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sábado, 6 de abril de 2019

Partidos alemães condenam absurdo de Bolsonaro sobre nazismo

Distorção e falsificação da história e difamação da memória das vítimas foram algumas das reações de parlamentares à declaração do presidente e seu chanceler de que o nacional-socialismo teria sido movimento de esquerda.

Políticos de todos os partidos que compõem o Parlamento alemão condenaram as declarações do presidente Jair Bolsonaro e do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, de que o nazismo teria sido um movimento de esquerda. Deputados ouvidos pela DW consideraram inaceitável a comparação feita pelo governo brasileiro.

"Os nazistas já usavam conscientemente a distorção política como instrumento da sua propaganda fascista. O fato de Jair Bolsonaro se apoiar nesta mentira é um ultraje nojento às vítimas do nazismo", afirmou a deputada Yasmin Fahimi, presidente do Grupo Parlamentar Teuto-Brasileiro no Bundestag (Parlamento alemão).

A deputada do Partido Social-Democrata (SPD), legenda mais antiga da Alemanha, lembrou ainda que as primeiras vítimas nos porões de tortura nazistas foram os social-democratas e sindicalistas e destacou que o nazismo foi um regime de extrema direita, marcado pela desumanidade, pelo belicismo e por uma ideologia racista que custou a vida de milhões de pessoas.

"Essas declarações difamam a memória das vítimas da violência nazista. Um movimento de esquerda luta pela liberdade e igualdade das pessoas, ou seja, justamente o contrário", disse Fahimi, que faz parte da legenda que integra a coalizão que governa a Alemanha ao lado da União Democrata-Cristã (CDU), da chanceler federal Angela Merkel, e da União Social-Cristã (CSU).

O porta-voz de política externa do Partido Verde, Omid Nouripour, também condenou as declarações de Bolsonaro e do ministro Araújo. "Isso é uma distorção e falsificação massiva da verdade histórica. A tentativa de desacreditar a esquerda com esse absurdo é uma manobra concertada internacionalmente pela extrema direita para desviar a atenção de sua política vazia, porém, desumana", disse.

O deputado ressaltou que o nome Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, ou NSDAP, foi apenas uma estratégia para atrair a classe trabalhadora e classificou a legenda como a mais extremista de direita que já houve.

Peter Weiss, da conservadora CDU, lembrou que o partido nazista em seu início tinha uma ala socialista, que progressivamente foi eliminada. "O nazismo não foi um ‘movimento de esquerda', mas um movimento nacionalista, völkisch e racista, que conduziu a uma catástrofe na Alemanha e Europa", afirmou o deputado, que também faz parte do grupo parlamentar alemão responsável por cultivar as relações com o Congresso brasileiro.

O deputado Gero Hocker, do Partido Liberal Democrático (FDP), disse que o Brasil tem problemas maiores do que um debate sobre a história alemã. "Em vez de fazer comparações históricas inadmissíveis, Bolsonaro deveria promover em seu gabinete a vigência das condições básicas legais confiáveis também para investidores estrangeiros em seu país, impulsionar a educação e cortar impostos para trabalhadores e empresários para, assim, atrair investidores e fortalecer o poder de compra".

O deputado, que também é membro Grupo Parlamentar Teuto-Brasileiro, argumentou ainda que todo sistema ditatorial, tanto os de direita quanto os de esquerda, combate a diversidade e abertura de uma sociedade, e em ambos os casos há restrições de liberdades econômicas e sociais. Desta maneira, as duas classificações apresentam características semelhantes. "Ao mesmo tempo, historicamente é inútil fazer uma relativização do sofrimento das ditaduras de esquerda e de direita por meio de uma comparação geral como a de Araújo".

Para o deputado Alexander Ulrich, da legenda A Esquerda, as declarações demonstram uma ignorância massiva ou são negação deliberada da história e política. "Isso é para um presidente, especialmente de um país grande como o Brasil, extremamente dramático e perigoso. Com essas declarações, Bolsonaro quer desacreditar a esquerda, no entanto, ele acaba apenas se ridicularizando", acrescentou.

Integrante do Grupo Parlamentar Teuto-Brasileiro, Ulrich destacou que a ideologia de extrema direita do nazismo não tem nenhuma relação com a ideologia democrática e solidária internacionalmente da esquerda. "Pelo contrário, vejo uma série de traços do nazismo na própria política de Bolsonaro. Ficaria surpreendido se ele descrevesse a si próprio como de esquerda", afirmou.

