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segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Ricardo Gondim volta a atacar Bolsonaro e diz que candidato tem “sementes do fascismo”

Ricardo Gondim, líder da Igreja Betesda, voltou a criticar o candidato Jair Bolsonaro (PSL) e endossou a campanha #EleNão. Para o líder religioso, é preciso barrar o movimento que quer eleger o capitão do Exército por risco de o país mergulhar em algo similar ao nazismo.

Ao longo de seu artigo, Gondim traça um paralelo ao dizer que assim como ele faz hoje, teólogos protestantes alemães, assim como lideranças católicas, denunciaram o movimento ultranacionalista encabeçado por Adolf Hitler no começo do século passado e combateram o extremismo ao ponto de empunharem armas.

“Embora ainda esteja muito distante comparar Bolsonaro a Hitler, preciso esclarecer que nos primórdios do fascismo alemão, algumas atitudes serviram para suavizar a ascensão do partido nazista. O radicalismo da direita não chegou de forma abrupta”, afirma Gondim.

O polêmico pastor afirmou ainda que seu posicionamento alinhado com a esquerda é de longa data: “As razões pelas quais denuncio a candidatura, bem como as pretensões políticas de Bolsonaro não são partidárias. Sim, já fui filiado ao PT. Porém, no dia em que Delúbio Soares compareceu à CPI que investigava desvios e compra de voto, o famoso mensalão, entendi como dever ético não mais associar meu nome ao partido. Portanto, não tenho qualquer interesse em defender ninguém ou qualquer bandeira partidária”, indica.

Em seguida, ignorando que o candidato busca a presidência do país através do voto, Gondim – assim como em ocasiões anteriores – dispara rótulos: “Bolsonaro representa uma ameaça à democracia e ao estado de direito. Ele põe em risco grupo minoritários como indígenas, homossexuais e imigrantes. Sua ideologia é confessadamente machista, já que tem as mulheres em um patamar inferior”, acusa.

“O discurso de ódio que o ex-capitão repete, guarda o potencial de alavancar a agenda fascista. Bolsonaro apela a grupos radicais e eles alimentam a intolerância. Suas ideias se baseiam na propaganda falsa de que armar o povo estanca a violência. Um argumento tão grotesco como dizer que gasolina apaga fogo”, acrescenta o pastor.

O quesito referente à revogação do Estatuto do Desarmamento tem sido um dos pontos mais polêmicos da campanha de Bolsonaro, assim como o mais distorcido por seus adversários. A ideia é que a posse de arma seja permitida para pessoas que atendam requisitos, incluindo ausência de antecedentes criminais. Parte da proposta é impulsionada pelos índices de criminalidade nos países onde a posse, e até o porte, são permitidos.

Nesse ponto, o pastor se exime de traçar paralelos entre a possibilidade de possuir armas nos dias atuais assim como os teólogos que ele próprio cita na luta contra a opressão de Hitler, uma vez que um dos conceitos envolvidos na filosofia do direito à defesa da vida inclui a possibilidade de refutar a tomada ditatorial do Estado.

Mais à frente, Gondim acrescenta em seu artigo que o discurso de Bolsonaro “contém as sementes do fascismo clássico”, e especula que “a viabilidade de um possível governo seu dependeria da suspensão dos direitos fundamentais dos cidadãos”.
Por fim, o pastor Ricardo Gondim declara que seu adversário político é “fantoche de grupos de extrema-direita, interessados em suspender a ordem em nome da segurança, e de meter o Brasil num perigoso fundamentalismo religioso“.

Confira a íntegra:

Meu posicionamento nas eleições de 2018

Todo líder religioso tem o dever de se antecipar à história antes que algum desastre aconteça. No jargão da teologia, isso se chama “ser profético” – já que profecia é um diagnóstico dos rumos que os eventos podem, ou não, tomar. Portanto, se um pastor falha em avisar sobre o futuro, ele fracassa em sua vocação.

