Mais de 20 crianças tiveram o Benefício de Prestação Continuada (BPC) cortado. Mães pedem respostar para a suspensão.
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é concedido pelo INSS para
pessoas com deficiência física ou mental de qualquer idade e idosos
acima de 65, e equivale a um salário mínimo. Pernambuco foi um dos
estados que mais sofreu com o surto de microcefalia em 2015, que em todo
o país registrou cerca de três mil crianças que nasceram com a síndrome
congênita causada pelo vírus da zika. De acordo com as regras do BPC,
as crianças com microcefalia têm direito ao benefício e muitas já o
recebem. Porém, no Recife (PE), dezenas de famílias estão com o
benefício cortado desde junho sem nenhum motivo aparente.
Em reação aos cortes, a União de Mães de Anjos (UMA) organizou uma
manifestação em frente à sede do INSS no Recife nesta quinta-feira (18),
com cerca de 85 famílias que vêm sendo prejudicadas com a suspensão do
benefício.
Germana Soares, presidente da UMA, explica as razões do protesto:
“Nós viemos reivindicar nosso direito, porque mães estão em situação de
desespero sem ter como custear aluguel, alimentação, remédios. Viemos
para que a sociedade saiba o que está ocorrendo e o poder público tome
providência”.
Inicialmente, as famílias atualizaram toda a documentação exigida
pelo INSS na expectativa de receberem o benefício, mas o instituto
afirmou que o problema seria “no banco”. Após irem às agências
investigar o ocorrido, a resposta foi de que o problema era realmente na
Previdência.
O INSS, que não sabe explicar o motivo das suspensões, pediu um prazo
de até 85 dias para investigar o caso, mas as famílias argumentam que é
impossível manter as crianças sem o valor do benefício por esse período
e que seria urgente uma reunião com o Ministério da Cidadania para
entender o que aconteceu e reaver os valores suspensos.
Via: Brasil de Fato
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