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sábado, 6 de abril de 2019

Achado arqueológico inédito revela antigo vilarejo judaico onde viveu Abraão

Arqueólogos do departamento de Autoridade de Antiguidades de Israel disseram ter encontrado um antigo vilarejo judaico, de aproximadamente 2 mil anos, localizado na cidade de Beersheba, no sul de Israel, local onde viveu o patriarca da fé Abraão e onde Jesus Cristo realizou milagres.

A pesquisa foi realizada em parceria com a Universidade Ben-Gurion do Negev, e liderada pelo Dr. Peter Fabian e o Dr. Daniel Varga, da Autoridade de Antiguidades de Israel, segundo informações do Breaking Israel News.

Nas escavações foram possíveis identificar uma lâmpada decorada com um candelabro de sete braços, vasos de rochas calcário, na época considerados recipientes imunes à contaminação por bactérias e restos de uma torre de observação.

Com isso, os pesquisadores concluíram que na região havia uma atividade típica de comunidade judica, entre século I dC até a Revolta de Bar Kochba em 135 dC.

“Restos do assentamento cobrem uma área de c. 2 dunams (aproximadamente meio acre) e incluem várias estruturas e instalações, como as fundações de uma grande torre de vigia, instalações de panificação, antigos poços de lixo e um sistema subterrâneo que provavelmente foi usado como um banho ritual judaico (mikveh)”, disseram os arqueólogos.

Os cientistas também destacaram os “sinais de uma conflagração descobertos em algumas das estruturas”, o que para eles “evidenciam uma crise que o assentamento experimentou, provavelmente a da Primeira Revolta Judaica em c. 70 CE.”.

Uma pequena peça com a imagem de um menorá de nove braços, isto é, um candelabro, empolgou bastante os arqueólogos, pois se trata de algo muito raro evidenciando a cultura religiosa naquela época. “Esta é provavelmente uma das primeiras representações artísticas de uma menorá de nove ramos já descoberta”, disse Fabian e Varga.

“É interessante notar que das poucas lâmpadas encontradas representando uma menorá, estas nunca são de sete ramificações. Isso estava de acordo com uma decisão do Talmud babilônico [escrita durante o exílio babilônico no século 6 aC] afirmando que apenas a menorá no Templo poderia ter sete ramos e, portanto, as lâmpadas usadas em contextos domésticos comumente tinham de oito a onze ramos”, concluem.

Lula completa um ano de prisão com finanças deterioradas

Na noite da última quarta-feira (3), em um bar da zona oeste de São Paulo, o Instituto Lula promoveu um leilão de 50 lotes de fotos doadas por diferentes fotógrafos profissionais que registraram imagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas últimas décadas. Cada peça continha o autógrafo do autor da foto e do próprio ex-presidente.

O evento rendeu ao caixa do instituto cerca de R$ 624 mil, e o dinheiro arrecadado servirá para tapar buracos nas finanças do instituto e também capitalizar a defesa do ex-presidente, que reclama da falta de recursos. Lula está preso desde 7 de abril de 2018 em um cela especial da Polícia Federal em Curitiba.
O ex-juiz federal Sergio Moro, que era o responsável pela Operação Lava Jato, bloqueou mais de R$ 600 mil de contas bancárias e cerca de R$ 9 milhões que estavam depositados em dois planos de previdência privada do ex-presidente. Além do dinheiro, apreendeu quatro imóveis e dois veículos. 

Também sofreu bloqueio o espólio da ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em fevereiro de 2017.
O Instituto Lula vai usar boa parte do dinheiro obtido no leilão de fotos para pagar uma dívida que tem com a empresa Lils Palestras, que pertence ao ex-presidente, e que tem custeado os advogados que o defendem nos processos oriundos da Operação Lava Jato.

“A empresa de palestra [Lils Palestras] não tem nenhum recurso mais. Todo recurso que ela tinha se gastou para pagar a defesa do Lula”, diz Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula e sócio minoritário da Lils Palestras (Okamoto tem 2% da empresa, e Lula, 98%).

“Então a gente está estudando usar uma parte deste dinheiro [da venda das fotos] para pagar os advogados e a Lils. Devolver o dinheiro para a Lils do empréstimo que ela tinha feito para o instituto, para pagar os advogados”, completa Okamotto.

