos
disseram que difícil é ser empregado. A eles, eu responderia que mais
difícil é ser desempregado”, afirmou.
Bolsonaro voltou a comparar o Brasil com os Estados Unidos em relação
às leis trabalhistas. “Olha lá nos EUA, eles não têm direito do
trabalho e têm emprego”, disse. Informações folha.uol.com.br
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