Suposta gráfica utilizada pela candidata laranja do PSL pernambucano,
Maria de Lourdes Paixão, possui duas mesas e nenhum maquinário para
impressão em massa. Pelas notas fiscais apresentadas na prestação da
campanha, o valor de R$ 380 mil teria sido pago par a gráfica.
Questionado um funcionário da gráfica respondeu: "Trezentos e oitenta
mil reais aqui? Eu acho que não viu, minha filha".
João Valadares -Folhapress
Segundo a Folha de São Paulo, a gráfica Itapissu, em Recife, revelou
que não funcionou durante as eleições. Lourdes Paixão foi indicada por
Luciano Bivar, presidente nacional do PSL, e declarou ter gastado R$380
milhões de verba pública de fundo partidário para sua campanha, de
apenas 274 votos .
Um funcionário da gráfica, em contato telefônico com a reportagem do
jornal, demonstrou espanto quando questionado do recebimento de R$ 380
mil pela campanha. "Trezentos e oitenta mil reais aqui? Eu acho que não
viu, minha filha. Eu acho que você pegou informação errada, 380 mil
reais?"
Na verdade, é uma oficina de carros que funciona no local em que os
funcionários disseram que as correspondências chegam em nome da gráfica.
Mas o estabelecimento que denuncia ainda mais essa lavagem de dinheiro é
o outro endereço atribuído, que consta nos registros da Receita
Federal. Há um café instalado no térreo e duas mesas para aula de
reforço, nenhum maquinário de impressão em massa.
Mais que o próprio Bolsonaro, Lourdes Paixão foi a terceira candidata
que mais recebeu verba no país. Sua indicação foi para completar as
vagas de cota feminina das candidaturas.
Já Bivar, também deputado federal pernambucano, que disse “Se não
tiver máquina você pode dizer que eu sou um mentiroso amanhã” à Folha,
calou-se depois da revelação. O advogado disse que lá pode ser o
escritório da gráfica, não necessariamente onde foram realizadas as
impressões.
Em Minas Gerais ocorrem investigações sobre empresas laranja da
campanha do PSL. O caso de Pernambuco não possui nenhuma investigação
aberta no momento. O PSL sucumbe a velha casta política corrupta e suja
para lavar dinheiro de campanha, desmascarando o discurso mentiroso e
fraudulento de Bolsonaro e seu clã, que teve a crise de Flávio e seu
laranja Queiroz aprofundada com o envolvimento de miliciano suspeito de
ter assassinado Marielle Franco.
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