Os profissionais da Educação das esferas municipal, estadual e federal vão fazer uma greve geral
nesta terça-feira, dia 13, a partir da meia-noite, com o objetivo de
chamar a atenção das autoridades e da população para as reivindicações
da categoria, como o reajuste salarial, a recomposição dos investimentos
na área por parte do governo e a valorização dos servidores.
Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio (Sepe-RJ), o objetivo é denunciar os recentes cortes do Ministério da Educação (MEC) e a reforma da Previdência que, para o sindicato, ameaça a aposentadoria dos trabalhadores.
Haverá
atividades em ruas e praças da capital e de diversos municípios, com
aulas públicas, distribuição de panfletos e abaixo-assinados. Na cidade
do Rio, a categoria pretende fazer um ato em frente à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), no Centro, na parte da tarde, e vai caminhar até a frente da Igreja da Candelária.
—
Sofremos diversos cortes na educação básica, cerca de R$ 350 milhões, e
a reforma da Previdência nos ataca de uma forma geral. No estado, os
professores estão há cinco anos sem reajuste, inclusive já apresentamos
ao líder do governo na Alerj, deputado Marcio Pacheco (PSC), um plano
para que o Fundeb (Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação) possa custear o salário, porque já temos uma perda de 34% nos
vencimentos — comentou o coordenador geral do Sepe-RJ, Gustavo Miranda,
segundo o qual o Fundeb não está sendo executado em sua totalidade.
Em
relação aos profissionais do município do Rio, o coordenador disse que
as principais reivindicações são a garantia da dedicação de um terço do
tempo dos professores para planejamento de aula, e que a Prefeitura do
Rio abra o diálogo para negociar o reajuste salarial.
—
O reajuste que foi dado em janeiro foi referente aos dois anos
anteriores. Ainda não começamos a negociar um aumento referente à perda
salarial em 2019 — disse Miranda.
A Associação de Docentes da Universidade do Estado do Rio (Asduerj)
acredita que o momento é de união de todas as categorias da Edcuação,
porque as medidas que o governo federal vem tomando, como o corte de 30%
nos repasses para as instituições, podem ser seguidos em breve pelos
governos estaduais.
"As pautas são um reflexo do que a
Educação vem sofrendo, então, como um ato de solidariedade, toda a
categoria deve se unir", afirmou a nota da assessoria.
Críticas ao Future-se
Lançado
no dia 17 de julho pelo Ministério da Educação (MEC), o Future-se
pretende permitir que sejam feitos investimentos de fundos privados e a
contratação de Organizações Sociais (OSs), com o objetivo de aumentar a
autonomia administrativa das universidades federais.
Para a secretária-geral do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN),
Eblin Farage, a medida vai subordinar as universidade à iniciativa
privada, o que pode causar um empobrecimento da produção intelecutal das
instituições.
— O Future-se vai limitar a capacidade
de fazer ciência, pesquisas e projetos para produzir conhecimento para a
população, porque a universidade vai ter que atender ao que os
investidores quiserem. É a universidade a serviço do mercado e não da
população — avaliou. EXTRA
O MEC tornou disponível uma consulta pública para a população opinar sobre o Future-se
Nenhum comentário:
Postar um comentário