A proposta proíbe que professores manifestem posicionamentos políticos 
ou ideológicos e que discutam questões de gênero em sala de aula. 
 O deputado Marcos Rogério encerrou os trabalhos da comissão depois de 12 sessões sem resultado e seguidas tentativas de votação do relatório do deputado Flavinho (PSC-SP). 
 “Quem está sepultando o projeto nesta legislatura não é a oposição. 
Quem não está deliberando é quem tem maioria neste parlamento - que não 
comparece", afirmou Marcos Rogério. 
 Ele fez ainda elogios à atuação dos partidos de oposição, que, segundo 
ele, fez o "bom combate", que conseguiu atrasar o andamento da 
tramitação com base no regimento da Câmara. "A oposição merece o 
reconhecimento da comissão. Se pautou na obstrução e cumpriu aquilo que 
lhe é garantia regimental", disse. 
Arquivado
 Com o fim da legislatura, todos os projetos que não têm parecer 
aprovado nas comissões vão automaticamente ao arquivo. O atual mandato 
termina em 31 de janeiro, mas os parlamentares entram em recesso a 
partir do dia 23 de dezembro e, portanto, encerrando os trabalhos 
legislativos. 
 Pelo regimento da Câmara, o autor do projeto ou de qualquer outro que 
tramita em conjunto pode apresentar requerimento para desarquivá-lo. Se 
isso acontecer, a tramitação começará do zero, com a criação de uma nova
 comissão. 
 A oposição comemorou o encerramento dos trabalhos. Com cartazes, manifestantes que acompanhavam a comissão entoaram cantorias. 
 Embora houvesse quórum suficiente registrado no painel eletrônico, o 
plenário da comissão estava esvaziado, o que fez com que a reunião 
demorasse quase três horas para ser aberta. 
 Os deputados favoráveis ao projeto – muitos deles ligados à bancada 
religiosa – marcavam presença e deixavam o local, com exceção de apenas 
três ou quatro. Apenas os parlamentares críticos ao projeto permaneceram
 em peso na comissão o tempo todo. 
 Foi a 12ª reunião para votar o parecer que impõe regras aos professores
 sobre o que pode ser ensinado em sala de aula. Desde julho, a comissão 
tem convocado reunião para a discussão e votação do relatório do 
deputado Flavinho (PSC-SP). 
 Assim como nas reuniões anteriores, deputados críticos ao texto 
apresentaram requerimentos regimentais que precisaram ser votados antes,
 fazendo com que a tramitação da proposta não avance. 
Controvérsia
 No seu parecer, o relator diz que o professor "ao tratar de questões 
políticas, socioculturais e econômicas", deverá apresentar aos alunos, 
"de forma justa, as principais versões". 
 Críticos ao texto argumentam que o projeto não permitirá o pensamento 
crítico em sala de aula. Defensores alegam que a proposta tem como 
objetivo evitar a "doutrinação" nas escolas. 
Fonte: G1 


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