A disputa pela presidência da bancada evangélica no Congresso Nacional segue acirrada, marcando uma divisão entre os parlamentares evangélicos que nunca houve na história da frente, desde o início da sua formação.
Enquanto alguns apontam o contexto político favorável como explicação
pela disputa, sugerindo que é natural querer liderar uma bancada com
108 parlamentares em um governo conservador, como o de Jair Bolsonaro,
outros dizem que há, verdade, “interesses escusos” motivando esse racha
interno.
É o caso do pastor e deputado federal Abílio Santada (PR/BA),
que afirmou em comunicado ao JM Notícia que não abrirá mão da sua
própria candidatura, ao mesmo tempo, denunciando a existência de um
grupo formado por, pelo menos, cinco pessoas, com motivações erradas.
“Eu sou candidato sim”, disse Abílio, confirmando que será uma das
opções entre os candidatos para a eleição que deverá ocorrer no próximo
dia 27, tendo como concorrentes, também, o deputado Sóstenes Cavalcante,
pastor Cezinha de Madureira, pastor Silas Câmara e a cantora Flor de
Lis.
Abílio citou o episódio em que a escola de samba Gaviões da Fiel
apresentou um samba-enredo que ofendeu os cristãos do país, por
representar a figura de um Jesus derrotado diante de satanás, algo que,
para ele, deveria ter provocado uma reação mais enérgica dos
parlamentares que compõem a bancada.
“O cristianismo foi vituperado. A pergunta que não quer calar: dos
108 deputados que se dizem da Frente Parlamentar Evangélica, alguém pode
me apresentar um nome que usou o microfone para defender o
cristianismo? Para se declarar indignado? Ah, dá licença!”, afirmou o
pastor.
Mesmo confirmando candidatura, Abílio, que está em seu primeiro mandato e venceu após sofrer um grave acidente de trânsito na cidade de Casa Nova
(Km 390), em setembro do ano passado, ainda sugeriu que poderia abrir
mão da disputa, caso precise unir forças para apoiar outro candidato
específico.
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