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domingo, 9 de dezembro de 2018

Bolsonaro diz que, se errou ao receber cheques, vai responder ao Fisco

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que se ele errou em conduzir recebimento de quitação de empréstimos por devedores por meio da conta bancária de sua mulher, Michele, ele arcará com as consequências com a Receita Federal.

"Se eu errei eu arco com minhas responsabilidades com o Fisco, sem problema nenhum" afirmou a jornalistas após participar de cerimonia de formatura na escola naval, no Rio de Janeiro.

Bolsonaro refere-se a Fabricio Queiroz, ex- assessor do senador eleito pelo PSL Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente eleito. Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, apontou movimentações bancárias na conta de Queiroz, consideradas suspeitas, de mais de R$ 1,23 milhão, entre 1º de janeiro de 2016 e 31 de janeiro de 2017. Depósitos foram realizados na conta da mulher do presidente eleito, Michele de Paula Bolsonaro, por Queiroz. De acordo com o presidente eleito, os recursos se referem ao pagamento de dívida de Queiroz com o próprio Bolsonaro.

Ao ser questionado por jornalistas se teria conversado com Flávio sobre o fato de sete assessores de seu filho, na época em que este era parlamentar, ter realizado depósitos em contas relacionadas a família de Bolsonaro, o presidente eleito afirmou: "Se você pegar no teu círculo de amizades ali, na imprensa, no quartel, no hospital, é normal ente aqueles funcionários um ajudar o outro. Não foi diferente na assembleia legislativa. Eles se socorrem de gente que está do seu lado".

Ele disse ainda não ter tido nada de anormal na exoneração do ex- assessor, em 15 de outubro deste ano, e declarou apenas que ele não correspondeu às expectativas do cargo.

Bolsonaro ainda falou sobre a relação com o ex-assessor. "Eu conheço o senhor Queiroz desde 1984. Depois nos encontramos novamente, eu deputado federal, ele sargento da polícia militar do Rio de Janeiro. Somos paraquedistas. E nasceu ali, continua uma amizade. Em muitos momentos tivemos juntos, em festas" afirmou. "Com o tempo, ele foi trabalhar com meu filho", disse. "Outras oportunidades eu já o socorri financeiramente. Nesta última agora houve um acúmulo de dívida dele para comigo. Então ele resolveu pagar com cheques. Que não foi um cheque de R$ 24 mil. Foram dez cheques de R$ 4 mil". "Eu não botei na minha conta porque tenho dificuldade para ir em banco, para andar na rua. Deixei com minha esposa. "Lamento o constrangimento que ela está passando. Mas ninguém recebe ou dá dinheiro sujo por cheque nominal, meu Deus do céu", disse.

Bolsonaro afirmou ainda que o filho não está em investigação e que o relatório surgiu de um levantamento feito pela Coaf com todos os membros da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de janeiro. "O próprio Coaf diz que movimentação atípica não é uma afirmação de que ele seja culpado de alguma coisa", afirmou, acrescentando que muitos hoje estão na malha fina do imposto de renda, por exemplo, mas isso não quer dizer necessariamente que essa pessoas sejam culpadas de algo. Ele disse esperar ainda que se algum processo for instaurado contra Queiroz, "que ele se explique". "Eu não conversei com ele. Se ele quiser conversar comigo acho que não seria prudente", pontuou.

Ele comentou ainda que o 'pente-fino" do Coaf foi realizado no início do ano e que o relatório foi divulgado por advogados de acusados de crimes de movimentação financeira supostamente com intuito de desviar foco, e afetar seu filho, Flávio. Informações valor.com.br

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