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quarta-feira, 12 de maio de 2021

Projeto cria novo auxílio de R$ 500 e prevê tributação sobre dividendos

O Projeto de Lei 527/21 concede auxílio emergencial mensal de R$ 500, até 31 de dezembro de 2021. Para viabilizar o pagamento do benefício, o texto prevê, entre outras medidas, a cobrança do Imposto de Renda sobre dividendos.

Pela proposta em análise na Câmara dos Deputados, terá direito a esse auxílio emergencial quem, cumulativamente, cumprir os seguintes requisitos:
- seja maior de 18 anos de idade;
- não tenha emprego formal ativo;
- não seja titular de benefício previdenciário ou assistencial ou seguro-desemprego; e
- não tenha recebido no ano anterior rendimentos tributáveis abaixo da faixa de isenção.

O recebimento dos repasses será limitado a dois integrantes do núcleo familiar, e a mãe chefe de família terá direito a duas cotas. Os inscritos em programa de transferência de renda federal serão transferidos automaticamente para o novo auxílio emergencial, mantido, se for o caso, o benefício de maior valor.

Dinheiro para o auxílio
Para financiar o programa, lucros ou dividendos pagos ou creditados por pessoas jurídicas ficarão sujeitos à incidência do Imposto de Renda e integrarão a base de cálculo dos rendimentos daquele domiciliado no País ou no exterior.

Além disso, custearão o novo auxílio emergencial: metade dos lucros do Banco Central nas operações cambiais; a arrecadação obtida com contribuições sociais (PIS e Cofins) sobre itens de luxo, entre eles filé-mignon, picanha, bacalhau e caviar; e 10% das atuais renúncias fiscais concedidas pelo governo federal.

“O auxílio emergencial beneficiou cerca de 55 milhões de brasileiros e precisa ser recriado”, disse o autor da proposta, deputado André Janones (Avante-MG), referindo-se à ajuda financeira criada no ano passado em razão da pandemia de Covid-19.

“Existem mais pessoas na pobreza do que antes da pandemia ou em 2011”, continuou. “Precisamos obrigar o governo a continuar apoiando a população, e o projeto aponta várias fontes para financiar o novo auxílio emergencial.”

Segundo ele, a tributação sobre dividendos poderá render R$ 59,8 bilhões nos cálculos da Unafisco, a associação dos auditores da Receita Federal. Já o corte de 10% nas renúncias fiscais representará pelo menos R$ 33 bilhões neste ano.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

terça-feira, 11 de maio de 2021

IBGE diz ao STF que Censo em 2021 depende de avanço da vacinação contra Covid-19


BRASÍLIA - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a realização do Censo em 2021 depende do avanço da campanha de vacinação contra a Covid-19 no país. O ofício encaminhado à Corte como parte do processo no qual analisa se referente, ou não, a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, que determinou que o governo realize a pesquisa, sob o argumento de que seu cancelamento viola a Constituição.

Na semana passada, a Advocacia-Geralda União (AGU) recorreu da decisão do magistrado, alegando falta de recursos no Orçamento e o risco sanitário. Apesar dessa avaliação, ex-presidentes do IBGE alertam para a importância da realização da pesquisa para o planejamento de políticas públicas. O risco é de um apagão de dados no país, o que seria ainda mais grave diante da pandemia.

No documento encaminhado ao STF, o IBGE traça três cenários caso a liminar dada por Marco Aurélio seja mantida pelos demais ministros – o julgamento virtual começou na semana passada e será concluído nesta sexta-feira, dia 14. O instituto aponta "aspectos negativos" no cenário de realização da pesquisa este ano.

"A mais plausível é a realização nos mesmos períodos do plano original - com a coleta de dados nos meses de agosto a outubro, mantendo-se, assim, os mesmos prazos planejados para a operação de 2020, com ajustes na cadeia de treinamento", diz o documento, assinado por Maria Vilma Salles Garcia, coordenadora dos Censos.

