Nesta terça (30), o programa 'Jovem Pan Morning Show' foi palco para
um barraco entre o apresentador Edgard Piccoli e o comentarista Caio
Coppolla.
A dupla ficou com ânimos acirrados ao debater a
provocação de Jair Bolsonaro ao presidente da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, falando sobre as circunstâncias da
morte de seu pai, assassinado durante a ditadura militar.
Coppolla classificou a fala de Bolsonaro como “golpe baixo”. “Um
presidente da República é um cara que tem uma oportunidade ímpar de
direcionar o foco da atenção pública para questões muito mais
importantes“, afirmou ele ao finalizar sua fala em que fez críticas
à postura de Bolsonaro. Ao fim, ele também questionou um trecho da nota
oficial publicada pelo presidente da OAB afirmando que tratava-se de
uma versão “canhota” do “universo das narrativas”.
Após o que disse o comentarista, Piccoli tomou a palavra e explicou
que Coppolla relativizou a situação, por justificar o caso com outros
erros do passado. “Tirou o entendimento claro da coisa“, defendeu.
“É revoltante o que ele diz e não dá para passar pano, tentar relativizar“, disse Piccoli. “O
que ele disse é muito ruim e não representa a nação como um todo. Ele é
um presidente de todos. Ele continua falando para um grupo. O mais
incrível é ver as pessoas nas mídias sociais apoiando isso. Onde a gente
vai parar?“, completa. “É a frase de um tirano, de um déspota, e não do presidente de uma República.“
Com a fala de Piccoli, Coppolla reafirmou sua opinião sobre o caso. “É uma flagrante grosseria, não um crime de responsabilidade“, teorizou. “Eu
falei que o presidente tinha que aprender e esquecer e você só enxerga a
parte que você quer ver, pelo amor de Deus! O que eu falo é muito mais
complexo do que uma frase de lacração, Edgar. Eu vou além do lugar
comum, eu trago outros elementos, inclusive para trazer aos partidários
do presidente a extensão da gravidade do negócio. Fica muito difícil
quando eu tento falar e você, de forma autoritária, fica me interpelando
dessa forma.“
Depois disso, Piccoli defendeu que Coppolla não participa dos debates, apenas fica fazendo monólogos, um “latifúndio de fala“. Coppolla rebateu: “Melhor um latifúndio de falas do que um deserto de ideias”.
A
partir daí a conversa descambou para um bate-boca em que houve troca de
acusações sobre espalhar desinformação, de promover ataques pessoais e
lavação de roupa suja sobre episódios anteriores. “Você me respeite”, bradaram os dois.
Piccoli encerrou a briga dizendo que o debate começou a ficar irracional e eles, então, mudaram de pauta para o caso Neymar. “Esse debate ficou irracional“, finalizou. Veja
Veja o vídeo a partir do minuto 16:00.
Nenhum comentário:
Postar um comentário