Flordelis concedeu uma entrevista e reiterou seu desejo de ver o
crime que ceifou a vida de seu marido, o pastor Anderson do Carmo,
esclarecido. Mesmo que os culpados sejam seus filhos.
“Eu
não entendo. Se for provado que foram meus filhos, quero saber o
porquê, porque estávamos num momento de harmonia muito bom na nossa
família. Se foi, quero que sejam punidos, quero justiça. Perdi um amigo,
um parceiro”, disse na última terça-feira, 25 de junho.
O jornal Folha de S. Paulo
informou que a delegada do caso, Bárbara Lomba, já chegou a afirmar que
não descarta a possibilidade de participação de nenhum familiar no
crime, incluindo a pastora, cantora e deputada.
Questionada se ainda coloca a mão no fogo pelos filhos, Flordelis disse que o momento não se trata de confiar, mas de esperar o andamento das investigações, e acrescentou que prestou depoimento à Polícia como testemunha.
Ela
considera ainda que a hipótese de traição – ventilada na imprensa após a
Polícia estabelecer as linhas de investigação – não é plausível: “É
quase impossível que meu marido estivesse me traindo. Ele andava comigo
para todo canto”, disse Flordelis, repetindo o que já havia afirmado
anteriormente.
A cantora e pastora também destacou que não haviam
desavenças em família, mas apenas discussões rotineiras, com assuntos
envolvendo futebol e política. “Eu nunca ensinei meus filhos a revidar
um tapa sequer”, afirmou, argumentando que é pouco provável, em sua
visão, que uma discussão tenha motivado o crime.
Sobre a colaboração com as investigações,
Flordelis disse que tudo que ela encontrou, entregou para a Polícia.
Isso inclui os HDs dos computadores da família. No entanto, ela garante
que não sabe o paradeiro de seu celular.
“Nunca fui uma pessoa
apegada a celular, era difícil entrar em contato comigo. Ficava na mão
dos meus filhos, jogando joguinho. As coisas em casa são coletivas. Não
sei de verdade onde está meu celular. Não parei para ver isso”, disse.
“Se alguém tiver com esse celular, por favor devolva”, acrescentou a
pastora.
“No dia [em que Anderson do Carmo foi assassinado], como a
garagem permanecia aberta, foi uma romaria ali, muitas pessoas
conhecidas e estranhas circularam dentro da minha casa”, explicou,
revelando inclusive que outros itens foram subtraídos, incluindo uma
pulseira de ouro, um anel e relógios do marido. “Não tenho como afirmar
em que momento. Quando procuramos a pulseira, ela não estava mais lá. Os
relógios, o celular não estão mais lá”, afirmou.
O desejo que Flordelis expressou pela localização do celular envolve as memórias de família, como fotos e contatos especiais.
Em outro ponto, a pastora negou a acusação de que estaria colocando remédio na comida do marido, como foi veiculado na TV Globo a partir do depoimento de um dos filhos, que não teve a identidade revelada.
“Tenho
uma moça que me ajuda em casa. Nada disso era feito às escondidas,
sempre publicamente. E todos os exames do meu esposo estão lá, muito
recentes”, disse ela, antes de fazer um apelo: ”Não rotulem os meus
filhos, deixem eles viverem, voltarem à faculdade, à escola, eles já
sofreram demais”, pediu.
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