O apresentador Marcos Mion comentou nesta terça-feira (6),
em entrevista à radio Jovem Pan, sobre o encontro com o presidente Jair
Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro. A reunião resultou na
inclusão de dados sobre autismo no Censo do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
– Eu fui achando que o governo ia usar a minha imagem para amenizar o
‘não’ para a comunidade autista, para eu ser um ‘porta-voz’ das más
notícias, porque o Bolsonaro já tinha tuitado que não achava bom, a
presidente do IBGE era contra, mas fomos lá ao gabinete – contou Mion,
que é pai de Romeu, rapaz autista de 14 anos.
O apresentador conta que sua visita ao Palácio do Planalto foi um
convite da primeira-dama, que viu uma publicação de Mion ao lado do
filho Romeu.
– Bolsonaro olhou para mim e falou: ‘Mion, o que você veio fazer
aqui?’. ‘Vim representar a minha comunidade’. ‘O que a comunidade
quer?’. Nunca poderia imaginar, mas o presidente jogou a decisão para a
minha mão. Eu poderia tomar a decisão que a maioria queria, de não
colocar no Censo, colocar na PNAD, e agradar à maioria dos políticos e
profissionais que estavam lá, ou eu poderia representar a comunidade
autista – afirmou.
Ainda de acordo com o apresentador, ele se manteve firme em seu propósito.
– Falei: ‘Presidente, se você quer realmente pegar essas milhares de
famílias no colo e fazer o que a comunidade quer, você vai sancionar
essa lei. Deu um silêncio na mesa, porque estávamos há duas conversando e
chegado à conclusão de que não ia ser no Censo, mas a comunidade
autista queria o Censo. Falei: ‘É isso que você tem que fazer’. Ele
falou: ‘Então tá bom, qual é o próximo assunto? – relembrou.
Mion também afirmou que seu partido é o autismo e que isto é
independente de ideologia política. Ele reconheceu a importância de
Michelle, envolvida nas causas de deficientes, para que o autismo fosse
incluído no Censo.
– Se não fosse por ela, nada disso teria acontecido – destacou. pleno.news
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