Arqueólogos poloneses descobriram uma igreja do século IV no Egito, que, segundo eles, pode ser um dos mais antigos templos cristãos naquela região.
O que resta da igreja foi descoberto no antigo porto de Marea, perto da cidade de Alexandria.
Uma equipe do Centro de Arqueologia Mediterrânea da Universidade de
Varsóvia vem realizando pesquisas no local desde o ano 2000, incluindo
trabalhos de escavação e conservação.
As descobertas mais
interessantes da equipe em Marea até agora incluem uma basílica, uma
capela funerária e as maiores coleções de óstracos já descobertas no
Egito. O termo é usado por arqueólogos para se referir às peças que eram
usadas para documentar procedimentos oficiais, mensagens, curtas, notas
e avisos.
Na basílica há indícios de que ela funcionou do século 5 ao século 8. Segundo informações do portal The First News, os arqueólogos descobriram remanescentes cada vez mais antigos na linha do tempo.
“No
final da última temporada de pesquisa, sob o piso da basílica,
encontramos os restos de uma parede, que se revelaram ser as paredes
externas de uma igreja ainda mais antiga”, disse o Dr.
Krzysztof Babraj,
do Museu de Arqueologia de Cracóvia, quem liderou a pesquisa sobre a
basílica. “Este é um dos mais antigos templos cristãos descobertos no
Egito até agora”, acrescentou.
A igreja mais velha está embaixo da
basílica, que foi destruída por um terremoto. A forma de suas paredes
de calcário, juntamente com fragmentos de cerâmica e vidro encontrados
dentro das ruínas, indicam que a igreja remonta a meados do século IV.
Medindo
24 por 15 metros, a igreja foi decorada com policromos, dos quais
poucos sobraram. Os arqueólogos estão coletando o que resta deles,
espalhados em milhares de fragmentos. “Nossa descoberta também é
importante porque basicamente não conhecemos quaisquer remanescentes de
igrejas da metrópole vizinha, Alexandria”, disse o pesquisador.
“Agora
sabemos como eles podem parecer, e é por isso que é tão importante
continuar nossa pesquisa que acabamos de começar na velha igreja”,
finalizou Babraj, explicando o significado da descoberta.
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