BRASÍLIA — Entre bênçãos e pedidos para virar votos a favor da reforma da Previdência, o presidente Michel Temer começou a apelar a líderes evangélicos
e a empresários para que ajudem, com a influência que possuem no
Congresso, no convencimento a favor da proposta. Simultaneamente, o
presidente decidiu também fazer uma ofensiva em programas de TV, com
apresentadores tradicionais.
Na terça-feira pela manhã, Temer recebeu o jornalista Amaury Jr no
Palácio da Alvorada para uma entrevista que deve ser veiculada no fim do
mês na Band. O presidente também já marcou participação no programa do
apresentador Silvio Santos, no SBT.
Paralelamente, ataca em outra frente: a bancada evangélica. Temer
recebeu na terça-feira, no Palácio do Planalto, José Wellington, da
Assembleia de Deus em São Paulo, um dos pastores mais influentes do
país. Este foi o segundo encontro com lideranças evangélicas esta
semana. Na segunda-feira, o presidente esteve com o apóstolo Valdemiro
Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus.
As reuniões, orquestradas pelo ministro da Secretaria de Governo,
Carlos Marun, têm ainda o objetivo de tentar aumentar a hoje diminuta
popularidade do presidente. O apoio dos religiosos é visto como
essencial, uma vez que a bancada evangélica no Congresso é composta por
cerca de 80 deputados e 4 senadores.
Hoje, será a vez de um tête-à-tête entre Temer e o missionário
Romildo Ribeiro Soares — mais conhecido como R. R. Soares. Ele é
fundador e líder da Igreja Internacional da Graça de Deus, uma das
maiores do país. Além disso, foi um dos fundadores da Igreja Universal
do Reino de Deus, ao lado de Edir Macedo, seu cunhado. Segundo
interlocutores do Planalto, existem outros pedidos de representantes
evangélicos para reuniões, mas ainda não estão agendados.
Ao GLOBO, o ministro Carlos Marun explicou que a nova estratégia do
governo é utilizar o período de recesso parlamentar para investir nas
conversas com representantes da sociedade civil. Sem saber o que fazer
para engrossar os votos a favor da Previdência, o governo aposta, agora,
que a ajuda destes segmentos pode tranquilizar os deputados na hora da
votação da reforma na Câmara.
— O presidente está conversando com lideranças a nível de Brasil.
Estamos fazendo vários tipos de diálogo. Nós entendemos que um fator que
ainda inibe algumas decisões de votos favoráveis é a justa preocupação
com a questão eleitoral — disse Marun.
O mesmo raciocínio é defendido pelo vice-líder do governo na Câmara,
deputado Beto Mansur (PRB-SP). Um dos responsáveis pela contabilidade
dos apoios à proposta, o deputado afirma que as lideranças de setores
importantes são grandes influenciadoras na tomada de decisão dos
parlamentares.
Ontem, enquanto Temer recebia um pastor, Marun foi a São Paulo para
um encontro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e
Mansur participou de uma reunião com empresários de até 40 setores
distintos. Amanhã, Marun se encontra com empresários em Minas.
com informações o globo
O interessante é que a bancada evangélica constitui 80 representantes e alguns tentam agenda com Temer,tomara Deus que os mesmos não esqueçam que esse mesmo Temer declarou de forma incisiva a sua decisão de acabar com a Bíblia e consequente mente a leitura dela ...
ResponderExcluirAcordem líderes Religiosos.