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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

REFORMA DA PREVIDÊNCIA IGNORA R$ 426 BILHÕES DEVIDOS POR EMPRESAS AO INSS

 
Os devedores da Previdência Social acumulavam juntos, em fevereiro deste ano, uma dívida de R$ 445,789 bilhões, mais de duas vezes o déficit do setor, que fechou 2017 com déficit de R$ 182,4 bilhões. Na lista de devedores, aparecem empresas públicas, privadas, fundações, governos estaduais e até prefeituras.

A Viação Aérea Riograndense (VARIG), que faliu em 2006, lidera a lista, com uma dívida de R$ 4,060 bilhões. A lista de devedores inclui outras instituições que também decretaram falência, como a Viação Aérea São Paulo (VASP), que encerrou as atividades em 2005 e teve a falência decretada em 2008, com dívida de R$ 1,953 bilhões.
 
Grandes empresas também constam entre os devedores da Previdência, como a mineradora Vale (R$ 309,264 milhões) e a JBS, dona da Friboi, com R$ 2,483 bilhões, a segunda maior dívida da lista
 
A lista de grandes devedores inclui, ainda, bancos públicos e privados, como a Caixa Econômica Federal (R$ 586,5 milhões), o Bradesco (R$ 582,6 milhões) e o Banco do Brasil (R$ 209,9 milhões).
 
Enquanto os devedores não liquidam suas dívidas, pelo contrário só as aumentam, o trabalhador continua todos os meses pagando o INSS, e não é pouco. Uma pessoa que trabalha de forma autônoma, ganha um salário mínimo (R$ 954) e é contribuidora individual ou facultativa do INSS, se quiser receber sua aposentadoria por tempo de contribuição, precisa pagar mensalmente 20% do seu rendimento, ou seja, R$ 190,80. Assim, sobram apenas R$ 763,20 para pagar as contas e sobreviver. Para empregado, empregador e trabalhador avulso, a taxa vai de 8% a 11%, conforme o valor do salário.
Mesmo diante destes números, ao se falar em combate ao déficit da Previdência, em vez de cobrar os grandes devedores, o governo defende que é preciso fazer uma reforma que afetaria todos os trabalhadores, aposentados e pensionistas do país.
 
Para baixar a planilha com os principais devedores, clique aqui. O arquivo foi fornecido pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), a pedido do Observatório do Terceiro Setor, e os dados são de fevereiro de 2018.
 
Para entender a planilha:
Situação Regular: parcelado, garantido ou suspenso por decisão judicial.
Situação Irregular: em cobrança. Quer dizer que a PGFN está buscando patrimônio do devedor para saldar a dívida. Fonte: https://observatorio3setor.org.br/
 

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