Por outro lado, por lidar com diversidade de pensamentos e com pessoas de diferentes perfis, o líder religioso deve proibir a si mesmo de querer influenciar os votos de sua comunidade. Ele, ou ela, não pode usar de suas prerrogativas para tentar gerar em seu auditório “comportamento de manada”. É sua obrigação jamais manipular com medo, falsos inimigos; e nunca identificar os que pensam diferente como aliados do Diabo.

Dito isso, a partir desses dois parágrafos, sinto pesar sobre os ombros o imperativo de prever: o que vem por aí se mostra tenebroso caso Bolsonaro prevaleça. Se não me compete afirmar em quem votar, aceito como mandamento aconselhar em quem não votar: #elenão.
Embora ainda esteja muito distante comparar Bolsonaro a Hitler, preciso esclarecer que nos primórdios do fascismo alemão, algumas atitudes serviram para suavizar a ascensão do partido nazista. O radicalismo da direita não chegou de forma abrupta.

Poucos judeus ricos consideraram os alarmes de antissemitismo exagerados – eles repetiam que o ódio aos judeus era secular e não devia criar pânico maior; jornais acalmaram os leitores com textos do tipo: “esses discursos de violência não passam de bravatas”; segmentos da academia, com filósofos de primeira linha como Heidegger, engenheiros, físicos e arquitetos, afirmaram total confiança no nazismo. Por último, não menos importante, inúmeros pastores e padres carimbaram os anseios do nacionalismo.

Todavia, muita gente falou, protestou, foi torturada e assassinada por prever o desastre. Os protestantes Paul Tillich, Dietrich Bonhoeffer, Karl Barth não se calaram – Barth chegou a pegar em armas, Bonhoeffer participou de uma conspiração para assassinar Hitler e por isso foi enforcado em um campo de concentração. Entre os católicos romanos não se pode esquecer do jesuíta Rupert Mayer, cujo sofrimento terminou em um campo de concentração em Sachsenhausen – sua grandeza mereceu o reconhecimento da igreja e ele foi beatificado pelo Papa João Paulo II. Outro católico, feroz opositor do regime e membro da resistência, foi o jesuíta Alfred Delp, também executado em 1945.

As razões pelas quais denuncio a candidatura, bem como as pretensões políticas de Bolsonaro não são partidárias. Sim, já fui filiado ao PT. Porém, no dia em que Delúbio Soares compareceu à CPI que investigava desvios e compra de voto, o famoso mensalão, entendi como dever ético não mais associar meu nome ao partido. Portanto, não tenho qualquer interesse em defender ninguém ou qualquer bandeira partidária.

Entendo apenas que Bolsonaro representa uma ameaça à democracia e ao estado de direito. Ele põe em risco grupo minoritários como indígenas, homossexuais e imigrantes. Sua ideologia é confessadamente machista, já que tem as mulheres em um patamar inferior. O discurso de ódio que o ex-capitão repete, guarda o potencial de alavancar a agenda fascista. Bolsonaro apela a grupos radicais e eles alimentam a intolerância. Suas ideias se baseiam na propaganda falsa de que armar o povo estanca a violência. Um argumento tão grotesco como dizer que gasolina apaga fogo.
Bolsonaro tem ambição totalitária; seu discurso contém as sementes do fascismo clássico. A viabilidade de um possível governo seu dependeria da suspensão dos direitos fundamentais dos cidadãos. A democracia falha e trôpega do Brasil corre sérios riscos.

Ele, entretanto, não é protagonista das próprias aspirações. Eu o percebo fantoche de grupos de extrema-direita, interessados em suspender a ordem em nome da segurança, e de meter o Brasil num perigoso fundamentalismo religioso.

Como cristão não posso me calar. Como pastor sinto que me omitir seria negar tudo o que já falei e escrevi. Também sei que tanto a história como Deus são implacáveis com os covardes, e não quero ser contado entre eles. Informações gospel+

Gabriela Rocha se casa nesta segunda com Leandro Moreira

A cantora Gabriela Rocha anunciou, neste domingo (30), que seu casamento com o empresário Leandro Moreira irá acontecer nesta segunda-feira (1º) na cidade de Como, na Itália.
Pelo Instagram, ela publicou uma foto do casal e também fotos junto com familiares e padrinhos. A família embarcou para a Europa no último dia 14 e aproveitou a viagem para conhecer outras cidades turísticas do continente.

– Aqui na Itália já é dia 01 de Outubro. E hoje será o grande dia – escreveu a artista na rede social.
Muito discretos, familiares e amigos publicaram poucas fotos da viagem e da celebração do casamento. Na noite deste domingo o casal promoveu um jantar de boas-vindas aos convidados.
Entre os padrinhos estão o jogador Nenê, do São Paulo, a cantora Mariana Valadão e seu marido Felippe Valadão. Informações pleno.news

"Quem não domina é dominado" | Vigília ASU

Aconteceu na noite do último sábado de setembro,  mais uma vigília do movimento ASU na Igreja Pentecostal Nova Vida em Cristo, situada no Bairro Brasil em Vitória da Conquista.

Cerca de 70 jovens e adolescentes estiveram presentes na vigília, e puderam ser ministrados sobre o tema:  "Quem não domina é dominado" temática abordada pelo Pr. Manoel Lopes, durante a ministração da palavra. A proposta da mensagem é não permitir que as coisas do mundo atual que feri aos princípios da palavra de Deus domine a geração de jovens deste século, fazendo-os escravos do pecado. Mas que siga a recomendação dada pelo próprio Deus como descreve o livro de Gênesis 1:28 "Dominai e sujeitai a terra..." Domínio próprio e prontidão para atuar em todas as esferas da sociedade como representantes de Deus, também foram elencados no decorrer do sermão.

O trabalho do ASU visa promover o evangelho de Cristo, por meio de sua palavra com uma linguagem voltada para o publico mais jovem, e  acontece duas vezes na semana com datas divulgadas por seus organizadores nas redes sociais. Além do enfoque nas atividades de cunho evangelístico durante esses encontros, a juventude que representam boa parte das denominações de igrejas da cidade de Vitória da Conquista, se reúnem pelo menos uma vez a cada mês para uma busca de intimidade e revestimento espiritual em vigílias.

Intercâmbio Jovem | Juventude Conquista em Cristo

Foi realizado na noite de ontem na cidade de Planalto-BA, 1º Intercâmbio Jovem, promovido pela Juventude Conquista em Cristo, da cidade de Vitória da Conquista-BA. 

O evento que busca estimular e fortalecer a relação entre jovens e adolescentes que buscam na fé uma nova perspectiva de vida, aconteceu em uma das filiais da Assembleia de Deus Conquista em Cristo.
A ministração da palavra ficou por conta do evangelista Edmilson, que falou da importância de estarmos revestidos das armaduras de Deus para resistir os dias maus.

Compuseram o roteiro de programação: as cantoras Lary Grego e Lary Bella, Gabriel Rezende, Bruna, Elaise Porto, Juliana Ferreira, Simião Célio e Ministério de Dança Adorarte.

A filial da Assembleia de Deus Conquista em Cristo na cidade de Planalto, tem aproximados  8 meses de efetivo trabalho, e está a cargo do Pr. Ivanildo. A juventude local é liderada por Ítalo. Já a Assembleia de Deus Conquista em Cristo (Templo Sede) em Vitória da Conquista, é presidida pelo Pr. Edson Queiroz, sendo o  evangelista Laion Gomes o líder geral da Juventude Conquista em Cristo.
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sábado, 29 de setembro de 2018

Bolsonaro omitiu bens avaliados em R$ 2,6 milhões à Justiça Eleitoral

Imóveis estão em declaração de patrimônio anexada pela ex-mulher de candidato em ação de partilha. Ana Cristina Valle afirma que fez acusações movidas por mágoa, e presidenciável diz que ‘cotoveladas’ são comuns em separação


O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) omitiu das declarações de bens entregues à Justiça Eleitoral, nas disputas de 2006 e 2010, ao menos duas casas avaliadas em R$ 2,6 milhões. Em ambas as campanhas, ele concorria à Câmara dos Deputados. Os imóveis constam da lista de bens apresentada pela ex-mulher de Bolsonaro Ana Cristina Siqueira Valle em processo de partilha, movido após a separação do casal em 2007.

