O presidente da República eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse nesta segunda-feira, 5, que ainda “não está batido o martelo” sobre a reforma da Previdência com o economista Paulo Guedes,
seu futuro ministro da Economia. Ele disse ver com “desconfiança” a
ideia de substituir o modelo atual por um que pressuponha uma poupança
individual do trabalhador.
“Não está batido o martelo, tenho desconfiança. Sou obrigado a
desconfiar para buscar uma maneira de apresentar o projeto. Tenho
responsabilidade no tocante a isso aí. Não briguei para chegar (ao
poder) e agora mudou tudo. Quem vai garantir que essa nova Previdência
dará certo? Quem vai pagar? Hoje em dia, mal ou bem, tem o Tesouro, que
tem responsabilidade. Você, fazendo acertos de forma gradual, atinge o
mesmo objetivo sem levar pânico à sociedade”, declarou, em entrevista à
TV Band.
O modelo atualmente trabalho por Guedes foi apresentado ao futuro
ministro da Economia pelo ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga e
pelo especialista em Previdência Paulo Tafner na semana passada. A
proposta prevê adotar um regime de capitalização, no qual o cidadão
escolhe o valor necessário para sua própria aposentadoria, deixando de
contribuir para que a Previdência mantenha a aposentadoria dos mais
velhos.
O plano de Fraga e Tafner prevê a fixação de uma idade mínima de 65 anos
para homens e mulheres, o estabelecimento de uma regra de transição
mais rápida do que a pensada pela equipe de Michel Temer, e a
instituição do regime de capitalização para nascidos a partir de 2014.
Fonte: Veja
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