Já o deputado Martin Hess, da legenda populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), disse que na Alemanha houve um debate no passado sobre essa tese sem que ela fosse incorporada no discurso e lembrou que Bolsonaro baseou sua declaração em argumentos do filósofo Olavo de Carvalho.

"Nosso partido, se concentra em encontrar soluções para problemas atuais e ameaças à nossa segurança e ao nosso bem-estar. Assim, devemos deixar debates históricos para historiadores e filósofos", acrescentou Hess, que também está no Grupo Parlamentar Teuto-Brasileiro.

Questionado sobre os comentários, o porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, preferiu não comentar as declarações de Bolsonaro, porém, afirmou que a posição do governo da Alemanha em relação ao nazismo é bastante conhecida e clara. "Há anos e décadas existe uma convicção muito sólida que nos sustenta e sustenta todo nosso país", destacou.

Na Alemanha, há um amplo consenso, nos âmbitos acadêmico, social e político, sobre a natureza de extrema direita do nazismo. A disputa sobre a classificação da ideologia nazista é inexistente entre historiadores renomados.

Declarações controversas
No fim da viagem a Israel, Bolsonaro disse a jornalistas "não ter dúvidas" de que o nazismo foi um movimento de esquerda. A declaração foi feita após uma vista ao memorial Yad Vashem, em Jerusalém, um museu público em memória às vítimas do Holocausto. A própria instituição define o nazismo como um movimento de direita.

O posicionamento do presidente ocorreu em meio à polêmica causada por declarações recentes de Araújo de que o nazismo teria sido um "fenômeno" de esquerda.  Com as alegações, a tese parece ter virado discurso oficial em Brasília.

Em longa entrevista a um canal simpático à extrema direita no Youtube, o ministro repetiu um discurso que esteve em alta nas mídias sociais brasileiras durante as eleições, mas que jamais foi levado a sério por acadêmicos na Alemanha. A tese é tida como absurda e desonesta por acadêmicos e diplomatas europeus.

Em Jerusalém, questionado na terça-feira se concordava com a afirmação de Araújo, Bolsonaro afirmou: "Não há dúvida. Partido Socialista... Como é que é? Da Alemanha. Partido Nacional-Socialista da Alemanha."

Os atuais defensores do "nazismo de esquerda" costumam se basear no nome oficial da agremiação nazista, o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, ou NSDAP. A presença da palavra "socialista" revelaria a linha ideológica do regime. Historiadores internacionais de renome, porém, destacam que isso não passou de uma estratégia eleitoral para atrair a classe trabalhadora. DW

PSDB e PSD declaram apoio à reforma da Previdência

O PSD e o PSDB apoiam uma reforma da Previdência para o país, mas devem manter a independência em relação ao governo federal. Os presidentes dos dois partidos estiveram hoje (4) no Palácio do Planalto para uma primeira rodada de diálogos do presidente Jair Bolsonaro em busca de apoio à aprovação da reforma enviada ao Congresso em fevereiro.
 
De acordo com o presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, para o partido, a reforma precisa ser justa com todos os trabalhadores, combater privilégios e acabar com o déficit fiscal.
 
“O PSDB tem uma postura de independência em relação ao governo, não há nenhum tipo de troca, não aceitamos cargos no governo e votamos com aquilo que entendemos que é importante para o Brasil. Essa é a primeira das reformas estruturantes que o Brasil precisa, mas dentro desse foco de justiça social e fiscal”, disse Alckmin, reiterando que o partido não participará da base aliada de Bolsonaro.
Alckmin afirmou que, apesar de apoiar a reforma, o PSDB é contra mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) pago a idosos e na aposentadoria rural. “Se há diferença de idade na área urbana, por que não na área rural?”, questionou.

Almoço
Assim com Alckmin, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, avaliou como positiva a postura do presidente de dialogar com os partidos. Ao deixar o Palácio do Planalto, Kassab afirmou o compromisso do seu partido com a reforma no sistema de aposentadorias, mas disse que a tradição do PSD é de manter independência em relação ao governo.

“Em relação às bancadas, o partido não fechará questão [não orientará a votação de seus membros], mas haverá um esforço intenso no sentido de mostrar aos parlamentares a importância das reformas para o Brasil. Independência significa total condição de apoiar os projetos que estão sintonizados com o nosso programa e o que pensam os parlamentares”, disse, ressaltando que não houve oferta de cargos em troca de apoio.
Ao deixar a reunião, o líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA), disse que a bancada do partido é contra as alterações no BPC e na aposentadoria rural, além da instituição do sistema de capitalização sem contribuição patronal e sem piso salarial para o trabalhador.
Além de Alckmin e Kassab,  Bolsonaro conversou com os presidentes do PRB, deputado Marcos Pereira (ES), e do PP, senador Ciro Nogueira (PI). Em seguida, ele almoça com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do DEM. Nesse almoço, também está prevista a presença do presidente do DEM, ACM Neto, que é prefeito de Salvador. Ao chegar, Caiado disse que defende que o DEM faça parte da base aliada do governo.
No fim da tarde, Bolsonaro ainda se reúne com o presidente nacional do MDB, o ex-senador Romero Jucá (RR).
(Com Agência Brasil)

sexta-feira, 5 de abril de 2019

Bolsonaro: não nasci para ser presidente

O presidente Jair Bolsonaro fez uma espécie de desabafo e um ‘mea culpa’ diante das dificuldades que o cargo impõe. “Desculpem as caneladas. Não nasci para ser presidente, nasci para ser militar”, disse em discurso no Palácio do Planalto para inauguração do Espaço de Atendimento de Ouvidoria da Presidência da República. Na quinta-feira, 4, o presidente também se desculpou pelas “caneladas” em reunião com presidentes de alguns partidos, segundo o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Nesta sexta-feira, 5, em tom de brincadeira, ele também afirmou que às vezes se pergunta o que fez para “merecer isso”. “Às vezes me pergunto, meu Deus, o que fiz para merecer isso? É só problema”, afirmou sobre a função de presidente da República, rindo, ao finalizar sua fala no evento de inauguração. Ele deu a declaração ao falar que não possui qualquer ambição e que não lhe “sobe à cabeça” o fato de ser presidente.

Depois do evento, ao ser questionado se o cargo é mais difícil do que pensava, o presidente negou e falou que “sabia das dificuldades por ser um País grande”. Ele justificou que existem “muitos vícios no Brasil”. Citou como fatores de preocupação a violência, a empregabilidade e a educação. Sobre a fala de que “não nasceu para presidente”, disse, aos risos, que “tem que se virar para não ser engolido”.

Questionado se os problemas mencionados no discurso estariam relacionados também às dificuldades no diálogo com parlamentares e partidos políticos, respondeu que “cada um vai defender seus interesses” e que “isso é natural”. “Temos que convencer o pessoal para mostrar a questão da (reforma) da Previdência. Se não aprovar agora, pelo menos grande parte, daqui dois a três anos vai faltar dinheiro para pagar quem está na ativa, vamos virar uma Grécia”, declarou na coletiva de imprensa.

O presidente voltou a admitir que a proposta de capitalização na reforma da Previdência poderá não ser aprovada pelo Congresso e deixar a proposta para outra oportunidade. Ele já havia falado sobre a possibilidade em café da manhã com jornalistas, pela manhã.

“Nós queremos aprovar o que está aí, mas se os parlamentares entenderem que está complicado, difícil de explicar agora, podem decidir deixar para outra oportunidade”, disse na tarde desta sexta a jornalistas. “A gente gostaria que a proposta enviada fosse aprovada na íntegra, mas com toda certeza vai ser aperfeiçoada por parte do parlamento”, minimizou Bolsonaro. Istoé

PF: ministro de Bolsonaro está envolvido no desvio dos laranjas

A situação do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, ficou muito mais complicada.
Depois de 30 dias de inquérito, a Polícia Federal acredita dispor de fatos para embasar uma conclusão: o ministro participou do esquema de candidaturas de laranjas do PSL em Minas Gerais na eleição de 2018.

Principal acusação: lavagem de dinheiro.
O esquema era simples: uma candidata desviava parte de seu dinheiro de campanha para outro candidato.
Notícia da Folha:
Depoimentos prestados (entre eles o de um nome inédito até aqui), áudios obtidos pela PF e documentos colhidos levam a investigação do caso ao ministro do Turismo do governo Jair Bolsonaro.
O próximo passo é aprofundar as investigações para identificar qual foi a participação do ministro em eventuais crimes.

á são três as mulheres que garantem que o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, comandava o esquema do laranjal em Minas Gerais, onde presidia o partido de Bolsonaro.
Todas as três deram depoimentos ou mandaram mensagens ao Ministério Público Eleitoral.
Nome da terceira testemunha: Adriana Borges, candidata a deputada federal.Foi derrotada.
Trecho da Notícia da Folha:
Adriana Borges cobrou ao coordenador da campanha do candidato no Vale do Aço, conhecido como Robertinho Soares, que a chamou no dia 25 de agosto para uma reunião em um hotel na região central da capital mineira.

