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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Somália declara “emergência nacional” devido a praga de gafanhotos

A praga de gafanhotos que está a devastar o Corno de África foi declarada “emergência nacional” na Somália, onde estes insectos têm devastado as provisões alimentares de uma das regiões mais pobres do mundo, anunciou hoje o Ministério da Agricultura.
“O Ministério da Agricultura (...) declarou emergência nacional devido ao aumento actual dos gafanhotos, que constituem uma grande ameaça para a frágil situação de segurança alimentar na Somália”, referiu o Governo, em comunicado.
A Somália é o primeiro país da região mobilizar-se para combater a praga de gafanhotos, cujo surgimento, segundo os especialistas, se deve às variações climáticas extremas. Nuvens de gafanhotos de magnitude histórica devastam há várias semanas largas zonas da África Oriental, após variações climáticas extremas que ameaçam ser catastróficas para uma região já debilitada pela seca e inundações.

“As fontes de alimentação para as pessoas e seus animais estão em risco”, acrescentou o Ministério da Agricultura da Somália, uma vez que a praga de gafanhotos consome grandes quantidades de culturas e forragens.

Nuvens espessas de gafanhotos famintos têm-se espalhado da Etiópia e Somália para o Quénia, onde a agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) estimou no final de Janeiro que apenas uma dessa nuvem cobriria uma área de 2.400 quilómetros quadrados (o tamanho do Luxemburgo).

Entretanto, milhões de gafanhotos que atingem parte do Quénia, na pior praga dos últimos 70 anos, estão a ser combatidos por aviões que lançam pesticidas, o único meio efectivo de controlo, segundo os especialistas. Os gafanhotos, com o tamanho de um dedo, atingiram o Quénia a partir da Somália e da Etiópia, no seguimento de intensas chuvas, pouco habituais, nos últimos meses. O trabalho de combate é feito por cinco aviões, com o objectivo de tentar impedir os gafanhotos de se espalharem aos vizinhos Uganda e Sudão do Sul. Trata-se de um trabalho desafiante, especialmente em partes remotas do Quénia, onde não existe rede de telemóvel e as equipas em terra não conseguem comunicar facilmente as coordenadas ao pessoal de voo.

As Nações Unidas afirmaram que são necessários imediatamente 76 milhões de dólares para desenvolver tais esforços no leste de África. Só que uma resposta rápida é crucial. Especialistas avisaram que sem controlo, o número de gafanhotos pode crescer 500 vezes até Junho, quando o tempo mais seco poderá ajudar a controlar o surto. publico

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