Candidato à reeleição para a presidência da Câmara dos Deputados, o
deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) aprovou num despacho o aumento de 4,5% na
remuneração dos assessores dos gabinetes dos deputados. A medida
contraria a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o orçamento da
União em 2019, que veda expressamente o reajuste da verba destinada aos
gabinetes parlamentares nesse ano. O custo anual aos cofres públicos
será em torno de R$ 30 milhões.
domingo, 6 de janeiro de 2019
Frente evangélica apoia Israel por crença no Apocalipse e na volta de Cristo
Não se conhece grupo que apoie tanto o projeto do presidente Jair
Bolsonaro de transferir a embaixada brasileira em Israel para Jerusalém
como a Frente Parlamentar Evangélica, que deve reunir 91 parlamentares a
partir deste ano, entre 84 deputados e sete senadores. No fundamento do
apoio, além da conexão do Estado de Israel moderno ao antigo reino
hebreu, há uma razão voltada para o futuro — o cumprimento de supostas
profecias bíblicas do retorno de Cristo e do Apocalipse.
— Israel é um termômetro dos sinais do cumprimento do que está
escrito no Livro do Apocalipse — diz o deputado federal e membro da
Assembleia de Deus Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ). —A nossa fé acredita
nisso. A transferência da embaixada diz respeito a isso. Para nós, todo
cenário será preparado para o Armagedom, como descrito no Apocalipse, e o
palco do Armagedom será na cidade de Jerusalém.
As declarações ajudam a explicar a proximidade do presidente Jair
Bolsonaro, que durante a campanha contou com a poio maciço da comunidade
evangélica, com Israel. Para um grande número dos líderes protestantes
do país, sobretudo os neopentecostais, a criação do Estado de Israel, em
1948, foi um prenúncio da volta de Cristo.
De acordo com Christopher Rollston, professor de Estudos Bíblicos da
Universidade George Washington, esses grupos evangélicos são chamados
pré-milenaristas, e veem uma grande continuidade entre eventos descritos
na Bíblia e o mundo moderno:
— De acordo com a sua leitura, certas passagens em livros de Daniel,
de Ezequiel e da Revelação preevem a criação do Estado de Israel— afirma
o professor, destacando que não compartilha da leitura, assim como
“praticamente todos os estudiosos sérios da Bíblia”. — Eles creem que a
conversão dos judeus aos cristianismo se seguirá à criação do Estado de
Israel e tudo isso se concluirá com a segunda vinda de Jesus.
Expectativa pelo fim
Yaakov Ariel, professor de estudos religiosos da Universidade Chapel-Hill e autor de “Uma relação incomum: cristãos evangélicos e judeus” (“An unusual relationship”), diz que, em sua origem, o cristianismo se baseava no messianismo — o retorno de Cristo à Terra seria iminente, com o estabelecimento do Reino de Deus. Com o tempo, as maiores tendências cristãs começaram a interpretar as passagens como simbólicas ou alegóricas, com a Igreja Católica assumindo o papel de iluminar o rebanho, no lugar de um retorno de Jesus. A partir da Reforma Protestante, no século XVII, contudo, a expectativa pelo Apocalipse reaparece:
— Lendo o Velho Testamento de uma nova maneira, alguns pensadores
messiânicos passaram a esperar que os judeus desempenhariam um papel
importante nos eventos do fim dos tempos, que pensavam que estavam
prestes a começar — afirma o autor. — As raízes do apoio cristão ao
sionismo podem ser encontradas aí.
No final do século XIX, relata Ariel, essas leituras ganharam força,
sobretudo a chamada escola dispensionalista, criada nos EUA. De acordo
com a doutrina, que é a mesma defendida por pastores neopentecostais
hoje (outros grupos, como a Igreja Presbiteriana, não a compartilham),
Jesus virá para resgatar os seus crentes e a sua igreja, antes de um
período chamado de Grande Tribulação. Durante essa época, que durará
sete anos, a Terra será devastada por cataclismos como enchentes e
terremotos, somados a regimes ditatoriais, piores do que o Holocausto,
promovidos por um Anticristo que se dirá um Messias.
O retorno de Cristo, ao cabo da turbulência, derrotará o governante
satânico, para então reinar por um período de paz de mil anos.
Cavalcante, que, além de deputado, é teólogo, se esquiva da resposta
sobre o destino dos que não se converterem, mas afirma que os judeus
terão a oportunidade de arrependimento e de conversão ao cristianismo,
por serem o povo escolhido:
— Os judeus terão uma segunda oportunidade de arrependimento —
afirma. — Eles serão a única nação que terá a oportunidade para o
arrependimento.