Por lei, o Instituto Lula não pode custear a defesa do ex-presidente, mas sua empresa de palestras, sim. “A Lils doou bastante dinheiro, uns R$ 700 mil para o Instituto Lula. Emprestou mais uns R$ 700 mil. Desde que começou a Lava Jato o instituto começou a ter mais dificuldade para arrecadar [com empresários]”.
Advogados de Lula disseram à Folha que estão com dificuldades para exercer a defesa do petista, desde o bloqueio das contas e dos bens do ex-presidente, decretado por Moro no início de 2018. 
Falta dinheiro para custear deslocamentos (Lula responde a processos em Curitiba e Brasília, além de São Paulo, onde ficam os advogados) e até para contratar pareceristas. 

Recentemente os juristas Lenio Streck e Geraldo Prado fizeram pareceres para Lula, mas de graça.
O escritório de advocacia também mantinha uma página na internet para divulgar as posições da defesa de Lula sobre os andamentos da Lava Jato, um canal de resposta às divulgações feitas pela força tarefa da Lava Jato. Sem verba, o contrato com a equipe de quatro pessoas que cuidava do site foi rescindido.

Segundo Okamotto, Lula já gastou de R$ 4 milhões ou R$ 5 milhões em sua defesa.
Com o estrangulamento financeiro o Instituto Lula precisou se readequar ao novo momento. "Demitimos gente", diz Okamotto. Segundo o presidente do instituto, houve cortes de pessoas na faxina, na manutenção e também na direção do instituto.

Petistas que acompanharam Lula desde a fundação do PT e que exerciam cargos remunerados na direção da instituição foram desligados, caso de Clara Ant, que cuidava da agenda e de subsídios, Luiz Dulci, que tratava de movimentos sociais, e Paulo Vanucchi, que fazia ações na área de direitos humanos.

Hoje eles só atuam de maneira voluntária e esporadicamente, segundo Okamotto. O salário de um diretor do Instituto Lula era de cerca de R$ 20 mil.

Com o instituto e a empresa de palestras sem dinheiro, sobrou para o PT bancar um auxiliar para Lula em Curitiba. Um funcionário do partido, chamado Marco Aurélio, mudou-se para para a capital paranaense para dar suporte às necessidades do ex-presidente.

A principal função do petista é receber emails de familiares, amigos e correligionários do petista, imprimir e levar para os dois advogados visitam Lula diariamente. Eles entregam para o ex-presidente, que responde em cartas escritas à mão. Esses manuscritos, então, são levados para Marco Aurélio, que tira uma cópia e envia por email para os destinatários.

Além de Marco Aurélio, Lula tem quatro seguranças que se revezam em tarefas básicas como compra de materiais de higiene, roupa e alimentos para o petista, além de escoltar a família durante a visita. Por lei, todos os ex-presidentes têm direito a esses quatro seguranças, além de dois motoristas, dois carros oficiais à disposição e dois assessores.

A Folha revelou que o governo federal desembolsa cerca de R$ 50 mil mensais em salários há quase um ano para custear a assessoria e a segurança do ex-presidente Lula, mesmo ele estando preso em Curitiba.

O benefício de Lula chegou a ser cassado um mês após a prisão por decisão de um juiz federal de Campinas (SP). A defesa do petista recorreu e o TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) restabeleceu o direito do ex-presidente a ter os assessores.

Segundo os advogados, entre as funções dos seguranças de Lula está a de catalogar as mais de 30 mil cartas que o ex-presidente recebeu desde que foi preso. Boa parte das correspondências chega até Lula na prisão. O ex-presidente também recebe presente de admiradores.

O material foi enviado para um grupo de professores, estudantes e pesquisadores de universidades europeias, liderados pela historiadora francesa Maud Chirio, professora da Universidade de Marne La Vallée e doutora pela Universidade Paris I, que prepara o lançamento de um site com essas cartas traduzidas para o inglês, italiano, francês e espanhol. Folha

'É incrível como a nossa elite é passiva', diz Luciano Huck nos EUA

Cotado antes das eleições de 2018 para uma candidatura à Presidência da República, o apresentador Luciano Huck, da Rede Globo, disparou contra a elite brasileira: "Adora reclamar, mas na hora de botar a mão na massa, todo mundo sai correndo".

