A Suíça afirmou nesta terça-feira (09/04) que devolveu ao Brasil em
torno de 365 milhões de francos suíços de fundos confiscados durante uma
investigação sobre práticas de corrupção envolvendo a Petrobras e a
construtora Odebrecht.
O Escritório da Procuradoria-Geral suíça (OAG) afirma que desde abril
de 2014 vem conduzindo inquéritos ligados à Operação Lava Jato,
“primeiramente por suspeita de lavagem de dinheiro com agravante […] e
em numerosos casos de suspeita de suborno de autoridades públicas
estrangeiras”.
“Até o momento, em torno de 70 processos criminais estão pendentes”,
afirmou a OAG, acrescentando que a série de casos era uma das mais
complexas que a instituição já enfrentou.
A Suíça bloqueou grandes quantidades de dinheiro que estavam nos
bancos do país, enquanto os promotores examinavam relatos de cerca de
mil transações suspeitas associadas aos casos.
“Até esta data, a Suíça restituiu em torno de 365 milhões de francos
suíços (1,4 bilhão de reais) em favor das partes prejudicadas no
Brasil”, disse a OAG.
A última parcela, no valor de em torno de 9 milhões de francos suíços
(34,8 milhões de reais), foi devolvida em março. Cerca de 700 milhões
de francos em bens (2,7 bilhões de reais) permanecem confiscados na
Suíça em conexão com a série de casos, disseram os procuradores.
Além dos casos investigados no Brasil, em torno de 15 processos
criminais abertos na Suíça foram repassados a investigadores
brasileiros.
As investigações no Brasil já levaram à prisão de mais de 130
políticos e empresários. A procuradora-geral Raquel Dodge e seu homólogo
suíço Michael Lauber assinaram nesta segunda-feira em Brasília uma
declaração “reafirmando seu compromisso de continuar e intensificar a
cooperação” entre as autoridades de ambos os países. poder360
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