Rolsston explica o futuro dos que rejeitarem a conversão:
— Evangélicos acreditam que qualquer um que não se converter ao cristianismo vai para o inferno — afirma.
Essa visão de mundo, segundo Rollston, é “completamente incompatível”
com a de qualquer judeu praticante, seja ortodoxo ou conservador
reformista. Dentre as diferenças, estão a leitura profética daquilo que o
judaísmo entende serem textos antigos, assim como a conversão completa
dos judeus aos ensinamentos de Cristo:
—Em certos aspectos, a visão pré-milenarista é muito antissemita,
porque o seu objetivo é a conversão dos judeus ao cristianismo.
Apelo às bases
Se concretizada, a transferência da embaixada brasileira se seguirá às dos EUA e a da Guatemala. Nos três casos, as ações dos presidentes agradam a bases evangélicas — o país centro-americano tem a maior proporção de evangélicos na América Latina, cerca de 40% da população, enquanto no Brasil são 22%. Nos EUA, onde os evangélicos são 25%, entre 48% e 65% dos líderes do grupo são pré-milenaristas, segundo pesquisas.
Segundo altas autoridades israelenses ouvidas pelo GLOBO, o
primeiro-ministro Benjamin Netanyahu entende que Bolsonaro quer realizar
a transferência de modo incondicional, por amizade a Israel. Em um
encontro entre líderes evangélicos e o premier num hotel de Copacabana
no penúltimo dia de 2018, Bibi, como é conhecido o premier, exaltou os
presentes:
— Não temos melhores amigos no mundo do que a comunidade evangélica. E
a comunidade evangélica não tem melhor amigo do que Israel.
Rollston afirma que o premier ignora propositalmente a concepção de
mundo de seus aliados, por obter vantagens a partir dela. De acordo com o
jornal israelense Haaretz, cristãos evangélicos enviaram mais de US$ 60
milhões na última década para a Cisjordânia, para financiar
assentamentos israelenses. Quase meio milhão de cristãos visita
Jerusalém todos os anos, incluindo 50 mil do Brasil.
— É claro que Netanyahu sabe que a visão que esse grupo têm do
judaísmo é problemática, mas quer o apoio mesmo assim, então a ignora —
diz Rollston.
Para o deputado Cavalcante, a transferência é inegociável:
— Não vamos abrir mão de valorizar políticas externas, agora que
estamos exercendo influência no Executivo. Entendemos que isso que está
acontecendo está baseado no cumprimento profético.
Informações fundacaoastrojildo
Ainda em clima de campanha eleitoral, Bolsonaro ataca Haddad no Twitter
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT)
protagonizaram neste sábado (5) uma troca de farpas via Twitter, em
clima semelhante à disputa presidencial do segundo turno das eleições.
Embora portais tenham afirmado que Bolsonaro bloqueou Haddad após a
discussão, a assessoria de imprensa do petista não confirma a
informação.
Haddad compartilhou na rede social, na noite de sexta-feira (4), um
artigo do colunista Philipp Lichterbeck que criticava o contexto
político do Brasil e a vitória de Bolsonaro. Acusando uma onda
brasileira de "anti-intelectualismo" e uma guerra anacrônica contra o
comunismo, o texto citava líderes evangélicos como Silas Malafaia.
No início da tarde deste sábado (5), Jair Bolsonaro foi ao Twitter e
afirmou, sem mencionar a conta de Haddad, que o oponente escreveu o
artigo. Ele chamou Haddad de "fantoche do presidiário corrupto" e acusou
o PT de ter quebrado o país.
Haddad, o fantoche do presidiário corrupto, escreve que está na moda um anti-intelectualismo no Brasil. A verdade é que o marmita, como todo petista, fica inventando motivos para a derrota vergonhosa que sofreram nas eleições, mesmo com campanha mais de 30 milhões mais cara.— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 5 de janeiro de 2019
Ao informar o presidente que se tratava de um artigo da agência
alemã Deutsche Welle, o petista revidou o ataque e ironizou a ausência
de Jair Bolsonaro nos debates eleitorais:
Na verdade, quem disse isso foi um jornalista da Deutsche Welle (https://t.co/Z554p1Zh1E), mas se você já se sentir seguro para um debate frente a frente, estou disponível. Forte abraço!— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) 5 de janeiro de 2019
O Twitter de Jair Bolsonaro está sendo utilizado como forma oficial
de comunicação do Governo Federal. Na noite desta sexta-feira (04), a
nova identidade visual do governo foi divulgada em um tweet do
presidente.