Segundo ela, Robertinho afirmou que “não tinha recursos suficientes para atender a todos os candidatos” e “precisava de parte dos recursos provenientes do fundo partidário destinado às mulheres”.

Ele propôs, de acordo com o depoimento, o repasse de R$ 100 mil, contanto que ela usasse R$ 10 mil desse total e devolvesse o resto em nove cheques em branco “para que ele efetuasse os pagamentos das despesas de outros candidatos”.
Nesta quinta, a Folha tinha feito mais uma revelação.

 

Zuleide Oliveira contou que o ministro a convidou pessoalmente a ser laranja, desviando-lhe parte do dinheiro. Seu depoimento foi enviado ao Tribunal Regional de Minas.
No final, ela pede sigilo com medo de represália. catracalivre





Trecho da reportagem
Uma integrante do PSL em Minas Gerais afirma que o atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, a chamou pessoalmente para ser uma candidata laranja na eleição de 2018, com o compromisso de que ela devolvesse ao partido parte do dinheiro público do fundo eleitoral.
Zuleide Oliveira, 41, inscrita na disputa a deputada estadual, fez uma denúncia ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais em 19 de setembro, mas obteve apenas uma resposta protocolar da Justiça Eleitoral.
A candidata é a primeira a implicar diretamente o hoje ministro no esquema de desvio de dinheiro público por meio de candidaturas de laranjas do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro.

Servidor se arma contra Previdência: tenda, protesto e abaixo-assinado

O governo Jair Bolsonaro (PSL) finaliza esta semana tendo que recuar no seu primeiro posicionamento de não barganhar com o Congresso Nacional para facilitar a aprovação da reforma da Previdência. Nessa quinta-feira (4/4), o presidente da República abriu as portas do Planalto para receber líderes partidários e buscar um entendimento que viabilize a aprovação das mudanças de regras para a aposentadoria dos brasileiros. Mas o governo ainda vai enfrentar chumbo pesado. E ele virá da parte dos servidores públicos.

Entidades que representam a categoria (foto em destaque) já se mobilizam para barrar a tramitação da PEC 006/2019 – da reforma da Previdência. A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef/Fenadsef), em seu endereço eletrônico, aponta quem, na opinião da instituição, será atendido com o texto que o governo quer aprovar: “Os verdadeiros privilegiados desse país, os bancos”.

Campanha nas ruasNessa quinta, centrais sindicais e entidades representativas dos servidores lançaram, em todo o país, a coleta de assinaturas (foto abaixo) “em defesa da Previdência Social e das aposentadorias” no Brasil.
As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo também estarão engajadas na campanha, que inclui montagem de banquinhas nas quais sindicalistas ficarão abrigados para explicarem à população o que as entidades chamam de retrocessos da proposta.
A ideia é abrir o diálogo direto em locais de grande circulação de pessoas – como terminais de ônibus, estações de metrô, feiras livres, mercados, parques e imediações de universidades, entre outros espaços.
Sete retrocessos
Em sua página no Facebook, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) lançou um vasto material audiovisual contra a reforma da Previdência proposta pelo governo. A entidade alerta que o projeto “atingirá os mais pobres, os trabalhadores rurais e os que recebem benefícios assistenciais”.

No endereço do Fonacate, o deputado federal professor Israel Batista (PV-DF) cita os retrocessos da PEC 006/2019: desconstitucionalização, capitalização, os pobres perdem mais, fim do reajuste real, aumento dos tributos, prejuízo maior aos professores e também para as mulheres.

Assista:

  

A maior entidade sindical do país, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), também elaborou vasto material contra o projeto prioritário do governo Bolsonaro. No seu endereço eletrônico, há o hot site https://reajaagora.org.br/, onde é possível baixar o “aposentômetro” e material gráfico contrário aos reajustes apresentados pelo Planalto.

A reforma da Previdência apresentada por Jair Bolsonaro é um ataque brutal contra a classe trabalhadora brasileira. Ao contrário do que diz a propaganda oficial do governo, a reforma de Bolsonaro não combate privilégios, apenas dificulta o acesso à aposentadoria e reduz drasticamente o valor do benefício previdenciário no momento mais delicado da vida de um trabalhador"
Central Única dos Trabalhadores (CUT)
A CUT reitera, na campanha: “A maioria dos trabalhadores e trabalhadoras não vai conseguir se aposentar. Muitos vão morrer antes de conseguir acessar a tão sonhada aposentadoria”.