O IBGE ainda afirma que outra alternativa é a de realização ainda no primeiro semestre de 2022 – mas que esta opção não poderia contar com o início da coleta antes do mês de maio, para evitar as intensas de contratação e treinamento de pessoal no mês de dezembro e no primeiro trimestre do ano, "quando o período de viagens e as questões orçamentárias são prejudiciais à execução dessas atividades".

Ex-presidente do instituto pediu demissão

Até o início do ano, o órgão defendia a realização da pesquisa. A ex-presidente do instituto Suana Guerra pediu demissão do cargo um dia após o Congresso praticamente zerar a previsão orçamentária para a pesquisa. Ela alegou razões pessoais para tomar a decisão.

Ao assumir o comando da instituição, o novo presidente do IBGE, Eduardo Rios Neto, afirmou no fim de abril que o projeto do Censo esta pronto. Ele já afirmava, no entanto, que a questão sanitária teria um peso sobre a decisão.

— A evolução sanitária será parâmetro importante para esta decisão, mas estou pronto para liderar os processos mesmo diante de tantas incertezas – disse Rios Neto, na ocasião, em entrevista coletiva.

OGlobo

sexta-feira, 30 de abril de 2021

“Estamos preparados para realizar o Censo neste ano”, diz presidente do IBGE, sem descartar 2022

 


O novo presidente do IBGE, Eduardo Rios Neto, tomou posse no cargo e disse nesta sexta-feira (30), em entrevista coletiva online para jornalistas, que o projeto do Censo Demográfico está pronto e o Instituto está preparado para realizá-lo este ano, mas que depende da liberação dos recursos orçamentários. Também destacou que a evolução da cobertura da vacinação contra a Covid-19 será um importante parâmetro para o início da operação em todo o país. Ele não descartou a possibilidade de o Censo ficar para 2022, dado que o cronograma original de preparação já sofreu adiamentos em etapas que não puderam ser concluídas sem a definição da verba esperada.

“Estamos preparados tecnicamente para a realização do Censo neste ano. Há um clamor social para que ele ocorra. Precisamos, contudo, aguardar se o orçamento de R$ 2 bilhões será recomposto, seja por via judicial ou pelo Congresso, para que todo o planejamento da operação censitária seja executado”, explicou Rios Neto.

Na última quarta-feira (28), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, determinou, em decisão liminar, a realização do Censo. Isso ocorreu depois que o Orçamento foi sancionado pelo governo com corte de mais de 90% dos recursos. O orçamento de R$ 2 bilhões foi reduzido para R$ 53 milhões, o que inviabiliza a operação. A decisão individual do ministro será avaliada pelo plenário do Supremo.

Rios Neto destacou, contudo, que, independente da recomposição do orçamento, já não será possível começar a coleta dos dados em 1º de agosto, como previa o cronograma inicial do Censo. “No atual momento, isso significa contemplar o adiamento do início da coleta para setembro ou outubro, em decisão a ser tomada oportunamente pela Comissão de Planejamento e Organização Geral dos Censos (CPO)”, afirmou.

Processos seletivos continuam suspensos até definição orçamentária

Os processos seletivos para contratação temporária de 204 mil recenseadores e agentes censitários continuam suspensos, aguardando uma definição sobre o orçamento. Como esses profissionais visitarão mais de 70 milhões de domicílios, em todos os municípios do país, as condições sanitárias são importantes para o início da coleta dos dados.

“Foi solicitado ao governo a inclusão dos recenseadores e agentes censitários em algum grupo especial para a vacinação. Mas, independente da vacinação, esses profissionais farão uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e serão treinados com um protocolo de abordagem que segue parâmetros internacionais”, disse o presidente.

Presidente não descarta realizar o Censo em 2022

Embora não haja consenso, e alguns defendam o adiamento do Censo para 2022 por razões sanitárias, Eduardo disse acreditar na viabilidade da operação em 2021. Ele ressaltou que todos os membros da Comissão Consultiva do Censo Demográfico se manifestaram favoráveis à realização do Censo neste ano, assim como um número expressivo de ex-presidentes do IBGE. O novo presidente não descarta, contudo, que ele seja feito em 2022.