O processo foi publicado pela revista “Veja” na edição de ontem. A ação judicial trata de detalhes da separação entre o deputado federal e Ana Cristina. E revela que Bolsonaro e a ex-mulher detinham, em 2009, um patrimônio que somava R$ 4 milhões.

Na listagem apresentada à Justiça estão os dois imóveis registrados em cartório no Rio de Janeiro. Procurados, Bolsonaro e Ana Cristina não responderam ao GLOBO. Para a “Veja”, a ex-mulher do presidenciável sustentou que foi movida pelo sentimento de mágoa ao fazer acusações contra o ex-marido no processo judicial, onde também afirmou que Bolsonaro teria furtado um cofre de sua propriedade e que tinha comportamento agressivo. 

Ela disse que, “brava”, fala “besteira”. Informou também que chegou a um acordo com o ex-marido para dar fim ao litígio.
Em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, da Band, Bolsonaro afirmou que a própria Ana Cristina desmentiu as acusações. Na entrevista, o candidato afirmou que, em processos de separação, “é comum ter problemas” e “as cotoveladas acontecem de ambas as partes”.

LISTA DE BENS
Na lista de 17 itens que aparecem na declaração de bens anexada ao processo judicial, o de maior valor é uma casa avaliada em R$ 1,66 milhão, localizada na rua Maurice Assuf, na Barra da Tijuca. Bolsonaro comprou a casa em 22 de novembro de 2002. O imóvel foi vendido em 2009, porém não aparece na declaração de patrimônio entregue à Justiça Eleitoral em 2006, três anos antes.

O levantamento do GLOBO mostra que a casa foi adquirida por R$ 500 mil. O preço da compra, registrado em cartório, difere do valor de mercado, utilizado para o cálculo para a cobrança do Imposto sobre Transmissões de Bens Imóveis (ITBI), que apontava na época que o imóvel era avaliado em R$ 1,66 milhão. Na campanha de 2006, Bolsonaro listou apenas uma sala comercial, três veículos, duas aplicações no banco e um lote, que somavam R$ 433,9 mil.

Em 21 de janeiro de 2009, Bolsonaro comprou outra casa, em um condomínio de frente para o mar, também na Barra da Tijuca. A residência, no entanto, não foi declarada à Justiça Eleitoral nas eleições de 2010. Bolsonaro registrou no cartório a transação por R$ 400 mil. A guia de pagamento de ITBI da época revela, no entanto, que o preço de mercado era de R$ 1,05 milhão. O presidenciável só declarou este imóvel nas eleições de 2014. Além dos dois imóveis, o processo judicial traz outros bens que entraram na partilha, como um apartamento na Barra da Tijuca, uma sala comercial no Centro do Rio, uma casa e uma sala em Resende, além de cinco lotes no mesmo município do sul fluminense.

ROUBO DE COFRE
Também constam uma variedade de veículos: a caminhonete Land Rover, ano 2007; um veículo tipo reboque, ano 2006; uma Pajero 2006, além de um Jet Ski Yamaha, ano 2006. Como o presidenciável pode ter comprado os bens após a eleição de 2006 e parte deles está somente em nome de Ana Cristina, não é possível afirmar que o deputado também omitiu este patrimônio da Justiça Eleitoral, sem a confirmação por meio de certidões de compra e venda.

A reportagem da “Veja” também traz os relatos que Ana Cristina fez à Justiça sobre a situação financeira do deputado. Ela afirmou que o casal vivia com renda mensal de R$ 100 mil, acima dos ganhos do parlamentar e dos vencimentos do capitão da reserva. “Outros proventos” garantiriam a vida de conforto, mas Ana Cristina não explicou quais seriam estas fontes de renda. Segundo a reportagem, Ana Cristina acusou o ex-marido de ter roubado o cofre dela numa agência do Banco do Brasil, no Centro do Rio, onde estariam guardados US$ 30 mil, R$ 200 mil e joias avaliadas em R$ 600 mil. Ela chegou a prestar queixa na delegacia.

À “Veja”, Ana Cristina disse que não levou a queixa sobre o roubo do cofre adiante porque “não se sentia à vontade”. “Iria dar um escândalo para ele e para mim”. “Nós dois tínhamos um acordo de abrir mão de qualquer apuração porque não seria bom”. O motivo da separação seria o “comportamento explosivo” e “desmedida agressividade” do ex-marido.

Nas eleições deste ano, Bolsonaro declarou patrimônio de R$ 2,28 milhões. Entre seus principais bens, estão a casa de R$ 400 mil, adquirida em 2009, e outra comprada no mesmo condomínio, em dezembro de 2012, por R$ 500 mil, segundo registro no cartório. O imóvel comprado há seis anos tem valor de mercado de R$ 2,2 milhões, conforme guia do ITBI. Ontem, o candidato também se manifestou nas redes sociais. Disse que responde “qualquer acusação sem problema nenhum, no momento oportuno. Estamos na reta final de uma campanha”. “A revista fez uma matéria (sobre fato) ocorrido há mais de 10 anos, que correu em segredo de Justiça. O objetivo? Tentar me desconstruir”. (Colaborou Stéfano Salles) Por Hudson Corrêa, de O Globo

Com 30 anos de carreira Novo Som chega à Universal Music e lança single inédito

Composição de Anderson Freire marca a chegada do Novo Som, banda nacionalmente conhecida como um dos maiores nomes do cenário gospel, ao selo C1C2, da Universal Music. O single “Deus é Mais”. que está disponível nas plataformas digitais, foi dirigida pelos próprios membros: Alex Gonzaga, Mito e Geraldo Abdo.

“Estamos muito felizes em estarmos juntos com a Universal lançando o novo projeto do Novo Som chamado “Deus é Mais”, inclusive, a música título do projeto é a que está sendo lançada agora, que é de autoria do Anderson Freire e tivemos o privilégio de gravar.

Esperamos que vocês gostem e sejam abençoados! Gostaríamos de agradecer à nova casa Universal Music pelo carinho e acolhimento e esperamos em Deus que tudo seja para honra e glória do nosso Senhor Jesus Cristo. Novo Som está fazendo 30 anos e logicamente estamos muito felizes de estarmos numa nova casa, num novo projeto, com novas realizações, podem se preparar, pois é só o começo e tem muita coisa boa vindo aí”.

Ao longo de toda essa trajetória a banda já lançou mais de 15 discos com seu estilo pop rock, agora, com o single “Deus é Mais” inicia o novo projeto como um dos poucos nomes ou até mesmo único surgido nos anos 80 que ainda está em atividade. Informações Jmnoticias


Haddad sobe a 22%; Bolsonaro tem 28%, mas se enfraquece no 2º turno, diz Datafolha

Ela segue sendo liderada por Jair Bolsonaro (PSL), que se manteve estável com 28%, mas perdeu fôlego nas simulações de segundo turno, sendo derrotado em todas elas. A dupla lidera também no quesito rejeição do eleitor, indicando a polarização na disputa.

Os dados estão na nova pesquisa do Datafolha. Nela, Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) empatam tecnicamente no terceiro posto. Marina Silva (Rede) murchou para um distante quarto lugar.
O instituto ouviu 9.000 eleitores em 343 cidades de quarta (26) a esta sexta (28). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo. O levantamento foi contratado pela Folha e pela TV Globo. A pesquisa anterior havia sido feita nos dias 18 e 19.

Haddad, o preposto indicado por Luiz Inácio Lula da Silva para concorrer em seu lugar, já que foi declarado inelegível por ter condenação em segunda instância, cresceu de 16% para 22% nas intenções de voto estimuladas. Nas menções espontâneas, também cresceu seis pontos, chegando a 17%.

Ele teve seu mais forte crescimento nas regiões Nordeste (12 pontos) e Norte (13 pontos). No tradicionalmente lulista e populoso Nordeste, ele lidera com 38% das intenções de voto. Ali, Bolsonaro registra seu pior desempenho regional, com 16% de intenções de voto, empatado com Ciro Gomes (PDT), que tem 15% no seu território de origem.

O período da pesquisa coincidiu com uma zona de turbulência na campanha do capitão reformado, que se recupera internado de uma facada recebida no dia 6.
Na quarta, a Folha revelou um documento do Itamaraty relatando uma ameaça de morte atribuída a Bolsonaro por uma ex-mulher, que hoje nega ter dito isso. Na quinta, surgiu a fala de seu vice, Hamilton Mourão (PRTB), criticando o 13º salário, e mais acusações contra o deputado no processo de divórcio divulgadas pela revista Veja. É possível que o efeito desses eventos, se houver, seja sentido só na semana que vem.

Bolsonaro segue com os mesmos 28% que recebeu no levantamento anterior, na pesquisa estimulada. Na declaração espontânea, oscilou positivamente um ponto, para 25%.
No terceiro pelotão, a disputa está embolada entre Ciro, que oscilou negativamente dois pontos e tem 11%, e Alckmin, que subiu dentro da margem de 9% para 10%. No caso do pedetista, o forte crescimento de Haddad no seu quintal eleitoral, o Nordeste, ajuda a bloquear seus movimentos. Já o tucano, apesar de contar com o maior tempo de propaganda eleitoral gratuita, viu sua campanha mais incisiva por um voto útil contra Bolsonaro e PT fracassar em lhe auferir apoio.

Já Marina confirmou a tendência de queda livre e oscilou mais dois pontos para baixo, atingindo 5% na pesquisa estimulada. A candidata da Rede está agora um pouco acima do bloco dos nanicos eleitorais, integrado por João Amoêdo (Novo, 3%), Alvaro Dias (Podemos, 2%), Henrique Meirelles (MDB, 2%), Vera (PSTU, 1%), Guilherme Boulos (PSOL, 1%) e Cabo Daciolo (Patriota, 1%).
 
As simulações de segundo turno trazem más notícias para Bolsonaro. Se nas duas semanas seguintes ao ataque de Juiz de Fora ele viu seu desempenho melhorar nos embates com os principais adversários, agora ele perde para todos com uma curva desfavorável.
Ciro ampliou a vantagem sobre o deputado, que batia por 45% a 39% na pesquisa anterior, derrotando-o por 48% a 38%. O pedetista segue sendo o único a vencer todos os embates nas simulações de segundo turno.

Haddad saiu do empate em 41% e supera Bolsonaro por 45% a 39%, melhorando também seu desempenho contra o PSDB: empata com Alckmin em 39%, o que dificultará a ideia tucana de vender o candidato como alguém que venceria o PT com certeza no segundo turno. Questionados sobre mudança de voto, 18% dos apoiadores do tucano optariam pelo capitão.
A raiz da dificuldade de Bolsonaro é sua rejeição, que paradoxalmente é a principal fraqueza também de Haddad, hoje seu principal oponente. Ambos os candidatos são os que registram a maior taxa de “não voto de jeito algum” da pesquisa.

O deputado subiu de 43% para 46% e o petista, de 29% para 32%, confirmando o caráter plebiscitário e polarizado da disputa. Isso também se nota na convicção de seus eleitores, superior à dos outros candidatos: 79% dos bolsonaristas e 78% dos pró-Haddad dizem não mudar de opção.

A rejeição ao candidato do PSL segue forte entre as mulheres, objeto da campanha #elenão. O rejeitam 52% das eleitoras. Na pergunta estimulada, seu eleitorado feminino é de apenas 21%, contra os 37% que alcança entre homens. Jovens de 16 a 24 anos (55%) e os mais pobres (52%) são outros grupos que lideram a tendência de descartar o voto nele.

Já Haddad é mais rejeitado pelos eleitores que ganham mais de dez salários mínimos (59%), com nível superior (48%) e do sexo masculino (39%). Informações Folha.uol