Em palestra no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, por sua sigla em inglês), em Cambridge (EUA), Huck convocou elites a "colocarem a mão na massa" e não "torcerem o nariz" em discussões sobre o abismo social que divide brasileiros ricos e pobres.

"A gente não pode fugir dessa discussão da redução da desigualdade. Muitas vezes você fala e as pessoas fazem cara feia. 'Ah, mas não é assim, não pode usar esse termo'. Claro que pode."

O "ex-quase-presidenciável" repetiu diversas vezes que já viajou o Brasil inteiro nos últimos 20 anos - "dois ou três Estados por semana".

Nas viagens, ele diz, aprendeu a se "preocupar com a geladeira das pessoas". 

"Eu super apoio teses liberais para a economia. Mas acho que as teses liberais por si só não vão puxar para a sociedade a dona Marlene, de 46 anos, semi-analfabeta, morando com 6 filhos no sertão do Cariri", afirmou.  

"Ela vai precisar de rede de proteção social."

Ministro da Educação

Um ano depois de causar frisson com uma pré-candidatura ao Planalto que acabou não se confirmando, Huck criticou a polarização do país à plateia de estudantes e autoridades que participa do seminário Brazil Conference, organizado por alunos das universidades de Harvard e do MIT.

"A gente tem que derrubar os muros ideológicos, ainda mais num pais tão machucado como é o Brasil hoje em dia", disse. "A gente tem que construir novos modelos econômicos que sejam adequados corretos e coerentes com o tempo que a gente está vivendo."
"Para mim, seria muito mais confortável ficar protegido nos muros do Projac (complexo de produções da Rede Globo) ou da minha casa", diz. "Mas não é isso que vou fazer e estou fazendo. Quero ser um cidadão cada vez mais ativo."

Apesar do discurso totalmente pautado em políticas públicas, o apresentador não comentou abertamente possíveis pretensões de concorrer a cargos eletivos.

Ele se limitou a comentar sua atuação nos bastidores, como articulador do grupo Renova, que nas últimas eleições elegeu 17 dos 123 candidatos novatos que patrocinou. 

"Quando a gente abre a caixinha para pensar políticas públicas, é difícil voltar atrás", disse.
Em sua principal menção ao governo de Jair Bolsonaro, criticou o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, enquanto comentava as próprias visitas a escolas públicas pelo país.

"Quando você conversa com pessoas e institutos e fundações, tem tanta gente legal. É só colocar em prática", disse. 

E completou: "Não é o que a gente está vendo do nosso ministro da Educação. Não vou entrar em política, mas não dá."

Em outra breve referência ao governo, ele criticou a defesa à posse ou porte de armas.
"Isso não vai resolver problema nenhum de violência, só vai matar mais gente."

Capitalismo e favelas

Huck contou que costuma passar por pelo menos três favelas no trajeto entre sua casa, no bairro do Joá, no Rio de Janeiro, e o aeroporto.

"Pessoalmente, não sei vocês, não tem nenhum país no mundo que eu admire profundamente ou que entenda como país de excelência que ainda tenha favelas", afirmou.
"Tem solução? Claro que tem. Cingapura não tem mais favela."
Em meio às críticas à passividade das elites, o apresentador ressaltou que "não tenho nada contra os apartamentos de milhões de dólares, está tudo certo". 

"Quando falo de redução de desigualdades, eu falo de puxar as pessoas lá de baixo."
O apresentador fez ressalvas em meio a um elogio ao sistema capitalista.

"Eu desconheço qualquer sistema que tenha sido mais eficiente que o capitalismo para resgatar gente da pobreza. Comunismo não deu certo. O capitalismo é incrível, mas é que nem uma fera, um leão. Se você não domar ele direito, ele vai nos devorar." bbc

Bolsonaro garante transferência da embaixada para Jerusalém

 
A transferência da embaixada brasileira foi uma promessa de campanha do presidente Bolsonaro.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, reforçou sua intenção de transferir integralmente a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.

Em conversa com jornalistas, nesta segunda-feira (1º), Bolsonaro disse que a “autonomia” do Brasil para definir onde instalar sua representação diplomática deve ser respeitada.

