Rosangela Wolff Moro, mulher de Sergio Moro,
saiu em defesa do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em post
publicado nas redes sociais, pouco tempo depois em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que faltaria "humildade" ao ministro.
"Entre
ciência e achismos eu fico com a ciência. Se você chega doente em um
médico, se tem uma doença rara você não quer ouvir um técnico? Henrique
Mandetta tem sido o médico de todos nós e minhas saudações são para ele.
In Mandetta I trust", escreveu ela.
"In Mandetta I trust" significa "Em Mandetta, eu confio" (na tradução
livre) e relembra trecho de mensagem escrita pelo marido dela, Sergio
Moro, hoje ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, e enviada ao procurador Deltan Dallangnol. "In Fux we trust" (Em Fux [ministro do STF], nós confiamos).
Rosangela apagou o post cerca de 30 minutos depois. (Veja abaixo)
Mais cedo, o presidente Bolsonaro afirmou que não pretende demitir o ministro Mandetta, em meio à pandemia do coronavírus. Mas admitiu que os dois vêm se "bicando".
"Não
pretendo demiti-lo no meio da guerra, mas em algum momento ele
extrapolou. Sempre respeitei todos os ministros. A gente espera que ele
dê conta do recado. Não é uma ameaça para o Mandetta. Nenhum ministro
meu é 'indemissível', como os cinco que já foram embora", afirmou
Bolsonaro, em entrevista à rádio Jovem Pan.
"Em
alguns momentos, acho que o Mandetta teria que ouvir mais o presidente.
Ele disse que tem responsabilidade, mas ele cuida da saúde, o (Paulo)
Guedes da economia e eu entro no meio. O Mandetta quer fazer valer muito
a vontade dele. Pode ser que ele esteja certo, mas está faltando
humildade para ele conduzir o Brasil neste momento."
Segundo noticiou reportagem do jornal Folha de S. Paulo, ontem, os ministros Sergio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia) uniram-se nos bastidores no apoio ao colega Luiz Henrique Mandetta e na defesa da manutenção das medidas de distanciamento social e de isolamento da população.
O
isolamento político do chefe da República também aumenta diante do aval
das cúpulas do Legislativo e do Judiciário ao ministro da Saúde. uol
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