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segunda-feira, 27 de abril de 2020

Bolsonaro diz que o ministro Paulo Guedes é quem decide sobre economia no Brasil

O presidente Jair Bolsonaro deu, nesta segunda-feira (27), uma demonstração de apoio do governo federal à equipe econômica chefiada pelo ministro Paulo Guedes e à política de responsabilidade com os gastos públicos.

A reunião, que não estava prevista na agenda oficial da Presidência, foi no Palácio da Alvorada, com toda a equipe econômica. E lá mesmo, ao lado do presidente do Banco Central e dos ministros da Agricultura, da Infraestrutura e da Economia, o presidente Jair Bolsonaro manifestou total apoio a Paulo Guedes.

“Acabei mais uma reunião aqui tratando de economia e o homem que decide economia no Brasil é um só, chama-se Paulo Guedes. Ele nos dá o norte, as recomendações e o que nos realmente devemos seguir. Nós temos um Parlamento bastante sensível e simpático às causas voltadas para a economia. 

Há uma preocupação muito grande nossa de total responsabilidade com os gastos públicos. Temos algumas reformas pela frente que brevemente estarão sendo discutidas e votadas”, destacou o presidente. 

Guedes disse que o governo segue firme com a política econômica de responsabilidade fiscal: “Queremos reafirmar justamente a todos que acreditam na política econômica que ela segue, é a mesma política econômica, nós vamos prosseguir com nossa reformas estruturantes.econômica, nós vamos prosseguir com nossa reformas estruturantes. Vamos trazer bilhões em investimentos em saneamento e infraestrutura, em reforço para a safra, tivemos uma supersafra, a logística está funcionando com o Tarcísio, a supersafra com a ministra Tereza, e o presidente está coordenando isso. Então, acho que essa reafirmação do presidente que nós estamos na mesma trajetória, é claro que o mundo inteiro está gastando mais agora por causa da crise, então nós também temos que gastar mais, só que é um ano excepcional, extraordinário.” 

Com o apoio público ao ministro Paulo Guedes, o presidente Bolsonaro tenta afastar os rumores de que haverá mudanças na política econômica. Na semana passada, Paulo Guedes e a equipe dele não participaram do lançamento do programa Pró-Brasil, apresentado no Palácio do Planalto pelo ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto. 

O programa prevê aumento dos gastos públicos: R$ 30 bilhões em investimentos em obras públicas. Promete gerar um milhão de empregos e fazer a economia voltar a girar após a pandemia. Guedes defende investimentos privados. 

Na entrevista, ele classificou o Pró-Brasil como estudos na área de infraestrutura, de construção civil, e ainda se posicionou contrário à derrubada do teto de gastos, um mecanismo constitucional para controlar o crescimento das despesas. Não permite que elas cresçam acima da inflação do ano anterior. 

“Estamos no caminho certo. Para que falar em derrubar o teto se é o teto que nos protege contra tempestade? Nós estudamos. O que for importante para a área de infraestrutura nós faremos, mas sempre dentro da responsabilidade fiscal. Quando há exceção, como houve, um problema de saúde, o presidente é o primeiro a nos pedir para: ‘Agora vamos para o regime de exceção’. Acabou, controlamos essa primeira onda, que é a onda da saúde, vamos mergulhar na segunda onda da economia e vamos sair do lado de lá muito mais fortes e unidos do que entramos”, disse. 

 O economista Gil Castello Branco, da ONG Contas Abertas, diz que essa saída depende de como o Palácio do Planalto vai reordenar os gastos públicos. Hoje, por causa da pandemia do novo coronavírus, os gastos do governo federal cresceram muito, pressionando o teto de gastos. E ainda há uma outra obrigação fiscal, a regra de ouro, que proíbe o endividamento para pagar despesas correntes, como salários. O governo depende agora de decisões do Congresso para não descumprir essa regra. 

“É preciso que isso seja feito de forma equilibrada, quer dizer, que esteja inclusive no orçamento. Não se pode cogitar gastos fora do orçamento, em valores exorbitantes e bilionários, sem que o país tenha condições para que possa, inclusive, pagá-los, até porque quem vai pagar tudo isso somos nós, a sociedade. A iniciativa privada é uma alternativa desde que ela tenha confiança, segurança jurídica e confiança no que vai acontecer com o país nos próximos meses ou nos próximos anos”, afirmou Gil Castello Branco. 

À tarde, Paulo Guedes se encontrou com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para tentar chegar a um acordo sobre a proposta de socorro financeiro a estados e municípios. 

No mercado financeiro, depois de cair mais de 4,5% na sexta-feira (24), o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo subiu, nesta segunda, 3,86% com a demonstração de apoio do presidente Jair Bolsonaro à equipe econômica. 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou que vai incluir uma contrapartida no projeto de socorro a estados e municípios. A ajuda só ocorreria se não houvesse aumento de salário de servidores por 18 meses. O Senado deve analisar o projeto nesta semana. JN

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