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sábado, 29 de agosto de 2020

Bolsonaro anuncia terça-feira prorrogação do auxílio emergencial, diz líder do centrão

 


O deputado Arthur Lira (PP-AL), líder do centrão, disse neste sábado que o presidente Jair Bolsonaro vai anunciar na terça-feira a prorrogação do auxílio emergencial. O valor ainda não foi divulgado oficialmente.

"Na terça-feira vamos ao Palácio da Alvorada anunciar, junto com o presidente Jair Bolsonaro, a prorrogação do auxílio emergencial, benefício tão importante para milhões de brasileiros que precisam dessa ajuda para enfrentar esse período da pandemia", disse o deputado no Twitter.

 

Mais cedo, na inauguração de uma usina de energia em Caldas Novas (GO), Bolsonaro disse que o benefício terá um valor intermediário entre os atuais R$ 600 e R$ 200, montante defendido pela equipe econômica. Ele afirmou que o benefício é "pouco para quem recebe e muito para quem paga".

“Sabemos da necessidade desses que recebem auxílio emergencial. É pouco para quem recebe e muito para quem paga. Vocês gastam R$ 50 bilhões nesse auxílio. Pretendemos, com um valor menor, não será 600, mas não será 200, prorrogá-lo até o final do ano”, afirmou Bolsonaro.

O auxílio emergencial deve ser prorrogado com parcelas de R$ 300, segundo fontes do governo envolvidas na definição do novo valor do benefício. Os detalhes constam de uma medida provisória (MP), de acordo com integrantes do Palácio do Planalto.

O benefício foi criado em abril por lei de iniciativa do Congresso no valor de R$ 600 pagos inicialmente por três meses a informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados, além dos beneficiários do Bolsa Família. O objetivo era ajudar essas pessoas a atravessarem a crise provocada pela pandemia do coronavírus.

VALOR

Flordelis dá primeira entrevista após ser denunciada por morte do marido: ‘Não estou preparada para ser presa e não vou ser’


Seis dias após ser denunciada como a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, Flordelis deu sua primeira entrevista. Ela contou ao jornalista Roberto Cabrini como tem sido os dias após a conclusão do inquérito: “É o pior momento da minha vida”.

Aos 59 anos, a deputada federal Flordelis dos Santos Souza sabe que só não está presa porque possui foro privilegiado e luta para não ser cassada. “Não estou preparada para ser presa e não vou ser. Sou inocente e tenho certeza que minha inocência será provada nos próximos dias”, responde ela ao ser perguntada sobre o medo de ir para a cadeia.

Flordelis também negou que tenha adotado Anderson quando os dois se conheceram, ele com 14 anos. “Mentira. Isso tudo é mentira”, disse ela, inclusive negando que Anderson e a filha biológica Simone, que está presa por envolvimento no crime, tenham namorado.

“Eu amo meu marido até hoje. Ele não controlava a minha vida. Ele não fazia isso. Eu não matei. Eu não fiz isso que estão me acusando. Não é real. Não é verdade. É uma injustiça”.

Sobre a noite e o dia seguinte ao crime, ela pouco se lembra, garante: “Me lembro de algumas coisas do dia do assassinato. Eu achava que teria sido roubo. Eu estava sedada. Eu com certeza na morte do meu marido eu devo ter chorado muito. Muita coisa fugiu da minha mente por causa da sedação. Eu não sabia da quantidade de tiros. Eu não sabia. Quando eu desci, meu filho falou que já tinham levado ele para o hospital. Eu estava muito distante, até eu chegar... aquela gritaria toda, aquele alvoroço todo, eu no terceiro andar... até eu chegar... A minha chegada foi no momento que eles já tinham socorrido o meu marido”.

Flordelis negou ainda que tenha mandado matar Anderson do Carmo, pois não poderia se separar, conforme uma das mensagens pegas em seu celular: “Isso não existe. Não existe ‘escandalizar o nome de Deus’. se eu tivesse que me separar, eu me separaria”. Eu jamais chamaria meu marido de traste. Essa mensagem não foi escrita por mim. Não sei. Eu quero que a Justiça descubra quem escreveu. Meu celular é tipo um celular comunitário em casa. Todo mundo te acesso ao meu celular. Eu preciso saber quem matou meu marido. Eu não sei. Se eu soubesse, eu falaria aqui agora. Quem matou meu marido está desgraçando com minha vida. Eu não estou escondendo nada”.

