Para Bolsonaro, Guedes transformou copo d'água em tempestade ao dizer que ele tomará a trilha que leva à irresponsabilidade fiscal e ao impedimento se der ouvidos aos ministros "fura-teto". Alega que o Orçamento de 2020 está submetido ao regime de calamidade ditado pela pandemia. E não faria sentido falar em ameaça ao teto de gastos públicos diante de um rombo estimado em R$ 800 bilhões.
Com a popularidade vitaminada pelo vale corona de R$ 600, Bolsonaro deve intensificar as incursões ao Norte e Nordeste. Nesta semana, voará para o Rio Grande do Norte ao lado do "nosso querido Rogério Marinho", ministro do Desenvolvimento Regional. Ex-subordinado de Guedes, Marinho é visto pelo antigo chefe como líder da ala dos fura-teto. Bolsonaro dá de ombros.
Na última sexta-feira, um ministro palaciano acalmou um senador governista que se disse preocupado com a hipótese de fritura do ministro da Economia. Disse que foi Guedes quem pulou no óleo quente. Nessa versão, Bolsonaro estaria tentando convencê-lo a sair da frigideira. Simultaneamente, se equipa para a eventualidade de uma troca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário