O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sai do guarda-chuva de Sergio Moro (Justiça). O governo tinha pressa na aprovação desta MP, que perderia a validade, se não fosse aprovada, na segunda-feira (3).
Por isso, apesar de defender que o Coaf fosse mantido com Moro, o
governo passou a fazer costuras inclusive com a oposição e pedir que o
Senado não alterasse o texto enviado pela Câmara dos Deputados, que
transfere o órgão para Ministério da Economia, de Paulo Guedes.
O destino desse órgão, cuja atuação ganhou destaque em razão das
investigações da Lava Jato, foi o principal ponto de divergência entre
os senadores.
Entusiastas da permanência do Coaf com o Ministério da Justiça, grupo
que abrangia até mesmo correligionários do presidente, articulavam-se
desde a semana passada para alterar o texto, apesar de o presidente
Bolsonaro ter deixado claro que a prioridade era a aprovação da MP
dentro do prazo. Preocupado com a possibilidade de a MP caducar,
Bolsonaro buscou diálogo com os presidentes das duas Casas Legislativas
-Davi Alcolumbre (DEM-AP), do Senado, e Rodrigo Maia (DEM-RJ), da
Câmara. Além disso, convenceu o líder de seu partido, Major Olímpio
(PSL-SP), a desistir de manobrar para manter o Coaf com Moro.
(Com UOL)
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