Joe Biden venceu a corrida à Casa Branca contra Donald Trump, noticiou a mídia norte-americana neste sábado (7), uma vitória que marca uma virada histórica para os Estados Unidos e o mundo.
Após
quatro dias de suspense, o candidato democrata e ex-vice-presidente de
Barack Obama venceu com ao menos 273 delegados, graças a uma vitória no
importante estado da Pensilvânia, de acordo com os veículos CNN, NBC e
CBS.
Ele se tornará o 46º presidente dos Estados Unidos.
Pela primeira vez na história, o país terá uma vice-presidente,
Kamala Harris, de 56 anos, que também será a primeira negra a ocupar o
cargo.
Ele será, assim, o primeiro presidente dos EUA a ser privado de um
segundo mandato desde o republicano George H. W. Bush em 1992.
Independentemente do que Donald Trump diga, a data
de posse do novo presidente está inscrita na Constituição: 20 de
janeiro ao meio-dia. Até lá, os estados certificarão seus resultados e
os 538 delegados se reunirão em dezembro para nomear formalmente seu
presidente.
“As autoridades americanas são
perfeitamente capazes de expulsar os intrusos da Casa Branca”, comentou
esta semana o porta-voz de Joe Biden, Andrew Bates.
Joe
Biden, que foi vice-presidente de Barack Obama de 2009 a 2017, apostou
que uma campanha moderada com foco no trabalhador devolveria aos
democratas as chaves da Casa Branca, e a aposta claramente valeu a
pena.
Ele tirou de Donald Trump três estados
industriais que escaparam de Hillary Clinton quatro anos atrás:
Michigan, Wisconsin e Pensilvânia, "o coração desta nação", disse ele na
sexta-feira à noite.
Neste sábado, também liderava na Geórgia, Nevada e Arizona, de acordo com resultados parciais.
A
apuração ocorre desde terça-feira nesses estados por conta do volume
excepcional de cédulas enviadas por correio, método que foi incentivado
pelo contexto de pandemia.
Na Pensilvânia,
essas cédulas foram 80% a favor de Joe Biden, o que permitiu que ele
superasse a liderança inicial do republicano.
No
total, apesar da pandemia, a participação atingiu um recorde histórico
na era moderna: cerca de 66% dos eleitores votaram, de acordo com o US
Elections Project.
Joe Biden obteve mais de 74 milhões de votos, ante 70 milhões de Donald Trump, no total no país.
Esse
"voto popular" não tem valor no sistema eleitoral americano, mas
fortalece, segundo os democratas, a legitimidade política do próximo
presidente.
"O presidente eleito Biden tem um mandato forte", disse a presidente democrata da Câmara, Nancy Pelosi, na sexta-feira.
Mas
seu poder seria muito limitado se o Senado permanecer controlado pelos
republicanos. O suspense vai até o dia 5 de janeiro, data do segundo
turno para senador pela Geórgia.
EM
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