BRASÍLIA - A reforma da Previdência
é considerada necessária por seis em cada dez brasileiros, ou 59% dos
brasileiros. Isso é o que revela a pesquisa Retratos da Sociedade
Brasileira - Reforma da Previdência, divulgada nesta quarta-feira, 8,
pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Outros 36% discordam sobre a necessidade da reforma.
A percepção de que as mudanças são imprescindíveis é maior entre os
homens, os que têm ensino superior e renda familiar superior a cinco
salários mínimos, revela o levantamento feito pela CNI/Ibope.
Entre
os homens, 63% dizem que é preciso fazer a reforma da Previdência.
Entre as mulheres, o porcentual cai para 54%. As mudanças são
necessárias para 68% dos entrevistados com ensino superior e para 73%
dos que têm renda familiar acima de cinco salários mínimos.
A pesquisa revela ainda que a reforma tem o apoio da maioria dos que
ganham menos e com menor grau de escolaridade: 52% dos que concluíram
até a quarta série do ensino fundamental e 51% dos que recebem até um
salário mínimo acreditam que é preciso mudar o sistema previdenciário do
País.
"A
maioria da população já reconhece que a reforma da Previdência é
indispensável para o País", afirma o presidente da CNI em exercício, Paulo Afonso Ferreira.
"As mudanças no sistema atual de aposentadorias são essenciais para
incentivar o retorno dos investimentos, do crescimento sustentado e da
necessária modernização do País", acrescenta.
Para o executivo,
se o País não resolver o problema do déficit da Previdência, a sociedade
terá de arcar com os custos da alta carga tributária e falta de
recursos para áreas em que a atuação do setor público é fundamental.
Apesar de a maioria ver necessidade da reforma, o nível de conhecimento da atual proposta apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro ao Congresso é baixo. Apenas 36% da população conhece a proposta do governo em tramitação.
Entre esses, só 6% dizem ter amplo conhecimento do texto e 30% conhecem
os principais pontos. Entre os que dizem conhecer o texto, 51% são
contra e 39% são a favor da proposta do governo.
A edição da
pesquisa foi feita entre os dias 12 e 15 de abril e entrevistou 2.000
eleitores com 16 anos ou mais, em 126 municípios. A margem de erro é de 2
pontos porcentuais, para cima e para baixo, com 95% de confiança. Estadão
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