Durante a reportagem, Flordelis fez uma espécie de reconstituição da madrugada do crime, ocorrido em 16 de junho de 2019. “Eu estava aqui (aponta ela numa sala) e ouvi seis tiros. Eu só ouvi seis (a investigação diz que foram 30). A minha preocupação... Nem imaginava que fosse algo com alguém dentro da minha casa”.

Flordelis ainda negou que tenha dado dinheiro para a compra da arma utilizada no homicídio: “A polícia está falando tantas inverdades”.

Além do crime, a entrada e suposto sumiço de mais de R$ 6 milhões na conta do Ministério Flordelis, nome de suas igrejas, foi assunto da entrevista. “Esse dinheiro não entrou na conta da igreja. E eu também quero saber onde ele está. É uma pista importante para esse crime”, ela diz.

Sobre os filhos estarem presos, Flordelis reage com frieza: “Eu não tenho que estar presa. Eu não matei meu marido. nem mandei matar. Por que me prender? Todo mundo dentro de casa e fora de casa sabia do valor que meu marido tinha para mim”. afirma: “Só quero que o Ministério Público venha e me diga o por quê, o motivo para eu matar o meu marido. Eu reencontrarei meu marido no céu, com certeza”.

 EXTRA

LUTO OFICIAL | Conquista registra 100 óbitos causados pela Covid-19


Vitória da Conquista atingiu, neste sábado (29), a marca de 100 mortes causadas pela Covid-19, em seis meses de notificações. O falecimento foi de uma paciente de 68 anos, moradora do bairro Nossa Senhora Aparecida, portadora de Doença cardiovascular. Ela estava internada desde o dia 4 de agosto no Hospital de Clínicas de Conquista (HCC), onde veio a óbito no dia 28 de agosto.

Mais 90 pessoas tiveram resultado positivo para infecção, totalizando 5.239 casos confirmados do Novo Coronavírus no município, sendo que 4.624 pessoas já estão recuperadas e 515 ainda seguem em recuperação – 26 internadas e 489 em tratamento domiciliar.

Ainda aguardam classificação final 5.163 pacientes notificados com suspeita de Síndrome Gripal/Covid-19, dos quais: 3.753 estão aguardando por investigação laboratorial e 1.410 por resultado laboratorial de exame RT-PCR (136 amostras estão em análise no Lacen Municipal e 1.274 estão no Lacen Estadual).

Dos pacientes em investigação, 1.091 estão com sintomas leves e permanecem em tratamento domiciliar e 4.061 já recuperaram-se da Síndrome Gripal. Outros 10 pacientes estão hospitalizados e um foi a óbito por suspeita de contaminação da Covid-19 – esses casos seguem aguardando investigação laboratorial.

Ocupação dos leitos – A rede SUS do município conta, atualmente, com 168 leitos (98 de enfermarias e 70 de UTI) para tratamento de pacientes confirmados ou com suspeita de Covid-19. Neste sábado (29), estão internados 76 pacientes de Vitória da Conquista e de outros 20 municípios:

  • Planalto;
  • Poções;
  • Barra do Choça;
  • Eunápolis;
  • Ibicuí;
  • Itapetinga;
  • Macarani;
  • Encruzilhada;
  • Malhada;
  • Umbauba-SE;
  • Potiraguá;
  • Itarantim;
  • Guajerú;
  • Piripá;
  • Anagé;
  • Brumado;
  • Igaporã;
  • Malhada de Pedras
  • Iguaí;
  • Caetité.

A Prefeitura de Vitória da Conquista lamenta por cada uma das pessoas que faleceram pela doença e reforça sobre a necessidade da população manter as medidas de prevenção. Evite sair de casa sem necessidade e, sempre que sair, use máscaras e higienize mãos e objetos.

Clique para acessar o Boletim epidemiológico completo.

Call Center –A Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza um Call Center para tirar dúvidas da população sobre a Covid-19 e atender pessoas que apresentem sintomas suspeitos.

• Novos telefones fixos:(77) 3429-3468/3429-3469/3429-3470
• Celulares: (77) 98834-9988 / 98834-9900 / 98834-9977 / 98834-9911 / 98856-4242 / 98856-4452 / 98856-3722/ 98825-5683/ 98834-8484
• Call Center Noturno:
(77) 98856-3397/98856-5268
• Call Center do Trabalhador de Saúde:
(77) 98809-2988 / 98809-2919 / 98809-2965

TSE: lives com candidatos e apresentação de artistas são vedadas


 O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou hoje (28), por unanimidade, ser vedada a apresentação de artistas como cantores e atores, sejam estes remunerados ou não, em transmissões ao vivo pela internet (lives) feitas por candidatos.

O entendimento foi proferido em resposta a uma consulta do Psol, que havia indagado ao TSE se, levando em consideração o contexto da pandemia de covid-19, seria permitida a “realização de apresentação dos candidatos aos eleitores juntamente com atores, cantores e outros artistas através de shows (lives eleitorais) não remunerados e realizados em plataforma digital”.

O relator da consulta, ministro Luís Felipe Salomão, entendeu que as lives com candidatos e a apresentação de artistas equivalem a showmícios, que são proibidos pela legislação eleitoral. Para o magistrado, é “irrelevante” que tais eventos sejam realizados em uma plataforma diferente.

“Aliás, o potencial de alcance desses eventos, quando realizados e transmitidos pela internet, é inequivocamente maior em comparação com o formato presencial, dada a notória amplitude desse meio de comunicação, acessível por qualquer pessoa em quase todos os lugares”, disse Salomão em seu voto.

Para vedar o que chamou de “livemícios”, o ministro aplicou o artigo 39 da Lei das Eleições (9.504/1997), que proíbe a “realização de showmício e de evento assemelhado para promoção de candidatos, bem como a apresentação, remunerada ou não, de artistas com a finalidade de animar comício e reunião eleitoral”.

Ao votar, Salomão afirmou ainda que “o cenário de pandemia atualmente vivido em nosso país não autoriza por si só transformar em lícita conduta expressamente vedada pela legislação de regência”. O entendimento dele foi seguido por todos os outros seis ministros que compõem o TSE.

O TSE já afirmou, no entanto, que os pré-candidatos podem aparecer em lives na internet ou aparecer na mídia em geral, inclusive em entrevistas, embora não possam pedir votos antes de 27 de setembro, quando se inicia o período de campanha.

JM

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

ÚLTIMO DIA PARA FAZER INSCRIÇÃO NOS CURSOS GRATUITOS DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA JOVENS DOS 15 AOS 29 ANOS

  Coordenação Municipal da Juventude, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), abre nesta quarta-feira (26) vagas gratuitas para cursos de qualificação destinados a jovens dos 15 aos 29 anos. As aulas serão oferecidas online em respeito às medidas de prevenção ao coronavírus.

Serão oferecidos cursos nas áreas de: Assistente Administrativo, Assistente de Recursos Humanos, Assistente de Operações Logísticas, Assistente de Planejamento e Controle da Produção, Assistente Financeiro e Auxiliar de Fiscalização Ambiental. O candidato deverá atender aos requisitos para o acesso.

As aulas na modalidade de ensino à distância (EAD) começam no dia 8 de setembro, com carga horária de 160 a 200 horas, e serão ministradas no turno noturno (das 19 às 22h).

As inscrições e o processo de matrícula vão acontecer, exclusivamente, através do envio de documentos digitalizados para o e-mail: juventude.pmvc@gmail.com até a próxima sexta-feira dia 28/08/2020.

Na mensagem, o candidato deve anexar:

  • RG – Cópia digitalizada;
  • CPF – Cópia digitalizada;
  • Histórico escolar e/ou comprovante de escolaridade – digitalizado;
  • Comprovante de residência atualizado – digitalizado;.
  • Se for menor, RG e CPF do pai ou mãe.

As vagas são limitadas e serão preenchidas pelos primeiros inscritos.

Acesse  AQUI as informações detalhadas de cada curso

456 pessoas diagnosticadas com a Covid-19 continuam em recuperação


Nesta sexta-feira (28), a Secretaria Municipal de Saúde fez a correção de um dado divulgado no boletim epidemiológico da última quarta-feira (26): o 94º óbito foi de um paciente do sexo masculino e não feminino, como informado.

De acordo com o Boletim epidemiológico desta sexta (28), em seis meses de notificações, foram confirmados o total de 5.149 pessoas já diagnosticadas com a Covid-19 em Conquista. 4.594 delas já se recuperaram da infecção, 456 continuam em recuperação (29 internados e 427 em tratamento domiciliar) e 99 evoluíram para óbito.

Dos 5.078 casos notificados com suspeita que ainda aguardam classificação final, 3.617 esperam por investigação laboratorial e 1.461 pelo resultado laboratorial de exame RT-PCR (170 amostras estão em análise no Lacen Municipal e 1.291 estão no Lacen Estadual).

Quanto ao estado de saúde desses pacientes que aguardam investigação laboratorial, 1.067 estão com sintomas leves e permanecem em tratamento domiciliar, 4.001 já recuperaram-se da Síndrome Gripal e 10 pacientes estão hospitalizados aguardando investigação laboratorial.

Ocupação dos leitos – Neste momento, a rede SUS do município conta 168 leitos (98 de enfermarias e 70 de UTI) para tratamento de pacientes confirmados ou com suspeita de Covid-19. Hoje, em 74 leitos estão internados pacientes de Vitória da Conquista e de outros 20 municípios:

  • Planalto;
  • Poções;
  • Barra do Choça;
  • Eunápolis;
  • Ibicuí;
  • Itapetinga;
  • Macarani;
  • Encruzilhada;
  • Malhada;
  • Umbauba-SE;
  • Potiraguá;
  • Itarantim;
  • Guajerú;
  • Piripá;
  • Anagé;
  • Brumado;
  • Igaporã;
  • Malhada de Pedras
  • Iguaí;
  • Caetité.

Clique para acessar o Boletim epidemiológico completo.

Call Center – A Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza um Call Center para tirar dúvidas da população sobre a Covid-19 e atender pessoas que apresentem sintomas suspeitos.

• Novos telefones fixos:(77) 3429-3468/3429-3469/3429-3470
• Celulares: (77) 98834-9988/98834-9900/98834-9977/98834-9911/98856-4242/98856-4452/98856-3722/98825-5683/98834-8484
• Call Center Noturno:
(77) 98856-3397/98856-5268
• Call Center do Trabalhador de Saúde:
(77) 98809-2988 / 98809-2919 / 98809-2965

Estado por estado: onde os homicídios aumentaram e onde caíram


 

O índice de homicídios no Brasil caiu 12% em 2018 em relação ao ano anterior, segundo o Atlas da Violência divulgado nesta quinta-feira (27) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Ao todo, 57.956 pessoas foram assassinadas no país – uma taxa de homicídios de 27,8 para cada 100 mil habitantes.

Os pesquisadores chamam a atenção para a reversão da tendência de aumento das mortes no Norte e Nordeste e o aumento da velocidade de queda de assassinatos no Sul e Sudeste do país. Enquanto entre 2016 e 2017 a taxa de homicídios diminuiu em 15 estados, em 2018 a queda de letalidade foi observada em 24 estados brasileiros. Outros dois estados apresentaram aumento inferior a 10%.

Os dados foram obtidos através do Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde. O número registrado em 2018 foi o menor em quatro anos, segundo o Atlas da Violência.

Veja os principais pontos destacados no Atlas da Violência para o ano de 2018

  • O país registrou 57.956 assassinatos em todo o país em 2018, uma queda de 12% na comparação com 2017.
  • Jovens entre 15 e 29 anos representaram 53,3% do total de homicídios.
  • 75,7% das vítimas de assassinatos no país são negras.
  • Enquanto a taxa de homicídio de negros cresceu 11,5% na última década, entre não negros houve redução de 12,9%.
  • Em 2018, uma mulher morreu assassinada a cada duas horas no país.
  • 68% das mulheres mortas são negras, a taxa é praticamente o dobro na comparação com não negras.
  • Em dez anos, a taxa de homicídio de mulheres negras cresceu 12,4%; já a taxa de homicídio de não negras caiu 11,7% no período.

Os estados que mais apresentaram aumento nas taxas de homicídios em 2018 em relação ao ano anterior foram Roraima (51,3%) e Amapá (7%). Segundo o Atlas da Violência, “certamente, a violência nesses dois estados foi influenciada pela relação com os países vizinhos”. Já os estados com com maior diminuição na taxa de homicídios foram Acre (-24,4%), Pernambuco (-22,9%) e Espírito Santo (-22,6%).

No caso do Acre, o relatório aponta a trégua na guerra entre facções criminosas no estado e os investimentos em segurança pública feitos pelo governo estadual. Em Pernambuco, a trégua na guerra das facções também explica a queda.

