Número representa 15% das cadeiras da Casa, um aumento de 50%
em relação à legislatura anterior. Percentual, no entanto, ainda está
muito abaixo da média de mulheres parlamentares em outros países
latino-americanos
A bancada feminina na Câmara dos Deputados será composta por 77 mulheres na nova legislatura
(2019-2023) – o que representa 15% das cadeiras. Na composição
anterior, a bancada ocupava 51 cadeiras (10% do total). Entre as
mulheres que tomarão posse no dia 1º de fevereiro, 43 ocuparão o cargo
de deputada federal pela primeira vez.
Maranhão, Sergipe e Amazonas não elegeram nenhuma mulher em 2018. O
Distrito Federal, que elegeu 5 mulheres em uma bancada composta por 8
deputados, será proporcionalmente o ente da Federação com mais
deputadas. Em termos absolutos, o estado com maior número de deputadas é
São Paulo, com 11 mulheres na bancada de 70 deputados.
Entre as deputadas novatas, está Joênia Wapichana (Rede-RR), que será
a primeira mulher indígena a ocupar o cargo de deputada federal no
País. Por sua vez, a deputada Luiza Erundina (Psol-SP) é a veterana na
nova composição da Câmara. A parlamentar, que tem 84 anos, iniciará seu
sexto mandato consecutivo.
Pauta
A nova bancada feminina eleita é diversa em termos ideológicos e partidários. Por exemplo, entre as deputadas, 9 são do PSL – partido do presidente Jair Bolsonaro – e 10 são do PT – legenda de oposição.
A nova bancada feminina eleita é diversa em termos ideológicos e partidários. Por exemplo, entre as deputadas, 9 são do PSL – partido do presidente Jair Bolsonaro – e 10 são do PT – legenda de oposição.
A deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), que iniciará seu segundo mandato,
disse acreditar que, respeitada a divergência de pensamento na bancada,
a pauta mais importante deve ser a luta para redução da violência
contra a mulher. “Não dá para a gente aceitar um país em que uma mulher
morre a cada uma hora e meia apenas pelo fato de ser mulher.”
Decisão do TSE
Zanotto considera o crescimento da bancada importante, mas aquém do desejado. “Ainda é muito pequeno perto do que esperávamos”, avaliou.
Zanotto considera o crescimento da bancada importante, mas aquém do desejado. “Ainda é muito pequeno perto do que esperávamos”, avaliou.
A parlamentar atribui parte desse crescimento à decisão do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) de maio de 2018, que garantiu nas eleições de
2018 a aplicação de no mínimo 30% dos recursos do Fundo Especial de
Financiamento de Campanha e do tempo de propaganda gratuita no rádio e
na TV para as candidaturas de mulheres. “Isso nos deu condições de
disputar as eleições em pé de igualdade”, observou.
O percentual de mulheres concorrendo ao cargo de deputada federal nas
últimas eleições foi de 31% do total de candidaturas, percentual
semelhante ao de 2014. Esse número é pouco superior ao número de
candidaturas femininas exigido pela Lei das Eleições (9.504/97), que é de 30% do total.
Ranking
Com 15% de mulheres na Câmara dos Deputados, o Brasil continuará bem abaixo da média na América Latina. Nos países latino-americanos e do Caribe, a média do número de mulheres parlamentares nas Câmaras de Deputados ou Câmaras Únicas é de 28,8%.
Conforme levantamento de 2017 feito pela ONU Mulheres em parceria com a União Interparlamentar (UIP), o Brasil ocupava somente a 154ª posição em um ranking de 174 países sobre de participação de mulheres no Parlamento. Confira a lista das representantes: 'Agência Câmara Notícias'
Com 15% de mulheres na Câmara dos Deputados, o Brasil continuará bem abaixo da média na América Latina. Nos países latino-americanos e do Caribe, a média do número de mulheres parlamentares nas Câmaras de Deputados ou Câmaras Únicas é de 28,8%.
Conforme levantamento de 2017 feito pela ONU Mulheres em parceria com a União Interparlamentar (UIP), o Brasil ocupava somente a 154ª posição em um ranking de 174 países sobre de participação de mulheres no Parlamento. Confira a lista das representantes: 'Agência Câmara Notícias'
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