O programa social que está sendo desenhado pelo governo de Jair
Bolsonaro para substituir o Bolsa Família deve pagar de R$ 250 a R$ 300
por mês para os brasileiros de baixa renda. O valor que está sendo
estudado pelo governo foi confirmado pelo ministro da Economia, Paulo
Guedes.
"O nível vai subir para R$ 250
ou para quase talvez R$ 300", disse o ministro da Economia, em
entrevista à Rádio Jovem Pan nesta quarta-feira (15/07).
A
ideia do Renda Brasil é unificar uma série de programas sociais em uma
única política de renda básica. Dessa forma, o governo Bolsonaro quer
tirar do PT a autoria do seu principal programa de assistência social,
atender parte dos trabalhadores que hoje estão recebendo o auxílio
emergencial dos R$ 600 e aumentar o valor do benefício do Bolsa
Família.
Se seguir o parâmetro indicado por
Guedes, contudo, esse aumento deve variar entre R$ 50 a R$ 100. Afinal,
hoje o benefício médio do Bolsa Família gira em torno dos R$ 200. O
ministro da Economia ressaltou, por outro lado, que a base de
beneficiários do Bolsa Família deve ser ampliada em quase 10 milhões de
pessoas.
"O auxílio vai começar a descer e vai aterrissar no renda básica.
Vai juntar o abono salarial, o Bolsa Família, mais dois ou três
programas focalizados e vai criar o Renda Brasil. E vai ser acima do
Bolsa Família. Amplia a base, são os 26 milhões do Bolsa Família mais os
10 milhões de brasileiros que eram invisíveis. E vamos ampliar também a
cobertura", destacou Guedes.
Já os outros
milhões de invisíveis que hoje vivem dos R$ 600, mas não se encaixam no
conceito de vulnerabilidade porque são trabalhadores informais devem se
encaixar em outro programa do governo. A ideia do governo é atendê-los
pelo Carteira Verde e Amarelo, que vai incentivar esses trabalhadores a
retomarem suas atividades profissionais e não ficar apenas na renda
básica depois da pandemia do novo coronavírus.
"Quando
cair, o brasileiro vai para o Renda Brasil. Mas queremos estimular ele a
trabalhar de novo e sair do programa assistencial. O medo das pessoas
de sair para começar a trabalhar era perder o Bolsa Família. Mas nós
vamos fazer a conversão instantânea. Se não conseguir levantar e cair de
novo, garante o Bolsa Família. Se conseguir, quer estimular", afirmou
Guedes, que estuda medidas como um Imposto de Renda negativo para
estimular o retorno e a formalização desses trabalhadores.
CORREIO
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