Já no caso do Espírito Santo, os pesquisadores ressaltam que houve uma diminuição gradativa das taxas a partir de 2010, como consequência dos investimentos, da reforma do sistema penitenciário e da criação do Programa Estado Presente.  Em 2017, houve aumento dos homicídios no estado, atribuído ao período de greve da Polícia Militar, em fevereiro, quando 215 pessoas foram assassinadas. “Entende-se que o movimento de redução de homicídios em 2018 possui relação com a recomposição da tendência anterior de diminuição da letalidade no estado”, analisam os pesquisadores.

Veja a taxa de homicídios do Brasil e por estado (assassinatos/100 mil habitantes)

Unidade geográficaTaxa/2017Taxa/2018Variação (%)
Brasil31,627,8-12
Acre62,247,1-24,4
Alagoas53,743,4-19,3
Amapá4851,47
Amazonas41,237,8-8,3
Bahia48,845,8-6,1
Ceará60,254-10,4
Distrito Federal20,117,8-11,2
Espírito Santo37,929,3-22,6
Goiás42,838,6-9,7
Maranhão31,128,2-9,5
Mato Grosso32,928,7-12,8
Mato Grosso do Sul24,320,8-14,3
Minas Gerais20,416-21,4
Pará54,753,2-2,7
Paraíba33,331,1-6,6
Paraná24,421,5-11,7
Pernambuco57,244,1-22,9
Piauí19,419-2,5
Rio de Janeiro38,437,6-2
Rio Grande do Norte62,852,5-16,5
Rio Grande do Sul29,323,8-18,7
Rondônia30,727,1-11,7
Roraima47,571,851,3
Santa Catarina15,211,9-10,1
São Paulo10,38,2-20,3
Sergipe57,449,7-1,3
Tocantins35,936,72

Causas da queda do número de homicídios 

Os pesquisadores apontam uma série de fatores que ajudam a explicar a queda no número de assassinatos no Brasil em 2018. “Do ponto de vista institucional, elementos importantes surgiram, em 2018, no tema das políticas públicas de segurança pública: a criação do Ministério da Segurança Pública, a aprovação da legislação criando o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), e a instituição do Plano Decenal de Segurança Pública (PDSP)”, escrevem.

O Atlas também apresenta outros fatores para a redução. Entre eles estão:

  • A mudança no regime demográfico, que fez diminuir substancialmente, na última década, a proporção de jovens na população.
  • O Estatuto do Desarmamento, que freou a escalada de mortes no Brasil e que serviu de mecanismo importante para a redução de homicídios em alguns estados, como São Paulo, que focaram fortemente a retirada de armas de fogo das ruas.
  • Políticas estaduais de segurança, que imprimiram maior efetividade à prevenção e ao controle da criminalidade violenta em alguns estados.
  • Diminuição do conflito entre facções criminosas, principalmente em seis estados do Norte e Nordeste.
  • Piora substancial na qualidade dos dados de mortalidade, em que o total de mortes violentas com causa indeterminada (MVCI) aumentou 25,6%, em relação a 2017, fazendo com que tenham permanecido ocultos muitos homicídios. 

Jovens são mais da metade dos assassinados no Brasil em 2018

O Atlas da Violência mostra que a taxa de homicídios entre jovens em 2018 foi o dobro da taxa média no Brasil. Ao todo, 30.873 pessoas de 15 a 29 anos foram assassinadas. Enquanto a taxa de homicídios geral no país é de 27,8 para cada 100 mil habitantes, entre os jovens essa taxa sobe para 60,4 a cada 100 mil.

O Atlas da Violência mostra que 53,3% do total de vítimas de assassinato em 2018 eram jovens. Apesar disso, os números de 2018 indicam um cenário melhor em comparação ao ano anterior: diminuição de 13,6% na taxa e de 13,7% nos números absolutos.

De 2008 a 2018, a taxa de jovens assassinados no país aumentou 13,3%, passando de 53,3 homicídios a cada 100 mil jovens para 60,4.

Homicídios foram a principal causa dos óbitos da juventude masculina em 2018, responsável pela parcela de 55,6% das mortes de jovens entre 15 e 19 anos; de 52,3% daqueles entre 20 e 24 anos; e de 43,7% dos que estão entre 25 e 29 anos.

