Magno Malta (PR-ES) fez um discurso de despedida do Congresso
Nacional, onde atuou nos últimos 20 anos, dizendo que faria tudo de novo
em sua carreira política. Centro de atenções por ter sido o principal
garoto-propaganda do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e mesmo
assim ter ficado de fora da equipe ministerial, o senador estaria cotado
para ocupar a presidência do conselho do SESI.
A informação sobre a possível indicação de Magno Malta para liderar o
Serviço Social da Indústria (SESI) surgiu após a movimentação do antigo
presidente da organização, Paulo Skaf (MDB). O candidato derrotado ao
governo do estado de São Paulo teria articulado para receber a indicação
de Bolsonaro para presidir o conselho e saído com a resposta de que a
vaga já tem nome.
“Paulo Skaf pediu a um influente ministro do governo Bolsonaro o
cargo de presidente do conselho do SESI, uma indicação que cabe ao novo
governo. Magno Malta, no entanto, tem chance de ocupar o posto”,
informou o jornalista Lauro Jardim, colunista de O Globo.
O atual presidente, João Henrique Sousa, foi nomeado ao cargo pelo
presidente Michel Temer (MDB) em maio de 2016. Sousa é advogado, mas foi
deputado federal pelo Piauí, ministro dos Transportes ao final do
segundo governo de Fernando Henrique Cardoso e presidente dos Correios
no governo Lula (PT).
Despedida
Magno Malta usou a tribuna do Senado para agradecer a Deus pelo tempo
em que esteve no Poder Legislativo: “Aprouve a Deus, a quem dedico toda
honra, chegar a este momento”, disse o senador, que não foi reeleito no
pleito de outubro.
Ao longo de sua fala, destacou sua liderança na CPI do Narcotráfico
no começo dos anos 2000, além da CPI da Pedofilia, que só terminou este
ano, além de destacar que o combate às drogas sempre foi uma bandeira
pessoal: “São 42 anos tirando gente das drogas”, afirmou, adicionando o
período em que atuava como pastor.
“Combati o bom combate”, disse Malta, relembrando as palavras do
apóstolo Paulo. Como forma de encerrar alegações sobre um possível
rompimento entre ele e o presidente eleito, enfatizou que continua
“confiando em Bolsonaro”, e acrescentou: “Faria tudo de novo. Vejo
Bolsonaro como um homem de caráter, um homem de bem”.
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