O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) deve decidir até junho se adia ou
não as eleições municipais deste ano. A afirmação foi do ministro Luiz
Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), que em maio assumirá a presidência do tribunal, em entrevista na manhã de hoje ao UOL.
O adiamento do pleito, marcado para outubro, vem sendo cogitado devido à pandemia do novo coronavírus.
"A verdade é que nós estamos monitorando a evolução da doença. Não
gostaria de adiar as eleições, acho que não é preciso decidir isso neste
momento, mas acho que não podemos fechar os olhos a este risco.
Imaginaria junho como sendo o momento em que nós temos que ter uma
definição. O que eu sou radicalmente contra é o cancelamento das
eleições e fazer todas coincidirem em 2022", disse Barroso.
Para o
ministro, o ideal seria adiar "por um prazo máximo de dois meses" as
eleições deste ano. Unir as eleições municipais e nacionais (estas
programadas para 2022) violaria, para ele, a "vontade do eleitor" que
votou para um mandato de quatro anos dos prefeitos e vereadores. Ele
ainda avalia que o excesso de candidatos criaria "um inferno gerencial".
"Nós
estamos estimando 750 mil candidatos entre prefeitos e vereadores. Se
você juntar isso a milhares de candidatos nas eleições nacionais vai
criar um inferno gerencial nestas eleições", afirmou.
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