“Nesse segundo cenário, seria necessário um aporte de recursos maior do que o que já está na Lei Orçamentária desse ano, a fim de garantir a economicidade e a tecnicidade das atividades de planejamento. O que me preocupa é a continuidade do processo censitário. Cabe, também, avaliar a conveniência de se alterar a data de início da coleta para o primeiro semestre de 2022. Em suma, estou pronto para liderar o processo, mesmo diante destas incertezas”, afirmou Rios Neto.

O presidente do IBGE acrescentou: “A mim, como presidente do IBGE, caberá lutar pela realização do Censo e manter a periodicidade e qualidade dos demais produtos gerados pela instituição. Envidarei todos os esforços cooperativos junto ao Poder Executivo, na Junta de Execução Orçamentária, e, também, junto ao Congresso Nacional, a fim de viabilizar essa operação”.

Aperfeiçoado nos últimos anos, projeto do Censo está baseado em três pilares

Eduardo mencionou, ainda, na entrevista, que o projeto do Censo Demográfico foi aperfeiçoado nos últimos anos e está calcado em três pilares. O primeiro é o modelo misto e concomitante de coleta em três modalidades: a tradicional entrevista face a face, a entrevista telefônica e o autopreenchimento via internet.

O segundo pilar é o foco na saúde e na segurança, tanto dos recenseadores e servidores do IBGE, quanto da população recenseada, com protocolos sanitários que levam em conta as melhores práticas nacionais e internacionais. Já o terceiro pilar, é um modelo de treinamento que combina as modalidades a distância e presencial.

Além disso, a operação censitária contará com mecanismos modernos de acompanhamento, com dois projetos que visam contribuir para a melhor cobertura e qualidade da operação censitária: um de indicadores demográficos, monitorados diariamente durante a fase de enumeração, e o projeto GradePop, destinado a estimar a densidade domiciliar nos setores censitários durante as fases de pré-coleta, coleta e pós-enumeração.

Novo presidente já atuava como diretor de Pesquisas desde 2019

Nomeado na última terça-feira (27), Eduardo Rios Neto já atuava no IBGE como diretor de Pesquisas desde maio de 2019. Ele assumiu o posto no lugar de Susana Cordeiro Guerra, que pediu exoneração do cargo no fim de março.

Formado em Economia, o novo presidente do IBGE possui doutorado em Demografia pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, e pós-doutorado pela Universidade do Texas-Austin, ambas nos Estados Unidos. É professor titular aposentado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Rios Neto também é membro da Academia Brasileira de Ciências na área de ciências sociais.

IBGE

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Marco Aurélio determina que governo adote medidas para realizar Censo 2021


 A decisão atende a pedido formulado pelo governo estadual do Maranhão. No despacho, Marco Aurélio criticou o corte no orçamento para o Censo. Para o ministro, a decisão fere a Constituição. Eis a íntegra da decisão do magistrado (141 KB).

“Defiro a liminar, para determinar a adoção de medidas voltadas à realização do censo, observados os parâmetros preconizados pelo IBGE, no âmbito da própria discricionariedade técnica”, afirmou Mello.

“A União e o IBGE, ao deixarem de realizar o estudo no corrente ano, em razão de corte de verbas, descumpriram o dever específico de organizar e manter os serviços oficiais de estatística e geografia de alcance nacional – artigo 21, inciso XV, da Constituição de 1988. Ameaçam, alfim, a própria força normativa da Lei Maior”, escreveu o ministro.

O então secretário especial de Fazenda do governo federal, Waldery Rodrigues, disse, em 23 de abril, que o Censo Demográfico não será realizado em 2021. O motivo, segundo ele, seria a falta de recursos previstos no Orçamento. Rodrigues deixou o cargo nessa 3ª (27.abr) e assumiu a assessoria especial do ministro Paulo Guedes (Economia).

Não há previsão orçamentária para o Censo. Portanto, ele não se realizará em 2021. As consequências e gestão para um novo Censo serão comunicadas ao longo deste ano, em particular a partir de decisões tomadas na Junta de Execução Orçamentária”, disse a jornalistas no Palácio do Planalto.

Responsável pelo Censo Demográfico, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) já havia decidido em abril suspender as provas do processo seletivo para recenseadores e agentes censitários que trabalhariam na pesquisa –inicialmente prevista para ser realizada em 2020, mas adiada por causa da pandemia.

A decisão foi tomada depois de cortes dos recursos previstos no Orçamento da União para a realização do Censo, quando o Congresso reduziu o valor previsto para a pesquisa de R$ 2 bilhões para R$ 71 milhões.

“As razões do adiamento foram colocadas no momento em que o Censo não teve o recurso alocado no processo orçamentário”, disse Waldery.

P360

sábado, 24 de abril de 2021

Cortes orçamentários podem empurrar Censo para 2023, alerta sindicato



 O corte no orçamento do Censo pode empurrar a pesquisa para 2023. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Assibge) explica que os recursos que sobraram para o Censo no Orçamento de 2021 não são suficientes para os preparativos necessários para que a pesquisa seja realizada no próximo ano. Por isso, alertam que a pesquisa pode sofrer um novo adiamento em 2022.

"O Orçamento deste ano inviabiliza o Censo em 2021 e, também, em 2022, porque teria que ser mantido um conjunto de atividades preparatórias para o Censo ser realizado em 2022 e o Orçamento não garante recursos para isso", explicou a diretora da Assibge, Dione Oliveira.

Segundo o Assibge, seria preciso, por exemplo, manter contratos de serviço de imagem e satélite para atualizar a base territorial, atualizar o mapa de domicílios do país e testar as perguntas do Censo antes de os recenseadores irem a campo. Da mesma forma, o Assibge defende a manutenção dos trabalhadores temporários que já foram treinados para o Censo Demográfico, para que não seja necessário contratar e treinar novamente os recenseadores em 2022.

O sindicato calcula, no entanto, que o Censo teria que ter um orçamento de R$ 239 milhões neste ano e o que sobrou na peça orçamentária para a pesquisa foram apenas R$ 53 milhões. O Orçamento necessário para o Censo é de R$ 3,4 bilhões, mas o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) deste ano destinava R$ 2 bilhões para a pesquisa, e o valor foi reduzido a R$ 71 milhões na discussão do Orçamento no Congresso, já que os parlamentares usaram esses recursos para turbinar as emendas.

O orçamento de R$ 71 milhões já era considerado inviável para a realização do Censo, tanto que foi questionado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), poucos dias antes de a presidente do órgão, Susana Guerra, pedir demissão. Porém, sofreu um novo corte de R$ 17,5 milhões na sanção do Orçamento, já que o presidente Jair Bolsonaro optou por achatar das despesas discricionárias para manter as emendas acordadas com o Congresso no Orçamento.

 

"Dos R$ 3,4 bilhões necessários, os números foram descendo, e, no último mês, o governo havia aprovado apenas R$ 71 milhões. Para piorar a situação, o Orçamento sancionado e publicado no Diário Oficial da União, hoje (23 de abril), chega com um veto do presidente Jair Bolsonaro que reduz o valor para R$ 53 milhões", criticou o Assibge, em nota. "E parte desses R$ 53 milhões já foi gasto", completou.

Justiça

Em nota, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que "retomará as tratativas com o Ministério da Economia para planejamento a fim de promover a realização do Censo em 2022, de acordo com cronograma a ser definido em conjunto com o ME". Ainda assim, o Assibge pretende entrar com uma representação no Ministério Público Federal (MPF) e no Tribunal de Contas da União (TCU) para tentar recompor o orçamento necessário para os preparativos do Censo. "Vamos pressionar para garantir o Censo em 2022, porque é muito importante para a sociedade fazer um diagnóstico de como está o país", declarou Dione.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse que o estado também vai acionar a Justiça contra o cancelamento do Censo Demográfico. "Diante do descumprimento da Constituição pelo governo federal, com o cancelamento do Censo, já orientei a PGE (Procuradoria Geral do Estado) do Maranhão a ingressar na Justiça. Há impactos em políticas sociais e na repartição das receitas tributárias, ameaçando os princípios federativo e da eficiência", escreveu Dino, no Twitter.

