O Supremo Tribunal Federal
(STF) divulgou nesta sexta-feira, 26, informações sobre um pregão
eletrônico para “serviços de fornecimento de refeições institucionais”,
com gasto estimado de R$ 1,134 milhão. O serviço se refere à contratação
de um fornecedor para as refeições servidas pela Corte, conforme suas
necessidades. Procurado, o Supremo disse que o edital segue padrão do Ministério das Relações Exteriores
O menu inclui desde a oferta café da manhã, passando pelo “brunch”,
almoço, jantar e coquetel. Na lista, estão produtos para pratos como
bobó de camarão, camarão à baiana e “medalhões de lagosta com molho de
manteiga queimada”. Exige ainda que sejam colocados à mesa bacalhau à
Gomes de Sá, frigideira de siri, moqueca (capixaba e baiana), arroz de
pato. Tem ainda vitela assada; codornas assadas; carré de cordeiro,
medalhões de filé e “tournedos de filé”, com molho de mostarda, pimenta,
castanha de caju com gengibre.
Os
vinhos recebem atenção especial. Se for vinho tinto fino seco, tem de
ser Tannat ou Assemblage, contendo esse tipo de uva, de safra igual ou
posterior a 2010 e que “tenha ganhado pelo menos 4 (quatro) premiações
internacionais”. “O vinho, em sua totalidade, deve ter sido envelhecido
em barril de carvalho francês, americano ou ambos, de primeiro uso, por
período mínimo de 12 (doze) meses.”
Se a uva for tipo Merlot, só serão aceitas as garrafas de safra igual
ou posterior a 2011 e que tenha ganho pelo menos quatro premiações
internacionais. Nesse caso, o vinho, “em sua totalidade, deve ter sido
envelhecido em barril de carvalho, de primeiro uso, por período mínimo
de 8 (oito) meses”.
Para os vinhos brancos, “uva tipo Chardonnay,
de safra igual ou posterior a 2013”, com no mínimo quatro premiações
internacionais.
A caipirinha deve ser feita com “cachaça de alta
qualidade”, leia-se: “cachaças envelhecidas em barris de madeira nobre
por 1 (um) ou 3 (três) anos.”
Destilados, como uísques de malte,
de grão ou sua mistura, têm que ser envelhecidos por 12, 15 ou 18 anos.
“As bebidas deverão ser perfeitamente harmonizadas com os alimentos”,
descreve o edital.
Reportagem de janeiro do Estado mostrou que o STF, por determinação do ministro Dias Toffoli, fez uma reforma no gabinete da presidência
que incluiu a substituição de carpete por piso frio e até a instalação
de um chuveiro. A obra custou R$ 443.908,43 aos cofres públicos.
Edital reproduz especificações de ministério, diz Supremo
Por
meio de nota, o STF informou que “o edital da licitação do serviço de
refeições institucionais em elaboração pelo STF reproduz as
especificações e características de contrato semelhante firmado pelo
Ministério das Relações Exteriores (que faz o cerimonial da Presidência
da República)”.
A corte informou que seu conteúdo foi analisado e
validado pelo Tribunal de Contas da União, “mas com redução de escopo:
dos 21 itens contratados pelo ministério, 15 são objeto da licitação do
STF”.
Sobre o custo, declarou que “o valor de R$ 1,1 milhão é uma
referência, que será submetida à disputa de preços entre as
participantes do pregão. Além disso, o contrato prevê que o STF pagará
apenas pelo que for efetivamente demandado e consumido, tendo o valor
global do contrato como um teto”.
Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário