O presidente Michel Temer (MDB) elogiou sua antecessora Dilma Rousseff (PT)
e minimizou os protestos que recebeu após o processo de impeachment que
o levou ao poder. “Eu tenho a impressão de que ela é uma senhora
correta, honesta. Eu não tenho essa impressão de que ela seja alguém que
chegou ao governo para se apropriar das coisas públicas. Nunca tive
essa impressão e confesso que continuo não tendo”, afirmou Temer ao
programa Poder em Foco, do SBT.
Em entrevista ao programa, Temer também fez uma avaliação da
relação de seu governo com o Congresso, que derrubou duas denúncias do
Ministério Público Federal. “Eu fiz um governo semiparlamentarista e
trouxe o Congresso para governar comigo, algo que no passado não
acontecia”, disse o presidente, que defendeu seu estilo. “Não tem nada
de toma lá dá cá. Essa história foi criada. As pessoas não percebem que
as emendas parlamentares são impositivas”, disse o presidente, em
referência à liberação de verba para deputados.
Sobre o futuro governo Bolsonaro, Temer afirmou ter uma “expectativa
positiva”. “Há um momento em que o povo quer mudar tudo. Quando Lula foi
eleito, foi assim. E mudaram. E essa mudança persistiu por vários anos.
Agora, optou-se por uma forma ‘contra tudo que estava aí’. Acho que o
governo vai votar a Reforma da Previdência no começo do ano que vem”,
afirmou o presidente.
Ao comentar as denúncias de corrupção que atingiram seu governo,
detonadas a partir da divulgação de uma conversa que teve com o
empresário Joesley Batista, Temer reafirmou que o caso foi uma armação
para impedir a aprovação da reforma da Previdência. “Quando eu sair da
presidência, o foco não será mais político, vai para o foco jurídico.
Não é nem preocupação minha, nem dos advogados.
Essa denúncia gerou duas
manifestações da Câmara como se fosse um pedido de impeachment. E o que
a Câmara fez? Negou”, afirmou o presidente, que também descartou
mudar-se para Portugal ao final de seu mandato. Informações Veja
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