Questionado sobre as críticas da Palestina após o anúncio da abertura de um novo escritório brasileiro em Jerusalém, Bolsonaro afirmou ser “direito deles reclamar”.
Segundo a VEJA, o chefe do Executivo declarou:
“Se eu fosse abrir negociações com Israel agora, eu botaria a embaixada onde? Seria em Jerusalém. Eu não quero ofender ninguém. Agora, eu quero que respeitem a nossa autonomia.”
Bolsonaro acrescentou:
“Eu tenho um compromisso, mas meu mandato vai até 2022. A gente tem que fazer as coisas devagar, com calma.” renovamidia

 

Partidos alemães condenam absurdo de Bolsonaro sobre nazismo

Distorção e falsificação da história e difamação da memória das vítimas foram algumas das reações de parlamentares à declaração do presidente e seu chanceler de que o nacional-socialismo teria sido movimento de esquerda.

Políticos de todos os partidos que compõem o Parlamento alemão condenaram as declarações do presidente Jair Bolsonaro e do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, de que o nazismo teria sido um movimento de esquerda. Deputados ouvidos pela DW consideraram inaceitável a comparação feita pelo governo brasileiro.

"Os nazistas já usavam conscientemente a distorção política como instrumento da sua propaganda fascista. O fato de Jair Bolsonaro se apoiar nesta mentira é um ultraje nojento às vítimas do nazismo", afirmou a deputada Yasmin Fahimi, presidente do Grupo Parlamentar Teuto-Brasileiro no Bundestag (Parlamento alemão).

A deputada do Partido Social-Democrata (SPD), legenda mais antiga da Alemanha, lembrou ainda que as primeiras vítimas nos porões de tortura nazistas foram os social-democratas e sindicalistas e destacou que o nazismo foi um regime de extrema direita, marcado pela desumanidade, pelo belicismo e por uma ideologia racista que custou a vida de milhões de pessoas.

"Essas declarações difamam a memória das vítimas da violência nazista. Um movimento de esquerda luta pela liberdade e igualdade das pessoas, ou seja, justamente o contrário", disse Fahimi, que faz parte da legenda que integra a coalizão que governa a Alemanha ao lado da União Democrata-Cristã (CDU), da chanceler federal Angela Merkel, e da União Social-Cristã (CSU).

O porta-voz de política externa do Partido Verde, Omid Nouripour, também condenou as declarações de Bolsonaro e do ministro Araújo. "Isso é uma distorção e falsificação massiva da verdade histórica. A tentativa de desacreditar a esquerda com esse absurdo é uma manobra concertada internacionalmente pela extrema direita para desviar a atenção de sua política vazia, porém, desumana", disse.

O deputado ressaltou que o nome Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, ou NSDAP, foi apenas uma estratégia para atrair a classe trabalhadora e classificou a legenda como a mais extremista de direita que já houve.

Peter Weiss, da conservadora CDU, lembrou que o partido nazista em seu início tinha uma ala socialista, que progressivamente foi eliminada. "O nazismo não foi um ‘movimento de esquerda', mas um movimento nacionalista, völkisch e racista, que conduziu a uma catástrofe na Alemanha e Europa", afirmou o deputado, que também faz parte do grupo parlamentar alemão responsável por cultivar as relações com o Congresso brasileiro.

O deputado Gero Hocker, do Partido Liberal Democrático (FDP), disse que o Brasil tem problemas maiores do que um debate sobre a história alemã. "Em vez de fazer comparações históricas inadmissíveis, Bolsonaro deveria promover em seu gabinete a vigência das condições básicas legais confiáveis também para investidores estrangeiros em seu país, impulsionar a educação e cortar impostos para trabalhadores e empresários para, assim, atrair investidores e fortalecer o poder de compra".

O deputado, que também é membro Grupo Parlamentar Teuto-Brasileiro, argumentou ainda que todo sistema ditatorial, tanto os de direita quanto os de esquerda, combate a diversidade e abertura de uma sociedade, e em ambos os casos há restrições de liberdades econômicas e sociais. Desta maneira, as duas classificações apresentam características semelhantes. "Ao mesmo tempo, historicamente é inútil fazer uma relativização do sofrimento das ditaduras de esquerda e de direita por meio de uma comparação geral como a de Araújo".

