BRASÍLIA - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco
Aurélio Mello classificou como "autofagia" a possibilidade de o
presidente da Corte, Dias Toffoli, cassar a liminar que concedeu nesta
quarta-feira mandando soltar todas as pessoas que foram presas após
condenação em segunda instância. A decisão pode levar à soltura do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros.
"Toffoli cassar liminar seria autofagia. O presidente do Supremo ombreia comigo a posição de ministro, ele não está acima", disse o ministro ao Valor.
A expectativa é que Toffoli, que assumiu o plantão do STF às 15h desta quarta-feira, derrube a decisão do colega após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar recurso à liminar.
No entendimento de Marco Aurélio, porém, somente o plenário teria essa prerrogativa. Ele também afirmou não saber se a PGR vai de fato vai entrar com um recurso. "Vamos aguardar."
Para o ministro, tanto Toffoli quanto a ministra Cármen Lúcia, que estava à frente da presidência da Corte até setembro, precisam fazer um "exame de consciência" sobre o motivo pelo qual não pautaram as ações que debatem o tema no plenário.
Na decisão, que segundo Marco Aurélio é "autoexplicativa", o ministro aponta que liberou a pauta para julgamento em abril deste ano, mas que, como caso não foi a plenário, precisou tomar uma posição. "Tempos estranhos os vivenciados nesta sofrida República! Que cada qual faça a sua parte, com desassombro, com pureza d'alma, segundo ciência e consciência possuídas, presente a busca da segurança jurídica", afirmou em seu despacho.
Toffoli anunciou esta semana que o julgamento definitivo sobre a possibilidade de haver prisão após condenação em segunda instância aconteceria em 10 de abril de 2019. Informações Valor
"Toffoli cassar liminar seria autofagia. O presidente do Supremo ombreia comigo a posição de ministro, ele não está acima", disse o ministro ao Valor.
A expectativa é que Toffoli, que assumiu o plantão do STF às 15h desta quarta-feira, derrube a decisão do colega após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar recurso à liminar.
No entendimento de Marco Aurélio, porém, somente o plenário teria essa prerrogativa. Ele também afirmou não saber se a PGR vai de fato vai entrar com um recurso. "Vamos aguardar."
Para o ministro, tanto Toffoli quanto a ministra Cármen Lúcia, que estava à frente da presidência da Corte até setembro, precisam fazer um "exame de consciência" sobre o motivo pelo qual não pautaram as ações que debatem o tema no plenário.
Na decisão, que segundo Marco Aurélio é "autoexplicativa", o ministro aponta que liberou a pauta para julgamento em abril deste ano, mas que, como caso não foi a plenário, precisou tomar uma posição. "Tempos estranhos os vivenciados nesta sofrida República! Que cada qual faça a sua parte, com desassombro, com pureza d'alma, segundo ciência e consciência possuídas, presente a busca da segurança jurídica", afirmou em seu despacho.
Toffoli anunciou esta semana que o julgamento definitivo sobre a possibilidade de haver prisão após condenação em segunda instância aconteceria em 10 de abril de 2019. Informações Valor
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