Em uma derrota para o governo do presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro,
o plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira,
22, por 228 votos contra 210, a volta do Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (Coaf) para o Ministério da
Economia. O órgão de inteligência financeira e combate à lavagem de
dinheiro havia sido deslocado para a pasta de Moro no desenho original
do governo Bolsonaro.
A volta do Coaf para a pasta da Economia foi votada em um
destaque apresentado ao relatório do senador Fernando Bezerra Coelho
(MDB-PE) sobre a medida provisória 870, que trata da reforma
administrativa. Antes da apreciação das emendas ao texto, o plenário
aprovou a manutenção da estrutura do governo Bolsonaro em 22
ministérios.
As votações do texto-base de Bezerra Coelho e dos destaques a ele
estão sendo simbólicas, ou seja, os votos dos deputados não são
registrados individualmente. No caso do Coaf, no entanto, após a
rejeição do destaque pela permanência do órgão na Justiça em votação
simbólica, deputados governistas pediram a votação nominal e o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), concordou.
Os líderes partidários que encaminharam os votos de suas bancadas a favor da ida do Coaf ao Ministério da Economia argumentaram que o órgão funcionou adequadamente sob o Ministério da Fazenda durante toda a Operação Lava Jato; que Moro não pode concentrar tanto poder; e que os países mais desenvolvidos do mundo têm instituições como o Coaf subordinadas aos ministros da Economia.
Os líderes partidários que encaminharam os votos de suas bancadas a favor da ida do Coaf ao Ministério da Economia argumentaram que o órgão funcionou adequadamente sob o Ministério da Fazenda durante toda a Operação Lava Jato; que Moro não pode concentrar tanto poder; e que os países mais desenvolvidos do mundo têm instituições como o Coaf subordinadas aos ministros da Economia.
Orientaram votos para tirar o Coaf de Sergio Moro os líderes de partidos
de oposição (PT, PSOL, PCdoB, PSOL e PSB) e de siglas do chamado
Centrão (PP, MDB, PTB, PRB, DEM, Solidariedade e PR). Encaminharam votos
pela continuidade do órgão na pasta da Justiça e Segurança Pública os
líderes de PSL, partido de Bolsonaro, PROS, Podemos, Cidadania, Novo e
PV. Liberaram os deputados, diante de divergências internas, PSDB e PSD. Veja
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