Acompanhado de uma animação que falava em um país "sem doutrinação
nas escolas e sem erotização das nossas crianças", o presidente elogiou o
trabalho da Secretaria de Comunicação da Presidência da República
(Secom/PR), que desenvolveu a nova logomarca.
De acordo com um comunicado da Secom/PR, a comunicação por redes
sociais economizaria cerca de R$ 1,4 milhão se comparada com a compra de
espaço em redes de televisão. congressoemfoco
Rui Costa (PT) diz que não medirá esforços para ajudar governo Bolsonaro
'Eu jamais vou torcer contra o Brasil' disse o governador reeleito da Bahia ao comentar que sempre optou torcer pelo País
O governador reeleito da Bahia, Rui Costa (PT), disse há pouco que não medirá esforços para ajudar o governo federal de Jair Bolsonaro. "Eu jamais vou torcer contra o Brasil", disse o baiano. Ele comentou que, na época da ditadura militar, muitos entravam em dúvida se torceriam ou não pela seleção brasileira e que sempre optou por torcer pelo Brasil.
O governador reeleito da Bahia, Rui Costa (PT), disse há pouco que não medirá esforços para ajudar o governo federal de Jair Bolsonaro. "Eu jamais vou torcer contra o Brasil", disse o baiano. Ele comentou que, na época da ditadura militar, muitos entravam em dúvida se torceriam ou não pela seleção brasileira e que sempre optou por torcer pelo Brasil.
Rui Costa foi reeleito governador da Bahia em 2018 Foto: Mateus Pereira/GOVBA
"Farei o que puder para ajudar o governo federal. Claro que vou fiscalizar para que o Estado da Bahia e o Nordeste não sejam prejudicados", disse. Ele acrescentou, no entanto, que discorda do discurso de que a liberação da posse de armas de fogo, proposta por Bolsonaro, vai contribuir para a redução da violência.
"Discordo que num País em que 60 mil jovens morrem por ano que a distribuição de armas vai resolver a questão da violência", disse, acrescentando que "distribuir armas para a população é como dar açúcar para adoçar a boca de um diabético."
Promessa
Rui Costa disse ainda que um de seus projetos é levar água potável e saneamento básico para os bairros mais pobres e zonas rurais da Bahia. "Levar água para as pessoas é levar saúde em estado líquido", disse.
O governador discursa neste momento na Assembleia Legislativa da Bahia, onde ele e seu vice, João Leão (PP) foram tomar posse para o segundo mandato frente à Executivo baiano.
Francisco Carlos de Assis, O Estado de S.Paulo - Ebahia News
Datafolha: brasileiros rejeitam privatizações e agenda liberal
A maior parte da população brasileira é contra a venda de estatais e a reforma trabalhista, como aponta pesquisa do Datafolha.
O levantamento realizado no final de 2018 concluiu que 60% dos
entrevistados discordam (totalmente ou em parte) de que o governo deva
privatizar estatais, e 57% são contrários a reduzir leis trabalhistas.
O grupo de simpatizantes do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro,
é o que mais defende as privatizações, com 65%, bem como os mais ricos,
que ganham mais de dez salários mínimos, com 56% de aprovação.
Os que simpatizam com o PSDB manifestam apoio menor à venda de
estatais, de 41%, ao passo que os do PT representam o menor porcentual,
de 29%.
No geral, 34% dos entrevistados concordam que o governo deve vender o
maior número possível de suas empresas. Outros 5% não tem opinião
formada e 1% se diz neutro.
A pesquisa foi realizada em 18 e 19 de dezembro e entrevistou 2.077
pessoas em 130 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais,
para mais ou para menos.
Reformas trabalhistas
Quando questionados sobre reformas trabalhistas, 40% dos
entrevistados se mostraram a favor da redução das leis, enquanto 57% se
dizem total ou parcialmente contra mudanças na legislação.
Entre os que mais condenam as reformas estão os mais pobres, mulheres
e moradores das regiões Centro-Oeste e Norte do país. Entre o grupo de
apoiadores do PT, 65% rejeitam mudanças.
Homens, brasileiros mais ricos e moradores da região Sul são maioria
entre os que apoiam as reformas trabalhistas. Entre partidários do PSL
de Bolsonaro, 50% concordam com a medida.
Salário das mulheres
O Datafolha também perguntou aos entrevistados se “mulheres ganharem
menos do que os homens é um problema das empresas e não do governo”, ao
que metade discordou e outros 47% concordaram. Ou seja, há um empate
considerando a margem de erro da pesquisa, de dois pontos porcentuais
para mais ou para menos.
Entre as mulheres, 52% acham que o problema é do governo, enquanto 45% disseram que era assunto das empresas.
Antes da campanha eleitoral, Bolsonaro gerou polêmica ao dizer que as
empresas pagavam menos às mulheres porque elas podiam tirar
licença-maternidade e afirmou que também faria o mesmo se fosse
empresário.
Durante a campanha, contudo, negou ter feito tais declarações e
afirmou que o tema deveria ser resolvido pela Justiça trabalhista.
Pesquisa revela queda brusca da confiança nos líderes religiosos
Os padrões religiosos sempre foram utilizados como referência de
moralidade social. Seguidores de uma determinada religião, especialmente
o cristianismo, quando realmente praticantes, são vistos com mais
seriedade e parte disso é fruto da confiança depositada no ensino dos
líderes religiosos. Todavia, essa realidade mudou nos últimos anos.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Gallup, a confiança nos líderes religiosos caiu bruscamente nos últimos anos, nos Estados Unidos.
O estudo envolveu outras funções além da sacerdotal, como os profissionais de saúde.
Entre todos os pesquisados, os enfermeiros foram cotados como os mais
confiáveis, atingindo 84% da classificação geral. Em seguida os médicos
(67%) e farmacêuticos (66%), também os professores (60%) e policiais
(54%).
Quando se trata dos líderes religiosos, no entanto, apresentados como
o “clero”, o índice cai para 37%. Esse é o resultado mais baixo desde
1997, quando o Gallup iniciou suas pesquisas acerca do tema.
Acredita-se que parte dessa queda (ou toda ela) se deve aos
escândalos sexuais envolvendo a Igreja Católica, revelados nos últimos
anos, especialmente a partir de 2002.
Entre os evangélicos, no entanto, o nível de confiança sobe para 48%,
indicando maior confiança dos fiéis nos seus pastores, apesar de o
número continuar baixo se comparado aos anos anteriores. Informações gospel+
Pastora tenta defender filhos durante briga e é morta com vários tiros
Uma tragédia anunciada chocou os moradores de Feira de Santana, na
Bahia, no primeiro dia de 2019. Uma mulher chamada Norma Lúcia Rento
Daltron, identificada na comunidade como pastora evangélica, foi
brutalmente assassinada a tiros quando tentou defender seus filhos de
uma briga com vizinhos.
O caso ocorreu na na Rua São Joaquim, no bairro Pampalona, em Feira de Santana, por volta de 19h30min. Norma retornava da igreja Arca da Promessa, onde congregava junto com seu marido, que também é pastor.
O marido de Norma também deu relatos sobre o incidente:
“Tínhamos saído para um retiro com toda a igreja para um rio e na
hora que ela chegou foi para casa. Eu fui lavar a Kombi (carro), no
condomínio Campo Belo, pois estava cheia de poeira e, quando eu estava
lá, a missionária mandou um áudio: ‘Pastor, venha ligeiro aqui, que
começou uma confusão’”, lembra Edmilson Ferreira de Souza.
“Quando cheguei lá, o fato já tinha acontecido. Assim que ela viu a
confusão, saiu e perguntou o que é isso aí, ele [o assassino] botou a
pistola nela e falou: ‘a partir de hoje você não ora mais pelos seus
filhos’. Então deflagrou os tiros e ela veio a falecer”, disse o pastor.
Crueldade
O pastor Edmilson contou que a intenção dos agressores foi, de fato, assassinar não apenas sua esposa, mas também seus filhos.
“Começou com o irmão deste cidadão, ele ameaçou dar um ‘cascudo’ no
meu neto, mas nisso se acalmou. A mãe dele ligou para ele, pois estava
viajando, e ele veio de lá para cá com uma fúria grande. Daí começaram
essas brigas”, conta.
“Foram três pessoas atirando, cada um com uma pistola. Atiraram na
minha esposa e nos meus filhos, pra acabar com todo mundo. Meu filho
também levou uma facada na orelha, o outro cortou o dedo tentando
defender a mãe e interessante é que depois que minha esposa já estava no
chão, atiraram nela já morta”, conclui Edmilson.
Até o momento apenas uma pessoa foi presa, enquanto Erisvaldo, também
conhecido como “Dinho”, e outro comparsa continuam foragidos. Informações gospel+