Para o deputado Alexander Ulrich, da legenda A Esquerda, as declarações demonstram uma ignorância massiva ou são negação deliberada da história e política. "Isso é para um presidente, especialmente de um país grande como o Brasil, extremamente dramático e perigoso. Com essas declarações, Bolsonaro quer desacreditar a esquerda, no entanto, ele acaba apenas se ridicularizando", acrescentou.

Integrante do Grupo Parlamentar Teuto-Brasileiro, Ulrich destacou que a ideologia de extrema direita do nazismo não tem nenhuma relação com a ideologia democrática e solidária internacionalmente da esquerda. "Pelo contrário, vejo uma série de traços do nazismo na própria política de Bolsonaro. Ficaria surpreendido se ele descrevesse a si próprio como de esquerda", afirmou.

Já o deputado Martin Hess, da legenda populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), disse que na Alemanha houve um debate no passado sobre essa tese sem que ela fosse incorporada no discurso e lembrou que Bolsonaro baseou sua declaração em argumentos do filósofo Olavo de Carvalho.

"Nosso partido, se concentra em encontrar soluções para problemas atuais e ameaças à nossa segurança e ao nosso bem-estar. Assim, devemos deixar debates históricos para historiadores e filósofos", acrescentou Hess, que também está no Grupo Parlamentar Teuto-Brasileiro.

Questionado sobre os comentários, o porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, preferiu não comentar as declarações de Bolsonaro, porém, afirmou que a posição do governo da Alemanha em relação ao nazismo é bastante conhecida e clara. "Há anos e décadas existe uma convicção muito sólida que nos sustenta e sustenta todo nosso país", destacou.

Na Alemanha, há um amplo consenso, nos âmbitos acadêmico, social e político, sobre a natureza de extrema direita do nazismo. A disputa sobre a classificação da ideologia nazista é inexistente entre historiadores renomados.

Declarações controversas
No fim da viagem a Israel, Bolsonaro disse a jornalistas "não ter dúvidas" de que o nazismo foi um movimento de esquerda. A declaração foi feita após uma vista ao memorial Yad Vashem, em Jerusalém, um museu público em memória às vítimas do Holocausto. A própria instituição define o nazismo como um movimento de direita.

O posicionamento do presidente ocorreu em meio à polêmica causada por declarações recentes de Araújo de que o nazismo teria sido um "fenômeno" de esquerda.  Com as alegações, a tese parece ter virado discurso oficial em Brasília.

Em longa entrevista a um canal simpático à extrema direita no Youtube, o ministro repetiu um discurso que esteve em alta nas mídias sociais brasileiras durante as eleições, mas que jamais foi levado a sério por acadêmicos na Alemanha. A tese é tida como absurda e desonesta por acadêmicos e diplomatas europeus.

Em Jerusalém, questionado na terça-feira se concordava com a afirmação de Araújo, Bolsonaro afirmou: "Não há dúvida. Partido Socialista... Como é que é? Da Alemanha. Partido Nacional-Socialista da Alemanha."

Os atuais defensores do "nazismo de esquerda" costumam se basear no nome oficial da agremiação nazista, o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, ou NSDAP. A presença da palavra "socialista" revelaria a linha ideológica do regime. Historiadores internacionais de renome, porém, destacam que isso não passou de uma estratégia eleitoral para atrair a classe trabalhadora. DW

PSDB e PSD declaram apoio à reforma da Previdência

O PSD e o PSDB apoiam uma reforma da Previdência para o país, mas devem manter a independência em relação ao governo federal. Os presidentes dos dois partidos estiveram hoje (4) no Palácio do Planalto para uma primeira rodada de diálogos do presidente Jair Bolsonaro em busca de apoio à aprovação da reforma enviada ao Congresso em fevereiro.
 
De acordo com o presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, para o partido, a reforma precisa ser justa com todos os trabalhadores, combater privilégios e acabar com o déficit fiscal.
 
“O PSDB tem uma postura de independência em relação ao governo, não há nenhum tipo de troca, não aceitamos cargos no governo e votamos com aquilo que entendemos que é importante para o Brasil. Essa é a primeira das reformas estruturantes que o Brasil precisa, mas dentro desse foco de justiça social e fiscal”, disse Alckmin, reiterando que o partido não participará da base aliada de Bolsonaro.
Alckmin afirmou que, apesar de apoiar a reforma, o PSDB é contra mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) pago a idosos e na aposentadoria rural. “Se há diferença de idade na área urbana, por que não na área rural?”, questionou.

