O começo do governo Bolsonaro vem motivando manifestações de oposição
bastante agudas, todas no teor prometido pela malha de ativistas de
esquerda, que se autodenominaram “resistência”. Na última terça-feira,
01 de janeiro, o personagem da vez foi José de Abreu, ator contratado da
TV Globo, que teceu críticas aos evangélicos e ao presidente.
“Teremos um governo repressor, cuja eleição foi decidida numa facada
elaborada pelo Mossad, com apoio do hospital Albert Einstein, comprovada
pela vinda do PM israelense, o fascista matador e corrupto Bibi. A
união entre a igreja evangélica e o governo israelense vai dar merda”,
escreveu Abreu no Twitter.
A teoria conspiratória compartilhada virou piada entre os usuários da
rede social, com a sugestão de que o ator estaria sob o efeito de
alucinógenos. A maioria dos comentários em tom crítico tinham tom de
zombaria e acidez, o que obrigou o ator a apagar o tweet.
A sugestão de que Adélio Bispo de Oliveira teria esfaqueado Bolsonaro
como parte de um plano elaborado pelo serviço secreto israelense
(Mossad), com colaboração com um hospital privado de origem judaica, já
seria um plano pouco crível. No entanto, o ator global acrescentou que
tal tramóia teria ainda suporte do primeiro-ministro de Israel, Benjamin
Netanyahu (Bibi), que visitou o Brasil e esteve na posse de Jair
Bolsonaro (PSL).
Por fim, na metralhadora giratória de bobagens, José de Abreu – que já discutiu com o pastor Silas Malafaia no Twitter – desdenhou da comunidade formada pelas igrejas evangélicas e quase 50 milhões de brasileiros.
O comportamento agressivo e inconsequente não é novidade: Abreu é petista fanático e já chegou ao ponto de cuspir em um casal
que se opunha à sua ideologia em um restaurante. Assim como outros
artistas, o ator se valeu da Lei Rouanet para financiar projetos e
terminou alvo da Operação Boca Livre, da Polícia Federal.
Diante da acusação feita por Silas Malafaia
sobre o uso equivocado de recursos públicos através da Lei Rouanet, o
ator desviou o assunto, justificando que as discrepâncias nos dados
sobre seus projetos se devia a um erro na página oficial do Ministério
da Cultura.
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