Para as mulheres nessa mesma faixa etária, a proporção de óbitos ocorridos por homicídios é consideravelmente menor: de 16,2% entre aquelas que estão entre 15 e 19 anos; de 14% daquelas entre 20 e 24 anos; e de 11,7% entre as jovens de 25 e 29 anos.Na comparação com as taxas das demais faixas etárias, contudo, é possível afirmar que a causa morte por homicídio atinge mais as mulheres e homens jovens do que indivíduos de qualquer outra faixa de idade.

Violência contra a mulher

Em 2018, uma mulher foi assassinada no Brasil a cada duas horas, totalizando 4.519 vítimas, o que representa uma taxa de 4,3 homicídios para cada 100 mil habitantes do sexo feminino. Seguindo a tendência de redução da taxa geral de homicídios no país, a taxa de homicídios contra mulheres apresentou uma queda de 9,3% entre 2017 e 2018.

Embora 2018 tenha apresentado uma tendência de redução da violência letal contra as mulheres na comparação com os anos mais recentes, ao se observar um período mais longo no tempo, é possível verificar um incremento nas taxas de homicídios de mulheres no Brasil e em diversas unidades da federação.

Entre 2008 e 2018, o Brasil teve um aumento de 4,2% nos assassinatos de mulheres. Em alguns estados, a taxa de homicídios em 2018 mais do que dobrou em relação a 2008: é o caso do Ceará, cujos homicídios de mulheres aumentaram 278,6%; de Roraima, que teve um crescimento de 186,8%; e do Acre, onde o aumento foi de 126,6%.

As maiores reduções nesses dez anos ocorreram no Espírito Santo (52,2%), em São Paulo (36,3%) e no Paraná (35,1%).

O relatório mostra que 30,4% dos homicídios de mulheres ocorridos em 2018 no Brasil teriam sido feminicídios – um crescimento de 6,6% em relação a 2017.

Desigualdade racial nos indicadores de homicídios

Embora o número de homicídios femininos tenha apresentado redução de 8,4% entre 2017 e 2018, na última década a situação melhorou apenas para as mulheres não negras.

Entre 2017 e 2018, houve uma queda de 12,3% nos homicídios de mulheres não negras. Já entre as mulheres negras essa redução foi de 7,2%.

Analisando-se o período entre 2008 e 2018, essa diferença fica ainda mais evidente: enquanto a taxa de homicídios de mulheres não negras caiu 11,7%, a taxa entre as mulheres negras aumentou 12,4%.

Em 2018, 68% das mulheres assassinadas no Brasil eram negras. Enquanto entre as mulheres não negras a taxa de mortalidade por homicídios no último ano foi de 2,8 por 100 mil, entre as negras a taxa chegou a 5,2 por 100 mil, praticamente o dobro.

O Atlas da Violência também mostra que em 2018 os negros (soma de pretos e pardos, segundo classificação do IBGE) representaram 75,7% das vítimas de homicídios, com uma taxa de homicídios por 100 mil habitantes de 37,8.

Comparativamente, entre os não negros (soma de brancos, amarelos e indígenas) a taxa foi de 13,9 – o que significa que, para cada indivíduo não negro morto em 2018, 2,7 negros foram mortos.

Entre 2008 e 2018, as taxas de homicídio apresentaram um aumento de 11,5% para os negros, enquanto para os não negros houve uma diminuição de 12,9%.

Violência contra a população LGBT

O Atlas da Violência também traz dados de violência contra a população LGTB. Os dados do relatório mostram que houve um aumento de 19,8% dos casos em 2018, em relação ao ano anterior.

 

Casos de violência psicológica aumentaram 7,4%: foram 1.693 registros em 2017 e 1.819 no ano seguinte. Já os casos de violência física tiveram uma alta de 10,9% de um ano para o outro: de 4.566 para 5.065.

Outros tipos de violência passaram de 1.192 registros em 2017 para 2.108 no ano seguinte – aumento de 76,8%.

Perfil das vítimas de assassinato no Brasil

Segundo o Atlas da Violência, os dados de 2008 a 2018 mostram que 91,8% das vítimas de homicídio no Brasil são homens. Segundo o relatório, há uma maior probabilidade de ocorrência de homicídios entre os homens mais jovens, sendo o pico aos 21 anos de idade. As informações mostram que 55,3% dos homicídios de homens acontecem no período da juventude, entre 15 e 29 anos.