 

Apagão estatístico

Economista e analista de políticas da ActionAid no Brasil, Francisco Menezes explicou que o Censo é responsável pela coleta de informações que servem de base para as políticas públicas do país. Ele disse, então, que atrasar novamente esta pesquisa é preocupante, sobretudo neste momento, já que a pandemia de covid-19 ampliou as desigualdades, a pobreza e a insegurança alimentar no Brasil.

"A decisão de cortar o Censo e não ser apresentada nenhuma perspectiva de como isso vai ser resolvido à frente é muito grave, porque o país vai ficar sem dados fundamentais para o planejamento de políticas públicas e para a tomada de decisões por parte dos gestores públicos", afirmou Menezes. Ele lembrou que o último Censo foi realizado em 2010 e disse que, por isso, o Brasil está vivendo um "apagão estatístico".

Para a Frente Nacional de Prefeitos (FNP), essa situação "custará muito caro ao país". "É uma tragédia. Sem informações fidedignas e atualizadas, a efetividade das políticas públicas ficará comprometida. Para realizar pesquisas para fundamentar decisões, prefeitos e governadores precisarão construir alternativas que, certamente, irão onerar os já combalidos cofres dos entes subnacionais", escreveu a FNP, no Twitter.

 CorreioBraziliense

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Igreja cria auxílio para membros em dificuldade financeira durante a pandemia

 


A Primeira Igreja Batista de Mogi das Cruzes (PIB), em São Paulo, criou um “auxílio emergencial” para os membros que estão passando por dificuldades financeiras devido à pandemia da Covid-19.

O projeto “Carregando os fardos uns dos outros” vai doar o valor de R$ 250 por família a fiéis em vulnerabilidade financeira, durante três meses, de acordo com comunicado da igreja em suas redes sociais neste domingo (18).

“Neste ano, vimos muitos dos nossos membros padecendo com o fechamento do comércio. Muitos perderam seus empregos, fecharam seus comércios, muitos estão com dificuldades até para obter o básico. Entendemos que precisávamos fazer alguma coisa”, afirmou a diretoria da PIB no comunicado.

Os beneficiados passarão por uma entrevista com assistentes sociais da igreja para aprovação da entrada no projeto. Os membros em necessidade também ganharão uma cesta básica do programa “1 tonelada a mais”.

Segundo a PIB de Mogi, a ajuda da igreja vai somar ao auxílio do governo federal e municipal, e as identidades das famílias beneficiadas serão mantidas em sigilo. Para a igreja, a crise gerada pela pandemia é uma situação singular “e momentos singulares, merecem atitudes singulares”.

Citando a passagem de 2 Coríntios 8, sobre a ajuda financeira que a Igreja da Macedônia prestou aos seus irmãos da Judeia, a PIB de Mogi lembrou que, mesmo tendo responsabilidades financeiras da própria instituição, “nossa maior responsabilidade é para com nossos irmãos, os domésticos da fé”.

“Saibam que se tivéssemos recursos sobrando, faríamos por todas as igrejas de Mogi, e se tivéssemos mais, faríamos por todos os carentes de nossa cidade”, concluiu a Primeira Igreja Batista.

Guiame

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Igreja cria mercado para doar alimentos com dignidade: “Há pessoas passando fome”

 


Olhando para a lista de itens que estavam faltando em sua casa, Kátia Costa, de 39 anos, encheu seu carrinho de alimentos, itens de higiene pessoal e até produtos de limpeza. A diferença é que ela não pagou com dinheiro, mas sim com sistema de pontuação generoso do Mercado Solidário — com 90 pontos, o cliente carrega uma sacola farta para casa.

O Mercado Solidário é localizado no espaço da Igreja Batista de Sorocaba (IBIS), no interior de São Paulo. Uma sala foi construída do lado de fora do templo, com tudo o que compõe um supermercado comum; desde as gôndolas com produtos setorizados até o caixa.

O projeto nasceu em setembro de 2020 para oferecer mais que alimentos, mas dignidade às pessoas que tiveram suas rendas afetadas pela pandemia de Covid-19. Em apenas 7 meses de funcionamento, o Mercado Solidário já cadastrou e atendeu mais de 858 famílias.