Almoço
Assim com Alckmin, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, avaliou como positiva a postura do presidente de dialogar com os partidos. Ao deixar o Palácio do Planalto, Kassab afirmou o compromisso do seu partido com a reforma no sistema de aposentadorias, mas disse que a tradição do PSD é de manter independência em relação ao governo.

“Em relação às bancadas, o partido não fechará questão [não orientará a votação de seus membros], mas haverá um esforço intenso no sentido de mostrar aos parlamentares a importância das reformas para o Brasil. Independência significa total condição de apoiar os projetos que estão sintonizados com o nosso programa e o que pensam os parlamentares”, disse, ressaltando que não houve oferta de cargos em troca de apoio.
Ao deixar a reunião, o líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA), disse que a bancada do partido é contra as alterações no BPC e na aposentadoria rural, além da instituição do sistema de capitalização sem contribuição patronal e sem piso salarial para o trabalhador.
Além de Alckmin e Kassab,  Bolsonaro conversou com os presidentes do PRB, deputado Marcos Pereira (ES), e do PP, senador Ciro Nogueira (PI). Em seguida, ele almoça com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do DEM. Nesse almoço, também está prevista a presença do presidente do DEM, ACM Neto, que é prefeito de Salvador. Ao chegar, Caiado disse que defende que o DEM faça parte da base aliada do governo.
No fim da tarde, Bolsonaro ainda se reúne com o presidente nacional do MDB, o ex-senador Romero Jucá (RR).
(Com Agência Brasil)

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Bolsonaro: não nasci para ser presidente

O presidente Jair Bolsonaro fez uma espécie de desabafo e um ‘mea culpa’ diante das dificuldades que o cargo impõe. “Desculpem as caneladas. Não nasci para ser presidente, nasci para ser militar”, disse em discurso no Palácio do Planalto para inauguração do Espaço de Atendimento de Ouvidoria da Presidência da República. Na quinta-feira, 4, o presidente também se desculpou pelas “caneladas” em reunião com presidentes de alguns partidos, segundo o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Nesta sexta-feira, 5, em tom de brincadeira, ele também afirmou que às vezes se pergunta o que fez para “merecer isso”. “Às vezes me pergunto, meu Deus, o que fiz para merecer isso? É só problema”, afirmou sobre a função de presidente da República, rindo, ao finalizar sua fala no evento de inauguração. Ele deu a declaração ao falar que não possui qualquer ambição e que não lhe “sobe à cabeça” o fato de ser presidente.

Depois do evento, ao ser questionado se o cargo é mais difícil do que pensava, o presidente negou e falou que “sabia das dificuldades por ser um País grande”. Ele justificou que existem “muitos vícios no Brasil”. Citou como fatores de preocupação a violência, a empregabilidade e a educação. Sobre a fala de que “não nasceu para presidente”, disse, aos risos, que “tem que se virar para não ser engolido”.

Questionado se os problemas mencionados no discurso estariam relacionados também às dificuldades no diálogo com parlamentares e partidos políticos, respondeu que “cada um vai defender seus interesses” e que “isso é natural”. “Temos que convencer o pessoal para mostrar a questão da (reforma) da Previdência. Se não aprovar agora, pelo menos grande parte, daqui dois a três anos vai faltar dinheiro para pagar quem está na ativa, vamos virar uma Grécia”, declarou na coletiva de imprensa.

O presidente voltou a admitir que a proposta de capitalização na reforma da Previdência poderá não ser aprovada pelo Congresso e deixar a proposta para outra oportunidade. Ele já havia falado sobre a possibilidade em café da manhã com jornalistas, pela manhã.

“Nós queremos aprovar o que está aí, mas se os parlamentares entenderem que está complicado, difícil de explicar agora, podem decidir deixar para outra oportunidade”, disse na tarde desta sexta a jornalistas. “A gente gostaria que a proposta enviada fosse aprovada na íntegra, mas com toda certeza vai ser aperfeiçoada por parte do parlamento”, minimizou Bolsonaro. Istoé