Entre os homens que são mortos no Brasil, 74% são negros, segundo os dados da última década. Entre as mulheres, 64,4% das vítimas são negras.

As vítimas de homicídio no Brasil também têm baixa escolaridade. Nos últimos dez anos, 74,3% dos homens vitimados possuíam até sete anos de estudo, enquanto esse indicador era de 66,2% para as mulheres.

O estado civil também é um recorte que pode ser feito na análise dos dados. De 2008 a 2018, entre todas as vítimas de homicídio, os solteiros respondiam por 80,4%, no caso dos homens, e 71,0%, no das mulheres.

Em relação aos dias dos óbitos, a maior intensidade, tanto para homens quanto para mulheres, ocorre nos fins de semana, sobretudo no período entre 18h de um dia e 2h da madrugada do dia seguinte.

Armas de fogo

O Atlas da Violência referente a 2018 também mostra que 71,1% dos homicídios no país foram cometidos com uso de armas de fogo. Em 2018, 41.179 pessoas foram assassinadas por arma de fogo no país, o que correspondeu a uma taxa de 19,8 por 100 mil habitantes.

Entre os homens assassinados, esse percentual é de 77,1%. Já entre as mulheres, 53,7% morreram por disparos de armas de fogo.

Segundo os pesquisadores, caso a trajetória do número de homicídios por arma de fogo fosse balizada pelos índices de crescimento antes do Estatuto do Desarmamento, em 2003, o Brasil poderia ter ultrapassado 80 mil mortes em 2018.

O que esperar do futuro?

O Atlas da Violência analisa as causas da diminuição dos homicídios em 2018 para tentar fazer uma projeção do que esperar para os próximos anos em relação ao índice de assassinatos do país. Os pesquisadores apontam para uma tendência de envelhecimento da população, o que deve diminuir o índice de jovens até 2030. Isso vai diminuir, por consequência, a ocorrência de mortes violentas.

Além disso, o documento analisa as políticas de segurança pública no âmbito dos estados. Alguns programas são destaque neste sentido, como o Infocrim (2000), em São Paulo; o Programa “Ficar Vivo” (2002) e o Igesp (2008), em Minas Gerais; o Pacto pela Vida (2007), em Pernambuco; as Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) (2008), no Rio de Janeiro; o “Paraíba Unidos pela Paz” (2011); o “Estado Presente” (2011), no Espírito Santo.

“Essas experiências nacionais serviram para mostrar que mudanças no modelo de gestão da segurança pública, com planejamento e orientação por resultados, qualificação do trabalho policial e ações preventivas no campo social, geram resultados”, analisam os pesquisadores.

O Atlas da Violência destaca, ainda, que a flexibilização da política de acesso a armas e munição tem forte influência nos índices de homicídios no Brasil. O documento aponta que, se não fosse o Estatuto do Desarmamento, a taxa de homicídios teria, entre 2004 e 2007, aumentado 11% acima da verificada.

“Mesmo com todas as evidências científicas a favor do controle responsável das armas de fogo e pelo aperfeiçoamento do Estatuto do Desarmamento, a legislação instituída desde 2019 vai exatamente no sentido contrário”, destacam os pesquisadores. “Como uma arma com boa manutenção pode durar décadas, as consequências desta política armamentista se perpetuarão no longo prazo, com efeitos contra a paz social e a vida, já demonstrados por inúmeras pesquisas.”

Por fim, os pesquisadores apontam para a instabilidade na relação entre facções criminosas. Segundo o Atlas da Violência, a tensão e as precárias condições nas prisões no país “tornam esse ambiente sempre um barril de pólvora, cujo rastilho pode se acender a qualquer momento, por razões pontuais e inesperadas”. Além disso, eles destacam que “a presunção sobre a correlação de forças entre as facções pode mudar ao longo do tempo, gerando novos incentivos para guerras”.

“Reunindo os quatro fatores causais aqui analisados, fica uma grande incerteza sobre a tendência dos homicídios para os próximos anos, na medida em que, se a demografia e a experiência acumulada de boas políticas públicas influenciam no sentido de diminuir os homicídios, a política armamentista e a instabilidade no processo de guerra e paz entre as facções penais conspiram a favor da ocorrência de mais mortes”, concluem.

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