De acordo com Eduardo Bortolossi, pastor sênior da Igreja Batista de Sorocaba, o Mercado devolve dignidade às pessoas. “Em vez de entregar uma cesta básica e dizer à pessoa o que ela pode comer, porque está em vulnerabilidade, ela escolhe o que vai levar”, disse em entrevista ao Guiame.


Para Kátia, que além de ser beneficiada é membro da Igreja Batista, esse é o grande diferencial do projeto. “Às vezes, numa cesta básica, vem só alguns produtos. E vindo até aqui, a gente consegue ver aquilo que está faltando. Você tem essa liberdade, você se sente realmente no supermercado”, disse ela.

O Mercado Solidário, no entanto, não é apenas para quem frequenta a IBIS ou confessa a fé evangélica. O pastor Eduardo lembra que a generosidade pode atrair pessoas para Deus, mas o objetivo é levar ajuda a quem precisa.

“Quando Jesus multiplicou os pães, não foi para alimentar só quem era crente. Ele deu para todos”, destaca Bortolossi. “A fé nos leva a fazer algo pelo outro. Eu faço não para ter salvação, eu faço porque eu já recebi a bênção de Deus.”

Assista a reportagem:

 


 

A fome não é fake

O Mercado Solidário tem envolvido doações e engajamento de toda a igreja, mas não é o único trabalho da IBIS. A Igreja Batista de Sorocaba viu, com a pandemia, uma oportunidade de aumentar o trabalho social e responder às necessidades da cidade.

Segundo um relatório divulgado na última semana pelo Centro Educacional e Assistencial Batista Independente (CEABI), o braço social da Igreja Batista de Sorocaba, a igreja socorreu cerca de 20 mil pessoas com a distribuição de alimentos durante 1 ano de pandemia.

Neste período de um ano, a IBIS distribuiu 4.113 cestas básicas, com 130 toneladas de alimentos, e ajudou 10 entidades como azilos e circos.

Em apenas 9 dias, também arrecadou, montou e entregou 1.720 cestas básicas para o projeto “A Fome Não é Fake”, promovido pela Prefeitura de Sorocaba em parceria com o Fundo Social de Solidariedade.

“Realmente nós temos pessoas que estão passando fome. Temos atendido pessoas que vivem basicamente do Bolsa Família. Isso equivale a uma renda mensal de 89 reais. Então elas, de fato, passam necessidade”, explica o pastor Eduardo.

As ações da IBIS vão além do alimento espiritual e físico. Com a Casa da Família, localizada no centro de Sorocaba, a igreja fornece atendimento médico, psicológico e jurídico, bem como vários exames para famílias em vulnerabilidade social.

Em 2020, 1.114 pessoas foram atendidas por médicos e psicólogos voluntários, de forma gratuita. Em 2021, até abril, já foram oferecidos gratuitamente 271 acolhimentos, 285 atendimentos médicos de várias especialidades, 670 atendimentos psicológicos, 121 atendimentos de psicanálise, 142 de terapia ocupacional e 98 atendimentos entre psicopedagogia, fonoaudiologia, fisioterapia e nutricionista. 

Além disso, foram 21 exames laboratoriais, 32 exames de imagem e 47 pessoas atendidas pelos advogados gratuitamente.

Muitas das famílias chegam às ações sociais da igreja através do Projeto Partilhar, no qual voluntários visitam os bairros com mais pessoas em vulnerabilidade da cidade, cadastra todas as famílias e levanta as principais necessidades.



Apesar das restrições aplicadas aos templos e pelo sofrimento causado pela Covid-19, a pandemia apenas impulsionou a Igreja Batista de Sorocaba. Para o pastor Eduardo Bortolossi, a Igreja pode ser enfraquecida ou fortalecida de acordo com sua resposta.

“A pandemia não enfraqueceu a Igreja. Centenas de igrejas no Brasil se levantaram e estão fazendo aquilo que o governo não consegue fazer”, disse ele. “A Igreja está se levantando para uma nova realidade. A pandemia trouxe, de fato, uma nova estação e a Igreja precisa reaprender a ser igreja neste tempo.”

Guiame