O fim de semana de carnaval é um dos mais esperados por
jovens, que aproveitam a folga para a diversão e festa. Por outro lado,
há 201 jovens que já estão em um sítio, participando do acampamento
juvenil da paróquia São José Operário. Outros 314 estão na organização.
Somente neste carnaval devem estar envolvidos em acampamentos na
Diocese de Umuarama, 15 mil pessoas, entre campistas, equipes de
trabalho e familiares, distribuídos em 18 paróquias, o que demonstra a
força do movimento.
A origem do acampamento é estadunidense. Lá a ideia era criar uma
dinâmica de entreajuda, conforme explica o pároco Padre Machado.
“Depois, no México, houve a conotação religiosa. No Brasil, quem trouxe
os acampamentos foi um cantor católico chamado Martin Valverde”,
explica.
Na São José Operário, desde 2012 são feitos acampamentos e, ano após
ano, a metodologia é adequada para acolher as pessoas da melhor maneira.
Há, inclusive, segmentações: crianças, adolescentes, jovens, casais,
idosos e assim por diante.
Uma das pessoas que viveu a experiência é Carlos Eduardo Monteiro
Ramalho, que há mais de dez edições trabalha nos acampamentos. “Na
verdade eu não queria fazer o acampamento. Era meu aniversário em 13 de
novembro de 2014, mas minha esposa, sogra e cunhado insistiram e eu não
deixei a oportunidade passar”, salienta Ramalho. Depois de viver uma
experiência com Deus, ele hoje coordena um ministério.
Ministério
Quem já foi convidado para fazer um acampamento certamente se
perguntou sobre o que acontece lá. As informações parecem ser um
mistério, mas na realidade, servem para garantir uma experiência
completa aos participantes. “Tudo o que você vê, ouve e fala fica lá”,
explica Ramalho.
“Existe o momento de oração, teatro, palestras e outras atividades,
mas não tem mistério. Nossa preocupação é fazer com que a pessoa sinta
realmente a nova experiência, porque recebemos pessoas machucadas,
fragilizadas, que precisam de cuidado”, menciona padre Machado.
Família
A maioria dos campistas é membro da paróquia ou conhecido/parente de
alguém quem faz parte da comunidade. Outros, porém, vêm de cidades como
Curitiba, Nova Cantu, Maringá, Londrina e até de estados vizinhos como
São Paulo e Santa Catarina.
Existe dentro da logística do acampamento um ministério, ou grupo de
trabalho, denominado “Externo”. Este grupo é responsável por fazer a
ponte com a família do campista, que também precisa estar integrada ao
processo.
Eles participam de uma missa e há um momento específico voltado para
eles. Às vezes o próprio campista vive problemas familiares, e por isso é
importante, segundo os organizadores, trabalhar também nesta frente.
“Às vezes a gente se depara com situações que são graves, as
condições que a família vive, drogas, brigas, situações realmente bem
difíceis. [Por isso] é feito um encontro com a família. Porque o
campista e chega em casa com os sentimentos intensos e às vezes recebe o
um balde de água fria, então o papel da família é fundamental”. obemdito
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