Articulação políticaAlém do arsenal antirreforma direcionado diretamente à sociedade, os sindicalistas também buscam o apoio de parlamentares da oposição para barrar a versão do Executivo federal de reformulação previdenciária.

Com deputados e senadores de partidos contrários à gestão Bolsonaro, as lideranças debatem estratégias de como “desconstruir a narrativa feita [pelo governo federal] para entregar a Previdência Pública nas mãos de banqueiros, que, com a eventual mudança para um regime de capitalização, herdarão um mercado bilionário”.

Levar ao conhecimento da população qual é o real impacto dessa reforma na vida de cada um é que vai nos ajudar a combater esse projeto nefasto"
Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef
Governo parte para o ataque
Mas nem tudo foram flores no afago que Bolsonaro deu nos líderes de partidos, cumprindo o que prometeu ainda em Israel, quando falou que reservaria pelo menos “meio dia” de sua agenda presidencial para receber parlamentares e articular apoio à chamada nova Previdência.
Bolsonaro e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), receberam caciques de seis partidos políticos para ampliar a articulação política entre o Planalto e o Congresso Nacional. Mas o dia terminou sem qualquer uma das siglas aderir totalmente ao principal projeto da gestão do militar da reserva do Exército.
Presidentes e líderes do PRB, PSD, PSDB, PP, DEM e MDB na Câmara e no Senado foram recebidos no gabinete presidencial com toda pompa e circunstância. E as conversas incluíram um pedido formal de desculpas do presidente, que há poucos dias dizia que não cederia ao toma lá dá cá ou à “velha política”.

Todos concordaram que é momento de passar por cima das nossas diferenças, do que aconteceu no período eleitoral. O presidente, com a sua humildade, se desculpou por uma canelada aqui e acolá. E a gente vai conseguir uma coisa que é muito importante, unir todos que são verde e amarelo a favor do Brasil"

Onyx Lorenzoni (DEM-RS), ministro-chefe da Casa Civil
Ou seja: aos parlamentares, o governo tem o que oferecer – cargos e benesses. Mas, aos servidores, não bastarão promessas. E como é provável que o Planalto se recuse a “desfigurar” a matéria que enviou ao Congresso, pode-se acreditar que o cabo de guerra com a categoria está apenas no início. O governo ataca. Os servidores contra-atacam. metropoles

Presidente do Bradesco cobra aprovação da Previdência até agosto

O presidente do Bradesco, Octávio de Lazari, afirmou nesta sexta-feira, 5, que os empresários brasileiros estão “preocupados, mas esperançosos” com a aprovação da reforma da Previdência, que julgam essencial para a retomada do crescimento econômico do Brasil.

Lazari reforçou que, para ser eficaz ainda em 2019, a mudança nas aposentadorias precisa acontecer até, no máximo, o mês de agosto. O empresário, que falou a jornalistas na entrada do Fórum do Lide, grupo de líderes empresariais, em Campos do Jordão (SP), atribuiu a demora na tramitação do projeto a “curva de aprendizado” do governo de Jair Bolsonaro (PSL).

“Atrasou um pouco, nós gostaríamos que a reforma da Previdência estivesse andando mais rápido, mas é uma curva de aprendizado. Se acontecer em junho ou, no máximo, julho. Não é nosso desejo, mas até se escorregar para agosto ainda daria capturar, mesmo que marginalmente, o crescimento da economia ainda para esse ano”, afirmou. veja

Bolsonaro confirma 13º do Bolsa Família (vídeo)

Em uma live no Facebook de cerca de meia-hora, nesta quinta-feira (4), Bolsonaro apareceu ao lado dos ministros Augusto Heleno e Sergio Moro.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmou que o 13º salário do Bolsa Família — uma promessa de campanha — será formalizado na semana que vem. 

O pagamento extra no final do ano para os beneficiários do Bolsa Família será oficializado durante cerimônia dos 100 dias de governo Bolsonaro, marcada para a próxima quinta-feira (11). 

O ministro da Cidadania, Osmar Terra (MDB), já havia confirmado a concessão do salário extra aos beneficiados do Bolsa Família, mas a chancela do chefe do Executivo foi verbalizada durante a transmissão no Facebook desta quinta-feira (4). renovamidia
Confira a transmissão completa: