As igrejas são responsáveis por grande parte do trabalho social de
acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade, como portadores
de transtornos psíquicos, moradores de rua e dependentes químicos. São
nos chamados “Centros Terapêuticos” que parte dessa população é
acolhida, mas há casos de irregularidades, como o de uma pastora que foi
presa acusada de administrar remédios de uso controlado.
A
pastora de 47 anos não teve o nome revelado, mas ela foi presa na manhã
da última quinta-feira (28) sob suspeita de utilizar remédios
psicotrópicos sem a devida prescrição médica em um centro terapêutico da
sua responsabilidade, localizado em Juazeiro do Norte, interior do
Ceará.
A promotora de Justiça Alessandra Magda informou que o
espaço chamado Centro Terapêutico Renascer é voltado para portadores de
transtornos mentais, sendo dividido em duas alas, uma masculina e outra
feminina, no bairro Aeroporto.
“Existia muito medicamento sem a
devida prescrição, medicamento de uso controlado, psicotrópico, e, por
conta disso, a representante da entidade foi conduzida à delegacia e foi
lavrado o flagrante”, disse Magda, segundo informações do G1.
Ainda segundo a promotora, o caso pode ser tratado judicialmente de
forma semelhante ao crime por tráfico de drogas, já que sem a prescrição
médica os medicamentos de uso controlado são considerados drogas
clandestinas.
“Em relação à quantidade de medicação, não havia
nenhum controle, nem indicação dos pacientes”, destacou a promotora. O
advogado que representa o Terapêutico Renascer não se pronunciou até o
momento em defesa da pastora, que se encontra na Cadeia Pública de
Juazeiro do Norte e aguarda parecer da Justiça.
A possibilidade de
interdição do Centro não está descartada, mas a decisão imediata foi
afastada porque os próprios internos testemunharam em favor do trabalho
desenvolvido no local, dizendo que não se encontram no espaço de forma
forçada, mas sim voluntariamente.
“Os fatos estão sendo
averiguados, não chegamos a uma conclusão porque ainda há necessidade de
novos levantamentos e outros dados, e ainda vamos avaliar como estão os
outros centros”, concluiu a promotora. G+
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