A delegada Bárbara Lomba não irá mais continuar à frente das
investigações acerca da morte do pastor Anderson do Carmo, marido da
deputada federal Flordelis (PSD), assassinado a tiros, na madrugada do
dia 16 de junho de 2019, na garagem de casa em Pendotiba, Niterói, na
Região Metropolitana do Rio. Num boletim interno publicado pela Polícia
Civil, o qual a reportagem teve acesso, ficou definido que Lomba deixa a
Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI),
e,agora, será titular da 11ªDP (Rocinha). O delegado Allan Duarte
Lacerda, que estava na 127ªDP (Búzios), assumirá a DHNSGI.
Lacerda,
que, agora, assume não só este caso de repercussão nacional, como
tantos outros da Especializada, volta à DH de Niterói e São Gonçalo após
pouco mais de um ano. Ele era um dos braços direitos de Bárbara Lomba
quando, no início de 2019, foi movido para titular da 127ªDP (Búzios).
Dois anos à frente da DH de Niterói
Outra
investigação que estava a cargo de Lomba era o assassinato de cinco
pessoas em um condomínio do programa "Minha Casa, Minha Vida" em
Itaipuaçu, distrito de Maricá. As vítimas foram identificadas como Sávio
de Oliveira Vitipó, de 19 anos, Mateus Bitencourt da Silva, de 18 anos,
e os adolescentes Patrick da Silva Diniz, Matheus Barauna dos Santos e
Marco Jonathan da Silva Oliveira. Segundo a Polícia Civil, os jovens
foram mortos pela milícia. Bárbara também esteve à frente de de diversos
inquéritos que apuram mais de 50 assassinatos em Itaboraí, praticados
por um grupo ligado a Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica.
Caso Flordelis
A
mudança aconteceu no mesmo dia em que um último avanço na investigação
do caso Flordelis foi revelado em reportagem da TV Globo e confirmado
pelo GLOBO: o
celular de Anderson, desaparecido desde o dia do crime, teria sido
acionado na casa de Yvelise de Oliveira, esposa do senador Arolde de
Oliveira (PSD), e presidente do Grupo MK, que produziu discos de
Flordelis. Procurado pela reportagem, Arolde de Oliveira disse que ele e
a mulher estão perplexos:
— Isso não existe. Estou perplexo. Cabe
o ônus da prova a quem acusa. Nunca imaginei um ataque desta natureza.
Deus é maior que isso tudo. Yvelise está tão perplexa quanto eu estou, e
estamos achando que pode ter sido uma clonagem. Amanhã (quarta-feira)
vou ver o que eu faço. Quem não deve, não teme — disse Arolde. Extra
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