No livro bíblico de Romanos 10: 13-14 está escrito: “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?”. Nessa passagem, o Apóstolo Paulo faz uma correlação entre a conversão do pecador com a pregação do evangelho, mostrando que uma coisa é consequência da outra. Todavia, como aplicar o ensinamento do texto nos casos onde pessoas não podem ouvir?
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue?”. Nessa passagem, o Apóstolo Paulo faz uma correlação entre a conversão do pecador com a pregação do evangelho, mostrando que uma coisa é consequência da outra. Todavia, como aplicar o ensinamento do texto nos casos onde pessoas não podem ouvir?
Evidentemente o ouvir, nesse caso, não se trata apenas da audição,
mas de poder compreender as boas novas do evangelho através da
comunicação. A linguagem de sinais, por exemplo, ou libras, como é
conhecida atualmente, é o meio pelo qual pessoas com deficiência
auditiva podem “ouvir” a mensagem do evangelho e alcançar o Reino de
Deus mediante a graça.
Entretanto, são poucas pessoas que dominam a linguagem de sinais nas
igrejas evangélicas, especialmente pastores. O caso de Ronilson Lopes de
Almeida é uma exceção. Ele é pioneiro no Brasil como líder religioso
capaz de pregar o evangelho para surdos. Sua identificação com libras
começou na infância, aos 10 anos, quando conheceu uma família de surdos:
“Aos 10 anos eu conheci um surdo em uma festa. Tinha um rapaz com a
mão na caixa de som e com a outra ele sinalizava. Quando eu me aproximei
dele, vi que ele era surdo. Então ele começou a me ensinar o alfabeto
manual de sinais durante toda a festa eu fiquei do lado dele tentando me
comunicar”, disse o pastor.
“Quando terminou a festa ele me convidou para ir em sua casa. Eu fui
no outro dia, ele tinha uma família inteira surda, o pai, a mãe e mais
quatro irmãos. E os amigos também estavam lá. E eu fiquei muito
apaixonado com aquilo, eles me acolheram muito bem porque eu estava
interessado em aprender”, relembra.
O trabalho com surdos como um chamado de Deus
Apesar de aprender libras muito jovem, foi apenas em 1996 que o
pastor Ronilson começou a ver sua habilidade sendo confirmada como um
chamado de Deus. Na época já havia a tradução de cultos em libras, feita
pela Igreja Batista da Lagoinha, mas era algo limitado.
“Uma missionária chamada Ângela, que era da Jocum, havia iniciado um
trabalho com surdos e em 1996 quando eu cheguei, apenas 12 surdos
participavam dos cultos”, disse ele. “Eu era intérprete mas não tinha
esse chamado que eu tenho hoje”, explicou o pastor em uma entrevista
para o programa Noite e Cia, da Rede Super.
“Então Deus falou comigo claramente que Ele havia me chamado para
pregar para surdos e não somente para ouvintes”, contou Ronilson,
lembrando que uma das primeiras iniciativas que teve foi realizar um
campeonato envolvendo a comunidade de surdos que conhecia com a igreja.
Cerca de 180 pessoas com deficiência auditiva se voltaram para Cristo
após esse trabalho. informaçõesgospel+
Assista a entrevista completa abaixo: