Não deu para repetir 1981. O Flamengo lutou,
batalhou e mostrou grandeza diante um poderoso adversário europeu. Por
vezes até flertou com a vitória, mas não foi suficiente para ser
bicampeão. Ontem, em Doha, no Qatar, a qualidade e frieza do Liverpool foram decisivas para conquistar seu primeiro título de Mundial de Clubes. O placar foi de 1 a 0, com gol marcado na prorrogação por Roberto Firmino.
Apesar do resultado, o torcedor do Flamengo tem motivos de sobra para
se orgulhar desta equipe. O mais especial deles foi visto durante os
120 minutos no Estádio Khalifa. Não houve medo ou cabeça baixa contra o
gigante europeu. Não teve Salah, Mané ou Firmino que assustasse a equipe
de Jorge Jesus. O Flamengo soube jogar de igual e não foi dominado como
outros brasileiros.
Houve sustos, claro, como quando Roberto
Firmino tocou por cima ao sair de frente para Diego Alves, mas a
valentia rubro-negra foi representada nas boas arrancadas de Bruno
Henrique, nas descidas perigosas de Gabigol e no plano tático bem
executado de Jorge Jesus.
Até a sorte de campeão parecia estar do lado do Flamengo, como quando
Firmino quase marcou após chapelar Rodrigo Caio e acertar a trave. Ou
quando o VAR foi acionado no fim do tempo regulamentar para retirar o
pênalti em Sadio Mané.
Mas na prorrogação, faltou perna ao
Flamengo — consequência dos 74 jogos feitos na temporada. No primeiro
contra-ataque bem conectado pelo Liverpool, Firmino mostrou frieza para
driblar Rodrigo Caio e Diego Alves e tocar para as redes.
O
Flamengo ainda teve minutos para tentar o empate, mas o fôlego pesou. Os
aplausos dos rubro-negros em Doha simbolizam o agradecimento pelo ano
histórico apesar do vice-campeonato.
oglobo
Nenhum comentário:
Postar um comentário